Pela primeira vez na história, a Team Liquid não foi campeã do Game Changers Brasil. Na segunda etapa, a cavalaria acabou na terceira colocação e viu o MIBR levantar a taça. Visando a terceira etapa, a equipe trouxe novas composições e segue em busca de vaga no mundial inclusivo. Antes da estreia na LAN, a Game Arena conversou com Natalia “daiki” Vilela, capitão da TL, em entrevista exclusiva.
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Em conversa com a Game Arena, daiki comentou suas expectativas para o duelo deste sexta-feira (11) contra o MIBR e a segunda etapa do Game Changers Brasil, onde a Liquid acabou na terceira colocação:
“Acho que, na verdade, no segundo split a gente vacilou bastante. Acho que, de longe, essa foi a nossa melhor preparação desde que a gente se formou como time. Desde a preparação do mundial, essa foi a melhor de todas, contando com todas que a gente já teve. Estou bem confiante, a gente fez mais que já tinha feito”
Antes do início da terceira etapa, a Game Arena conversou com Paula “bstrdd” Naguil, duelista da Team Liquid e companheira de daiki desde 2021. Na conversa, a chilena afirma que a Liquid não foi profissional antes da segunda etapa. A capitã comentou sobre as mudanças da equipe para a terceira etapa:
“Isso acaba acontecendo com times que ficam no topo por muito tempo, fica na zona de conforto, acha que é o melhor do mundo e acha que não precisa fazer nada de diferente para ganhar e quando perde dá um baque. Nesse baque você percebe se o time é bom ou se era sorte, porque se ele for realmente bom, ele volta melhor e se for sorte, ele afunda cada vez mais.”
“Imagino que a gente vai voltar mais forte. Pelos treinos e como a gente está se portando diante dos problemas, a gente está bem mais forte do que antes e vamos mostrar no servidor o que a gente preparou nesse um mês desde que a gente perdeu”
Daiki comente o pós-eliminação da segunda etapa e afirma; “No fundo, a gente sabia que ia perder”
“Quando a gente perdeu para o MIBR, já estava um clima de morte, as coisas estavam bem abaladas. Depois do jogo do MIBR, a gente foi, se reuniu, conversou por duas, três horas e conversou sobre tudo, como x pessoa se portava sobre alguma coisa ou o jeito que a pessoa lidava com uma situação, o jeito que a gente tava trabalhando a sensação sobre o jogo.”
“Todo mundo tava sentindo o mesmo. No fundo, a gente sabia que ia perder, mesmo que as pessoas não falassem, a gente sabia que ia perder, a gente não tava pronta realmente. A gente teve uma conversa muito longa e falando sobre várias coisas, antes do jogo da LOUD. No jogo da LOUD, foi o ‘vai ser o que tem pra ser’. A gente não ia conseguir treinar nada e ia tentar aplicar o que conversou, mas as coisas não mudam de um dia para o outro. Eu confesso que eu acreditei um pouco na magia, mas naquele momento não dava, a gente tava muito ruim“, explicou.
Na conversa, daiki também destacou o trabalho de Natália Zakalski, psicóloga da Team Liquid, no pós-eliminação para a LOUD no GC Brasil etapa 2 2024:
“A Nati, desde antes da gente jogar o segundo split, já tava falando que a gente estava se portando diferente. A gente fazia os grupos e ninguém falava que tava ansioso pra LAN, ninguém falava que tinha um problema no time, tava tudo muito bem, nem parecia que a LAN tava chegando. Ela já tava falando que tinha achado isso estranho há muito tempo, antes da gente perder”.
“Depois que aconteceu tudo, acho que o trabalho dela foi tranquilizar a gente pós-derrota, tipo a jornada do herói, dizendo que é normal. Para um herói conseguir se erguer, primeiro ele tem que cair. Ela tranquilizou a gente bastante nesse sentido. A gente teve nossa fase muito boa, mas a derrota para MIBR e LOUD foi o fundo do poço. A gente ainda vai chegar no nosso ápice, agora é hora de se provar“, destacou daiki.
“Olhar para o jogo e saber que era para ser um espanco“, diz daiki sobre vitória diante da LOUD
Ainda na fase online da etapa principal do Game Changers Brasil 2024 Stage 3, a Team Liquid venceu a LOUD, por 2 a 0, e garantiu vaga na final da chave superior, contra o MIBR, em jogo que acontece nesta sexta-feira (11). Daiki comentou sobre o resultado expressivo, mas afirma que a Liquid poderia ter tido “menos dificuldade”:
“Acho que confirma muitas coisas do que estamos fazendo e principalmente o começo da Abyss contra a LOUD foi ridículo. Dava pra ter ganhado de 9 a 3 ou 10 a 2 na defesa, tranquilo, a gente fez muita merd#. Mesmo ganhando de 2 a 0, a gente olha e fez muita merd#, era pra ter sido mais fácil. Isso é o que dá um pouco mais de confiança, fora o 2 a 0, é olhar para o jogo e saber que era pra ser um espanco“.
Por fim, daiki deixou um recado para a comunidade:
“Gosto de falar que tá tranquilo, que pode confiar na gente, já aconteceu outras vezes. Não é pra menosprezar o que está acontecendo agora, mas é muito difícil e as pessoas menosprezam a gente e os outros times, do tipo ‘a Liquid tá ganhando há muito tempo’.”
“As pessoas não pensam que os outros times podem melhorar e o que a gente tem que fazer para counterar os times melhorando, é muito difícil. A gente está sendo o foco há muito tempo, a gente tem que sempre se reinventar, e essa é a parte mais difícil. A gente está em um momento de reinventar tudo, sair da zona de conforto e vamos amassar“, finalizou daiki.
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