O Prêmio Esports Brasil 2023 (PeB) demorou para dar satisfações ao público sobre os ataques transfóbicos que srN recebeu ao vencer a premiação, mas o pronunciamento ocorreu na noite deste sábado (16).
Muitas coisas aconteceram antes da organização falar abertamente sobre os crimes: a atleta recebeu ataques de ódio, chegou a desativar as redes sociais, a comunidade se mobilizou sobre o assunto, um ofício foi aberto no Ministério Público Federal (MPF) e a jogadora retornou para o Twitter com uma nota à imprensa.
Só assim a premiação resolveu fazer uma publicação falando um pouco mais sobre o caso que furou a bolha de esportes eletrônicos. Repudiando as violências e discriminações, o PeB se defendeu dizendo que “segue critérios definidos por Publishers/Organizadoras de competições de eSports para inscrição nos seus torneios femininos/ inclusivos”.
Ainda segundo o tuíte, a premiação disse que “não vai recuar do compromisso de apoio à diversidade e inclusão nos eSports e na sociedade”.
Porém, não foi divulgado se as categorias terão mudança de nomenclatura, visto que, a própria Riot Games define o competitivo de VALORANT como inclusivo para as disputas do VCT Game Changers (VALORANT Champions Tour), responsável por abranger trans, pessoas não binárias e mulheres cis.
O comunicado veio após muita cobrança por parte da comunidade, que, revoltada, não aceitou a falta de posicionamento do PeB, que, inclusive, foi pedido para ter “maior proatividade” por parte da Deputada Federal Erika Hilton (PSOL); que abriu um ofício no MPF na tarde deste sábado (16). Confira a nota:
“Como um espaço seguro e livre de preconceitos, criado para celebrar a indústria dos eSports na sua integralidade, o Prêmio eSports Brasil não aceita nenhum tipo de discriminação ou preconceito”
“e se solidariza de forma irrestrita com a atleta srN, familiares e demais pessoas das comunidades trans e não-binárias, repudiando todos os comentários de violência e discriminação praticados em redes sociais após a cerimônia de premiação, na quinta feira, 14 de dezembro.”
“Cabe esclarecer que a votação do Superjuri atende ao regulamento do PeB, que segue critérios definidos pelas Publishers/Organizadoras de competições de eSports para inscrição nos seus torneios femininos/ inclusivos, que abrangem mulheres cis, mulheres trans, e pessoas não-binárias.”
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“Essa luta contra a discriminação é de todos: atletas, publishers, Orgs, indicados e vencedores do Prêmio, streamers, influenciadores e demais membros da comunidade.”
“O PeB não vai recuar do compromisso de apoio à diversidade e inclusão nos eSports e na sociedade.”
Como um espaço seguro e livre de preconceitos, criado para celebrar a indústria dos eSports na sua integralidade, o Prêmio eSports Brasil não aceita nenhum tipo de discriminação ou preconceito e se solidariza de forma irrestrita com a atleta srN, familiares e demais pessoas das…
— Prêmio eSports Brasil (@premioesportsbr) December 17, 2023
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