A FURIA segue sem vencer no VCT Americas 2025 Stage 1. A equipe brasileira caiu, na noite do último domingo (6), para a Leviatán, por 2 a 0, na terceira rodada do torneio. Após a partida, a Game Arena conversou com Khalil “Khalil” Schmidt, controlador da equipe.
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Inicialmente, Khalil falou sobre o jogo da FURIA:
“Jogando, a gente sente que, no caso depois, que rola um apagão. A gente não tá conseguindo aplicar nossas ideias de jogo, então fica muito difícil desempenhar. Quando a gente entra no ritmo de jogo, ganha um ou dois rounds, não consegue manter. A gente tá sentindo um pouco de dificuldade contra esses times americanos, então meio que quando a gente deixa eles fazer uma bola de neve, rola um apagão e parece que nada dá certo dentro do jogo“.
Durante a série, a FURIA não teve vida fácil. Com 12 a 4 no placar a favor da Leviatán, a equipe brasileira tinha vantagem na rodada, mas acabou perdendo o clutch um contra três para C0M. Khalil comentou sobre a rodada perdida:
“Nessas situações assim que falta só comunicar um pouco melhor, a gente acaba pecando, como foi nesse 3 vs 1. Eu acho que eu fui o primeiro a morrer, então pela death cam eu não consegui saber o que aconteceu depois. Pra mim, a gente só tem que se organizar melhor, principalmente nesses momentos. Não deixar o cara ter chance de ganhar o round.”
Há mais de 1500 dias na FURIA, Khalil comentou sobre as dificuldades de traduzir o desempenho dos treinos para as partidas oficiais:
“Não sei te dizer. Quando a gente senta ali, a gente não consegue manter o que a gente pensa jogando. A gente acaba se frustrando um pouco dependendo dos rounds besta que a gente toma, então fica bem difícil continuar. Se bem que, hoje, por mais que a gente tomou uns rounds feios, a gente continuou hypado, tentando ganhar a parada mesmo. Não sei dizer ao certo, mas nossas ideias a gente não tá conseguindo colocar dentro do jogo. Nos treinos, óbvio que tem treinos ruins, mas na maioria das vezes a gente consegue fazer isso“.
Em 2024, a FURIA ficou sete partidas seguidas sem vencer. Em 2025, a equipe chegou, contra a Leviatán, a sua quinta derrota seguida na temporada. Khalil comentou sobre a pressão por resultados sobre a equipe:
“Sem dúvidas a falta de vitórias irrita muito, deixa muito frustrado. Três jogos assim perdendo você acaba sentindo aquele ‘pô, vamo ganhar o próximo jogo’. No subconsciente, acaba tendo uma pressão em cada player. A gente tem que ganhar, então isso [pressão], acontece sim“.
Khalil também comentou se a pressão aumenta com o passar da partida e se o fator acaba atrapalhando nas decisões da equipe:
“Acho que as decisões ficam piores sim quando a gente tá perdendo, isso acontece. Os caras fazem cinco, seis rounds seguidos. No que era pra gente ficar mais tranquilo pra reverter, a gente acaba tomando decisões que não ajudam, ou às vezes nem tomando decisões“.
Khalil falou sobre o momento ruim da FURIA e a importância da união do elenco e do trabalho junto da psicóloga da organização:
“A gente sempre vem trabalhando junto com a psicóloga. Acho que é um momento que a equipe tem que se manter unida, trabalhar mais o mental dentro e fora do jogo. Acho que é um momento que temos que resetar para as próximas partidas. Ter esse reset e entrar de cabeça limpa, tentando não entrar com tanta pressão nas costas e manter a cabeça erguida, todo mundo“.
Já não dependendo mais de si para ir aos playoffs, a FURIA precisa fazer o dever de casa e secar adversários nas últimas rodadas da fase regular. Khalil comentou a mentalidade do trabalho para a sequência:
“Acho que mais o mental, saber aproveitar o momento de jogo quando estamos ali, não dar mole, não dar chance pro adversário. Acho que isso já vai ajudar grande, parte do que tá acontecendo“.
Na próxima rodada, a FURIA enfrenta a Cloud9 precisando do resultado positivo. Khalil comentou suas expectativas para o jogo:
“Acredito que, porr*, vai ser um jogo difícil. Os meninos são muito bons, tem players ótimos individualmente. Acho que vai ser um jogo difícil, mas se a gente entrar e conseguir fazer o nosso jogo, vamos ganhar com certeza. Sem dar brecha, sem errar, vamos conseguir ganhar deles“.
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