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Inicialmente, peu comentou sobre a derrota da FURIA:
“Eu acho que muitas coisas fugiram do nosso controle desde a final do Tixinha até o presente momento. A gente se blindou bastante, mas essas coisas que fugiram do nosso controle, fazendo a gente treinar menos, fazendo com que a gente não conseguisse ficar dentro do jogo, comendo o jogo. A gente tá tentando recuperar isso, correndo atrás do prejuízo.
Os treinos na região do Brasil eles começam ali no dia 4, 5 de janeiro, isso dificulta um pouco, a gente treinou ainda no Brasil. Hoje ficou visível que a falta de ritmo atrapalhou a gente. As decisões estavam mais lentas, o individual um pouco abaixo do que tava ali em dezembro. Com isso, acho que enfrentamos uma equipe que seguiu a risca o plano de jogo dele, acho que acabou custando o jogo. A gente não conseguiu converter os rounds que geralmente eram nossos no OFF//SEASON“, respondeu peu.
Com problemas de visto, a FURIA perdeu tempo e treinos na preparação para o Kickoff Americas. Na entrevista, peu comentou sobre a qualidade dos treinos e afirma que a direção da FURIA fez de tudo para que os vistos saíssem na hora certa:
“A organização fez de tudo realmente para a gente estar aqui o mais cedo possível. A ideia, por exemplo, era começar as viagens no dia 1º de janeiro, tudo programado há mais de dois meses. Infelizmente, o agente pediu mais evidências, o agente que tava com nosso caso e acabou demorando o processo. Quando ele pede mais evidências, por mais que você mande tudo o mais rápido possível, ainda tem mais 15 dias para reavaliar tudo. Então, acho que isso atrasou tudo.
Sobre a região, eu nunca fui de reclamar de região de treino. Acho que no Brasil tem treinos muito bons, sempre tive bons parceiros de treino. As equipes do LATAM são equipes que te fazem evoluir também. Eu não sinto que a qualidade é tão baixa, aqui no NA tem muitas equipes que treinam o jogo muito a parte, só é proveitoso pra eles, entendeu? Fora que as equipes de franquia não treinam entre si, é a grande realidade. Eu não sinto isso sobre treino, mas as coisas fugiram do nosso controle. Agora que estamos aqui, temos tudo pra conseguir trazer de volta pra gente, conseguir treinar, consumir o jogo e continuar evoluindo. Apesar da nossa equipe ter atingido algumas metas em treino e no campeonato OFF//SEASON, o nosso projeto é mirando algo muito maior e a gente precisa urgentemente voltar a ter esse ritmo na nossa mão. Esse é o plano“.
Com problemas na defesa, somando apenas seis pontos de 24 disputados, a FURIA acabou vendo a Leviatán abrir largas vantagens no primeiro tempo de ambos os mapas. No papo, peu explicou os problemas da equipe no confronto:
“A Leviatán, desde que eu tava na LOUD, eu sinto que são um time muito disciplinado na ideia de jogo que eles têm, muito baseado em trade kill, em pessoas andando junto no mapa, sem tentar correr tanto risco. Quando essa equipe acaba pegando um snowball de round, realmente acaba ficando muito difícil. Eles têm ultimate, eles fazem outro round direto, e repetem algumas coisas com pequenas mudanças e aí acaba ficando difícil realmente. A gente sofreu com isso na LOUD no segundo jogo contra a Leviatán no ano passado, primeiro a gente conseguir ter um plano de jogo bom e ganhamos. Não sinto que a nossa defesa foi horrível, mas a falta de ritmo talvez puniu a gente.
A gente se colocou em situações assim jogando contra o MIBR. Eles forçaram situações parecidas, eles seguiam progredindo aos poucos, muito disciplinados, só que mesmo assim uma decisão individual, uma kill que a gente pegava, convertia o round pra gente. Hoje foi justamente pelo individual estar abaixo, o nível de treino antes do campeonato, acabou que a gente não trouxe essas kills de volta. A informação decisiva pra trazer o round. Aí a gente foi punido com esse contexto de jogo“.
Um dos destaques positivos da FURIA na “estreia”, havoc está de volta a posição de duelista. O jogador viveu a melhor fase de sua carreira na The Union, em 2023, quando atuava com raafa, atual capitão da equipe, e peu. O treinador comentou sobre o retorno do atleta à função e destacou sua dedicação:
“O havoc está numa constante evolução na função dele de novo. Ele falava muito disso, eu preciso de tempo, preciso pegar experiência de novo. Ele entendeu que ia ser difícil, a demanda ia ser muito maior do que tinha no Brasil com a gente. Acho que ele está evoluindo muito bem nesse sentido. A gente tenta, falando do meu trabalho em si, sobre ele, a gente tenta desmistificar um pouco essa questão do duelista. A gente vem de uma base do FPS que o havoc é nosso entry fragger, nosso ganhador de espaço, ele tem muita liberdade pra fazer as jogadas dele e ele se sente muito a vontade fazendo isso porque ele já trabalhou comigo anteriormente.
A gente está deixando ele muito a vontade pra isso e o time está fazendo o máximo possível pra complementar. Acho que é por isso que ele está rendendo tão bem. A tendência é que ele continue melhorando, a gente dar uma pool maior de jogoadas pra ele também vai ajudar ele a fazer as coisas. Cada vez que a gente conseguir usar todo esse espaço, tudo que ele causou pra converter a vitória no round, a gente vai estar no ápice do nosso jogo. Ainda está no processo de fazer isso, mas em breve a gente vai estar na nossa melhor forma“, explicou peu.
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