O MIBR está a uma vitória do VALORANT Masters Bangkok 2025. A equipe brasileira venceu, na noite da última quinta-feira (6), a KRÜ Esports, por 2 a 1, e disputará a final da chave inferior nesta sexta-feira (7). Após a partida, a Game Arena conversou com Daniel “fRoD” Montaner, treinador da equipe. Clique no vídeo acima e assista à entrevista na íntegra.
LEIA MAIS
- VALORANT: DRX conquista vaga no Masters Bangkok
- VALORANT: aspas quebra recorde de abates do VCT Americas
- Kickoff Americas: MIBR bate KRÜ e fica a uma vitória do Masters Bangkok
- Kickoff Americas: G2 conquista vaga no Masters Bangkok 2025
- VALORANT: RED Canids acerta com bezn1 para o VCB 2025
Inicialmente, fRoD comentou sobre sua visão na vitória sobre a KRÜ:
“Aspas. O cara quebrou muito. Acho que hoje começamos o jogo um pouco lento, um pouco com a comunicação afobada em algumas situações. Precisamos arrumar essas coisas, arrumar os detalhes, parar de perder o primeiro mapa. Mas tô muito feliz, estamos ganhando como time. O aspas é um moleque insanamente bom e ele vai abrir lá pra nós e quando a gente precisar dele. Hoje nós precisamos dele, estamos tentando focar no time, mas o aspas ajudou muito nessas coisas. Todo mundo brilhou em suas situações. Realmente, hoje o MVP é o aspas. Com a pressão que tava jogando, como ele tava liderando dentro do jogo, ajudou muito. Todos os cinco jogadores jogaram muito bem“.
Pela segunda série seguida, o MIBR começa lento e tem mostrado um diferente leque de composições. Sobre a escolha de Raze e Yoru, fRoD comentou:
“Eu sou maluco. Eu gosto de trazer coisas, testar coisas. Eu respeito cada time que eu jogo e vou tentar trazer uma coisa nova. Não vai ser uma coisa que você pode, tipo, assistir uma vod e falar que vamos jogar desse jeito. Vamos trazer coisas novas, comps novos, mapas novos, tudo isso para dar o máximo para vencer a partida“.
Na última segunda-feira (3), fRoD revelou em seu perfil nas redes sociais que mudou o IGL da equipe, passando o bastão de Agustín “nzr” Ibarra para Arthur “artziN” Araujo. Questionado sobre a mudança, o treinador explicou a decisão:
“Eu postei isso porque acho que o nzr e o art estavam um pouco com essa pressão do público, pessoas falando você IGL e amassou com tática. Eles tavam se sentindo mal porque não era IGL tudo isso, era dar um pouco de claridade pra galera. Pra mim, não é uma coisa tão grande. Pra torcida, todo isso vão pensar “trocaram o IGL dentro do camp”, mas pra mim tá suave fazer esse risco. Eu jogo pra ganhar, em primeiro lugar, ou perder e foda-s*. Eu vou fazer o que eu acho que é o melhor para o nosso time e eu achei que isso era uma coisa que eu precisava fazer.
Eu tenho essa confiança com o art, trabalhei o último ano com ele, mostrei muitas coisas, acho que ele me entende muito bem com essas coisas, me ajuda muito esse cara. Pensa muito como eu, estamos na mesma página. Não preciso gastar muitos pauses, porque ele sempre está pensando em alguma coisa. Se ele está pensando em alguma coisa e eu acho que tá errado, eu vou pausar, mas muitas vezes ele tá na mesma página, basicamente similar que eu vou pausar e falar. Não faz sentido gastar um pause no momentum. Pra mim é mais impactante gastar pause quando o time precisa. Tendo o art com essa mesma leitura, inteligência e tudo dentro jogo, me facilita muito ter um cara assim na liderança e na voz do nosso time.
Eu chego de uma época de jogar que não tinha título, second caller, IGL. Essa coisa é criado pela mídia hoje em dia. Pra mim, é, tenho cinco jogadores e qualquer pessoa vai tentar fazer o máximo para fazer o melhor. Pode ser que não vamos fazer, pode ser outra pessoa no dia. Como eu falei, o título de uma pessoa não muda nada, você é um jogador profissional e já era. Estamos aqui para ganhar e todo mundo está se esforçando demais. Não precisamos desse título fora do jogador profissional“, respondeu fRoD.
Em entrevista à Game Arena antes do início da temporada, Erick “aspas” Santos revelou que fRoD pediu para que o duelista desse uma chance à artziN nos testes. O treinador comentou a importância do atual IGL para a equipe:
“Eu acho que, fora do aspas, ele é a chave do nosso time. O aspas vai jogar muito, vai sempre quebrar, dar o máximo, é o aspas, o cabra. Mas o artziN trouxe uma coisa diferente que acho que nosso time precisava ter. Essa atitude, esse entendimento do jogo, ficando na mesma página que eu. O artziN é um jogador muito, muito flex, sabe jogar com sentinela perfeito, como jogar rato, tudo isso. Ele como iniciador, era duelista muito bom no último ano, começou no último ano pra mim.
Ele é um jogador mais completo do nosso time, faz tudo para o nosso time. Estou muito orgulhoso também do aspas porque está crescendo muito como líder fora do jogo para o nosso time. Mas também uma pessoa como o artziN tendo essa liderança, a maturidade dentro do jogo e inteligência, ajuda nosso time bastante. Ajuda a mim fazer meu trabalho, fazer nossos breakdowns, anti-tático, tudo isso, um pouco mais rápido. Salvar nosso tempo para focar na mira, focar em descanso. Estamos jogando o jogo demais agora.
Amanhã temos uma melhor de cinco. Vamos ganhar esse jogo e depois outra melhor de cinco. Não temos tempo para gastar, fazer diferentes coisas, vod review, não temos tempo para isso. Aqui é só focar no nosso, tentar trazer coisas novas. Tirar o outro time fora do ritmo trazendo coisas diferentes cada dia. Temos quatro horas para descansar um pouco e depois amanhã jogo de novo. Vamos trazer diferentes coisas porque treinamos para isso.“, respondeu fRoD.
Estreantes no VCT em 2025, Gabriel “cortezia” Cortez e Eduardo “xenom” Soeiro estão evoluindo a cada jogo. Questionado sobre o nível dos atletas, fRoD destacou a evolução e dedicação da dupla:
“Pra mim, é mais aprender os caras. Entender como o cortezia pensa, como ele joga, mesma coisa com o xenom. Eu acho que, pra mim, é uma coisa que eu aprendi no tempo da LOUD. Criar essa relação com cada pessoa. Eu falei em umas entrevistas na última semana, meu trabalho é sempre focar no time, táticas, treino, tudo isso. A parte que eu acho que ninguém pode esquecer é esses trabalho pessoal e individual. Quando tô durante o treino, o aprendizado é geral, mas um cara precisa de uma conversa diferente a cada dia. É coisa com mais tempo, passando o dia com eles, antes do treino, fora do jogo. Acho que tá ajudando eles e tá me ajudando a ser um melhor coach. Tô muito grato por ter esses caras no meu time, jogadores muito bons, esforçados. Só querem aprender e amassar.”
Valendo a vaga no VALORANT Masters Bangkok e na final do Kickoff Americas 2025, o MIBR enfrenta a Sentinels às 19h (horário de Brasília) desta sexta-feira (7). Sobre o duelo, fRoD comentou suas expectativas:
“Para ganhar. Como eu falei, jogamos parar estar no primeiro ou último lugar. Se perdemos amanhã, vou sentir que ficamos em 12º, como no último ano. Nosso foco é ganhar o jogo, temos muito respeito pela Sentinels, é um time muito bom. Estamos compartilhando o office deles, então acho que vai ser uma guerra e só um time vai sair e qualificar pro Masters. Eu, aspas e nzr já jogamos nesse nível, mas cortezia, xenom e art querem muito.“.
Confira também nossos vídeos. Neste entrevistamos Felipe “Less” Basso, um dos principais nomes brasileiros no VALORANT e reforço da Team Vitality para 2025: