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Robert Paul/Riot Games

VALORANT: Frustração, reestruturação e pedido de desculpas: peu faz balanço sobre FURIA em 2025

Peu falou sobre as mudanças da FURIA na Ascent e trabalho até o stage 2

Fernando "nandoshow" Schwabe •
19/04/2025 às 16:50, atualizado há 19 dias
Tempo de leitura: 11 minutos

A FURIA encerrou oficialmente sua campanha no VCT Americas 2025 Stage 1. Pelo segundo ano seguido, a equipe encerra a primeira parte do torneio regional com cinco derrotas em cinco jogos. Nesta sexta-feira (18), a pantera perdeu para o MIBR. Após a partida, Pedro “peu” Lopes, treinador da organização, falou com a Game Arena.

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Inicialmente, peu comentou sobre a série contra o MIBR:

Acho que aquela Icebox a gente não sou lidar com que eles estavam fazendo. Acho que eles ganharam oito rounds de retake. A gente não conseguia dar os steps no round de jogar, voltar nas utilidades e ganhar no after plant. A gente estava com uma boa ideia no início e mid round. Mesmo pausando, a gente não conseguiu converter as ideias, cortar uma rotação e evitar o retake. Foi estranho. De novo, parece que eu estou falando muitas vezes sobre a mesma coisa, mas chega um momento do jogo que tá difícil, que a gente começa a se esconder, não de forma pejorativa, mas acaba acontecendo. Aí a gente não conseguiu manter a vantagem, segurar o bomb. Aí eles amassaram a gente na Icebox. É um mapa deles que é bom, historicamente, o aspas jogava muito bem na Leviatán no ano passado, acho que é um conforto deles jogar com essa composição.

Na Ascent, foi um mapa que a gente tinha até opção de pickar Lotus, mas decidi pickar Ascent pra gente jogar mais padrão mesmo, aproveitar que a gente “não tinha essa pressão” do jogo, com eles classificados e eles eliminados. Foi algo que funcionou bem, jogamos bem soltos, não se omitiu do jogo, conseguiu colocar um ritmo e foi um mapa tranquilo. Na defesa, caímos em algumas quebras de economia, então ficou mais difícil no placar. Nessa Split, a gente conseguiu voltar bem no half de defesa, mas aquele eco valeu muito.

Ganhamos o pistol, perdeu o eco, premeditamos um pouco a jogada, e eles aproveitaram, stackaram, foi isso. Talvez, a gente poderia ter colocado um passo a mais porque o drone do Tejo na garagem não viu ninguém. Talvez, a gente poderia ter cancelado esse outro passo e acabamos entrando no stack e custou muito. Essa composição, a gente acaba jogando muito em cima de snowball de ultimates e perder um eco ali foi o que desencadeou o resto do jogo. A gente até conseguiu converter alguns rounds, o aspas conseguiu ancorar os bombs. Esse eco custou muito“, respondeu peu.

Para o duelo contra o MIBR, a FURIA optou por tirar havoc de Yoru e colocar o duelista de Jett. Peu explicou a troca:

Acho que o principal motivo foi a gente conseguir ganhar algumas posições rápidas. Infelizmente, o Yoru ele só vai lá mesmo, a smoke da Jett ainda é algo que a gente sentia falta nas composições e resolvemos abrir mão do Tejo pra jogar da forma padrão, foi isso a ideia. A gente queria ganhar as posições rápidas e surgiu o debate de Jett ou Waylay, só que no contexto geral, a Jett consegue entrar no bomb bem, consumir tempo. Acho que foi algo legal

Com sete derrotas seguidas em 2025, peu fez um balanço sobre a FURIA nesta temporada:

Acho que foi constante essa corrida atrás de algo que a gente teve desde o início. Primeiro, coisas que fugiram do nosso controle, já falei bastante sobre isso. Depois, a gente tava até evoluindo bastante nos treinos, ganhando da maioria dos times da franquia em alguns mapas naquela época, não tava com a pool completa, mas os dois mapas que a gente tava treinando bastante a gente tava ganhando, performando bem. Aí, aconteceu algo com o mw, a gente teve que recomeçar e acho que isso atrapalhou a gente a ter uma sequência de ir lapidando os mapas.

Essa foi a realidade, a gente perdeu mapas que a gente era bom e fomos pra outro, foi ficando mais ou menos e a nossa pool foi ficando conturbada. Todo mundo me pergunta sobre a Lotus, foi um mapa que a gente conseguiu manter o que a gente fazia, mas tem vários mapas que a gente teve que desistir das ideias, entramos em debates internos sobre composições, modo de jogar e perdemos muito tempo. Sempre ficamos correndo atrás de algo e é isso. O balanço do ano é esse até o momento, sinto que independente do que aconteceu, precisamos ter um norte melhor traçado pra continuar e é isso. Centrar as ideias, um norte bem traçado, conseguir treinar e aplicar as coisas. Se Deus quiser, não vai sair nada do nosso controle de novo“.

Durante as entrevistas dos atletas da FURIA para Game Arena, a palavra mais comum foi “apagão”. O treinador afirmou que evitou a palavra durante o torneio, acreditando mais em “frustração” com erros seguidos:

Eu mesmo evitei falar sobre essa palavra [apagão], mas sempre falei muito sobre frustração. A gente se frustra muito com erros recorrentes. Aí eu acho que quando acontece qualquer coisa no jogo que começa a ser frustrante, a gente não tava lidando bem com isso e caia nessa bola de neve de frustração e não conseguia reerguer. E aconteceu, por exemplo, hoje menos porque estamos eliminados, eles classificados, mas na Icebox foi nítido isso. Onde a frustração de perder os rounds e não conseguir resolver, mesmo conversando sobre o problema, não era algo que a gente conseguia resolver e vai criando uma bola de neve onde a gente não sabe lidar com isso. É isso que eu senti durante todo o percurso que a gente teve nesses mapas, sides muito discrepantes.

É um time totalmente diferente quando o jogo está no nosso ritmo. Se você for ver o ataque da Icebox pro ataque da Ascent, são dois times totalmente diferentes jogando. Acho que falta a gente talvez amadurecer mais sobre as nossas frustrações, talvez resolver de forma melhor, ter soluções melhores também. Não adianta ficar falando e quando volta a acontecer, a gente não consegue solucionar. Acho que é isso. Não queria falar muito sobre apagão, mas é isso. A gente se frustra muito, parece que a gente tá sempre carregando coisas de jogos passados, aconteceu de novo, mesma coisa da semana passada. Acho que isso foi o grande problema“.

Com cerca de três meses até a próxima partida, a FURIA terá muito trabalho durante a OFF//SEASON. Com a oportunidade de treinar com nove equipes estrangeiras, que disputarão o Masters Toronto, peu falou sobre qual deve ser o trabalho da equipe no período:

Falando sobre o Masters, eu já tive uma experiência dessa de conseguir focar muito em treinos na época da The Union, do LOCK//IN. Na época, conseguimos treinar com a maioria delas, elevar muito nosso nível. Acho que isso vai ser muito bom porque as equipes não vão ver a gente como um adversário do campeonato, então provavelmente aceitem treinar mais contra a gente e, consequentemente, a gente elevar nosso nível. Acho que o momento em si é reestruturar. Criar uma base de novo, esfriar a cabeça, pensar com consciência, coerência e pensar sem estar emocionado, essa é a realidade. Ver o que a gente consegue extrair de características da nossa equipe, o que a gente consegue adaptar ao meta. Vou tentar criar uma nova base, assim como a gente fez em dezembro e aproveitar os treinos. Essa é a programação“.

Durante a entrevista, peu citou uma reestruturação na FURIA e foi citado se a equipe pode trocar funções para o VCT Americas 2025 Stage 2:

“É difícil falar sobre futuro porque, até o presente momento, a gente não sabe muito bem o que pode acontecer ou não. É óbvio que independente de acontecer mudanças ou não, se a gente sentir que um jogador tem melhor aquela característica que está faltando, é válido a troca. Temos vários jogadores flex que conseguem fazer isso. Sempre pensamos nisso, mas a gente não queria fazer de qualquer jeito só por fazer, agir na emoção que nem a gente conversou sobre outros assuntos. Primeiro, precisamos ter um norte do que vai acontecer, as características que a gente pode usar, o que falta, como a gente quer jogar, e aí a gente pensar, ir de jogador por jogador e como a gente pode aproveitá-los

Peu definiu o que foi a FURIA no VCT Americas 2025 Stage 1:

Frustrante. Acho que essa é a palavra. A gente, em momento nenhum, desde a montagem do elenco, imaginou que tanta coisa pudesse acontecer. Se eu voltasse no tempo e falassem pra mim que eu estaria nessa situação agora em dezembro, eu ia falar ‘tá louco, não tem como acontecer isso’. Acho que é isso, a gente se frustrou muito com muita coisa ao longo do tempo e é isso. Espero que a gente consiga trabalhar e não tenham adversidades de outra coisa fugir da nossa mão e a gente consiga estruturar essa base para voltar melhor. Todo mundo aqui já teve bons momentos em outras equipes, carreiras, etc. Acho que nem de perto é o real nível de alguém essa campanha que a gente fez. Ninguém tá satisfeito e a gente precisa correr atrás”.

Por fim, peu deixou um recado à comunidade e pediu desculpas pela performance da FURIA:

Tá até difícil, mas muito obrigado a quem ainda manda mensagens positivas, tem muita gente que torce por nós e luta, debate. Muito obrigado a todo mundo que manda essa energia positiva, isso é muito importante em um momento difícil, conturbado, de muitas críticas, etc. Peço desculpas para torcida mesmo, para quem esperava muito mais da gente. Porque tudo foi muito difícil e a gente não conseguiu demonstrar um bom nível de jogo.

É isso, não tem muito mais o que falar. Obrigado à diretoria por dar essa espaço pra gente tentar resolver as coisas, acho que dentro do possível eles sempre estão tentando apoiar a gente e vendo de que forma pode ajudar. É isso, obrigado geral e espero que a gente possa voltar desempenhando melhor e demonstrando um nível digno da gente estar aqui“.


Veja também os nossos vídeos. Neste, conversamos com Bruno Garcia, psicólogo de esports, sobre os desafios, estratégia e impacto da área para jogadores e treinadores:

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