Não faz nem três meses que a Hero Base anunciou sua entrada para o cenário brasileiro de VALORANT e um troféu já foi conquistado pelo elencco da organização. RAAFA, In Game Leader (IGL) do time campeão do primeiro split do VALORANT Challengers Brazil 2024, conversou com a equipe de especialistas na modalidade* da Game Arena de forma exclusiva contando um pouco mais sobre o processo de fazer parte do clube co-fundado pelo Flakes Power, figura de sucesso no universo de jogos.
O capitão atua no competitivo do jogo de tiro desde abril de 2022, completando dois anos de carreira profissional. Teve início no Renegados, depois passou pela Liberty e representou a The Union por mais de um ano, até receber o reconhecimento da Hero Base, sendo contratado em fevereiro deste ano com o elenco base do bicampeonato do Challengers. O atleta falou sobre o clima com a organização que vem ficando cada vez mais familiar e cheio de acolhimento.
“A Hero para a gente está sendo mais do que uma organização. Acho que além das coisas que as organizações geralmente fazem, eles acolheram muito a gente como uma família mesmo. Eles falaram isso para a gente entrou, mas é um papo clichê nas organizações… mas quando a gente foi para Joinville, que fica a sede da Hero, foi exatamente isso.”
“Todo mundo muito amigo. Final de semana eu saía com o CEO da org para a gente sei lám jogar qualquer joguinho, WAR… essas coisas. É uma parada muito todo mundo junto e vencer para mim, deixa orgulhoso porque eu mostro para eles que as coisas que eles [fizeram], do jeito que eles acolheram a gente, a gente consegue entregar de volta com o nosso trabalho. Então, fico muito feliz e sempre que eu puder agradecer pelos caras e eu vou agradecer”, disserta.
Contra a RED Canids, o time capitaneado por RAAFA fez um 3 a 1 de respeito em cima da matilha. No pick inimigo, fez um 13 a 9 na Lotus, seguido de um 13 a 8 consistente na Sunset. Na hora de fechar a série melhor de cinco jogos (MD5) e garantir o troféu, sofreu um difícil 16 a 14 na Icebox, que deixou tudo em 2 a 1. Mesmo assim, a line-up foi superior e fez com que o resultado viesse logo na primeira competição vestindo a camisa da Hero Base. Se formos contar apenas a equipe base, eles são tricampeões brasileiros. RAAFA falou sobre o sentimento de vencer a primeira disputa do ano.
“Eu fico feliz porque o meu papel dentro do time é gerir a galera. Então… muitas vezes, a galera pode duvidar das coisas que eu falo, mas nesse time eu nunca tive esse problema. A galera confia muito em mim. Entregar para eles o objetivo é muito gratificante. A galera confia cada vez mais. Eu tive isso ano passado e agora esse ano também, então tô bem feliz”, conta.
O atleta foi questionado sobre o desempenho individual e da equipe. Segundo o jogador profissional, o time acaba se ajudando em momentos cruciais, deixando todos brilharem da forma que merecem, existindo espaço para todos mostrarem suas habilidades singulares. Confira:
“Acho que no primeiro mapa, eu mandei bem; eu consegui destoar um pouco. Os outros mapas, eu tava muito mais focado em gerir a equipe. Às vezes você se desconcentra um pouco do seu próprio jogo — é normal, mas mesmo assim eu acho que eu consegui mandar bem, individualmente falando, e o time em si foi o normal.”
“Acho que um mapa ou outro, sei lá… o DG jogou mal na Lotus, mas aí eu conseguia cobrir ele; o nosso time é muito assim; quando um não joga tão bem, o outro cobre. Acho que no modo geral todo mundo jogou bem, todo mundo fez a sua função — que é o que a gente sempre conversa de fazer sua função bem, não importa se você mata ou não. Acho que é por isso que foi um jogo tranquilo”, explica.
Destaques divididos e merecidos
A adição à line-up veio com a chegada de dgzin, que, para o capitão, foi um dos pontos focais deste ano no elenco. Além do não tão novato no time, GuhRVN também foi um dos destaques da série que aconteceu em São Paulo, nos estúdios da Riot Games, na noite desta quinta-feira (03).
“Eu acho que o dgzinho e o guh, coloco os dois. Acho que o guh é um jogador que tá sendo mais importante no ano pra gente, ele é o melhor controlador do Brasil desde o ano passado. Ele é um cara muito calmo que tenta organizar bem o time também junto comigo.”
“E o DG por ele ter entrado em um time totalmente novo. Ele não jogava do jeito que ele jogava aqui, nos outros times, ele jogava só de Jett; agora, tá jogando de Raze, Neon e tá matando para caramba. Então, acho que colocar os dois, os dois estão estão mandando muito bem”, conta.
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Quando o assunto é sentir orgulho de seu time, RAAFA deixou bem claro que o empenho foi algo que destoou nesta temporada de 2024. Agora, o que acabou deixando o capitão mais nervoso? A derrota na Icebox, que levou para a quarta partida da série, uma Ascent que acabou em 13 a 6 para os heróis.
“[O que me deixa mais orgulhoso], eu acho que todo mundo se empenhou e deu 100%. Acho que isso foi uma parada muito boa, todo mundo se empenhou ao máximo pra gente chegar aqui e, se a gente perdesse, não ter nenhum tipo de arrependimento. E o que me deixou puto foi perder a Icebox que a gente tava quase ganhando. Porra, a gente virou até e perdeu… então, eu fiquei puto”, diz em meio à risos.
Com o resultado, a equipe capitaneada por RAAFA garantiu o título, vaga para o segundo split, 65 pontos no Circuito de Pontos da Riot Games e a premiação de um pouco mais de US$ 20 mil, que representa R$ 105 mil na cotação atual de dólar para real. Caso a Hero Base consiga garantir o segundo split da competição, terá chance de disputar o Ascension e tentar vaga nas franquias da desenvolvedora do game.
*Nayara Dornelas e Siouxsie Rigueiras