A chilena bstrdd conquistou o sétimo título do VCT Game Changers Brazil (VALORANT Champions Tour) na noite desta quinta-feira (16), com o manto da Team Liquid (TL), em título válido pelo primeiro split de 2024. A reportagem da Game Arena conversou com a atleta após levantar mais um troféu, direto dos estúdios da Riot Games, em São Paulo
Foi o 5º campeonato vitorioso da cavalaria, porém, para a jogadora profissional, que atua no competitivo desde 2020, teve um gostinho especial. Em janeiro de 2021, vestiu, pela primeira vez, a camisa de uma organização brasileira: Gamelanders Purple. Lá, foi o lugar que conheceu daiki, companheira que divide calls até os dias atuais. Desde então, a dupla não se separou, completando quase três anos e meio jogando juntas.
“Claramente [tem um gostinho especial]. [É] ainda bem melhor continuando lado a lado, porque a gente tem uma química muito boa e [que] se complementa [uma] com a outra. De uma maneira que eu sou mais confiante, então a gente se complementa”, revela.
A série terminou em 3 a 1 contra o MIBR. Pensando que o primeiro campeonato grande do país no inclusive é o stage 1 do GC Brazil, a chilena contou da experiêcia e lições aprendidas após ter sido vice-campeã mundial no VCT Game Changers Championship 2023, que aconteceu no Brasil, em São Paulo.
“Eu acho que o que mais tiramos do mundial, eu acho que [foi] a resiliência. A gente começou perdendo no mundial e começamos a varrer a lower e, no final, a gente meio que perdeu por causa do mapa, que criaram a vantagem de veto; vetaram os nossos melhores mapas. Pickaram um mapa que a gente não jogava e, mesmo assim, a gente perdeu de 2 a 3 e isso deu uma confiança a mais para continuar ganhando as coisas e voltar para trazer o mundial um dia”, conta.
A série melhor de cinco jogos (MD5), teve início na Breeze — pick do MIBR, em que a Liquid garantiu vitória por 13 a 11. A jogada que definiu o resultado deixou expectativa por parte do público, que não conseguiu ver se a bomba realmente iria explodir, deixando uma dúvida de qual time realmente iria abrir o primeiro ponto do confronto.
“Quando a gente ganha, a gente não pensa num mapa para criar point. A gente ganha um mapa e, na segunda [disputa], [não acontece de] a gente ficar diferente de atitude. A gente tá [ali] tentando [vencer] e eu não sei como, [mas] não pensamos muito na bomba”, disse sobre o término do primeiro mapa e situação da bomba.
Durante a coletiva de imprensa, o elenco citou um nervosismo durante as disputas e a jogadora profissional explicou, que, na verdade, foi simples driblar o sentimento entre as trocas de tiros.
“A gente estava meio nervosa porque não conseguia fechar o TR, e a gente começou a falar coisas pontuais. Eu estava tentando dar meu ponto de vista com o Palestra e para e as meninas…. e a gente chegou num ponto e [ficou] tudo bem”, pontua.
Os quatro jogos foram marcados por gritos de ambos os lados, colocando para fora o lado competidor de cada uma das profissionais presentes e que estavam lutando pelo título. Foi questionado à bstrdd se essa gritaria faz parte da magia de jogar em LAN.
“Ah, eu acho que sim, dá uma confiança, então… se você fica quieto, para mim, não tem graça. Eu tenho que gritar mesmo, [independentemente], seja quem for a pessoa que estou [jogando] contra”, conta.
Série tranquila
A disputa teve direito à overtime e, por conta da dificuldade da cavalaria em fechar o lado de ataque em algumas situações, mas, mesmo assim, para a chilena, foi uma série 3 a 1 “bem de boa”.
“Eu acho que não. Eu acho que já teve mais disputada. Eu acho que a que eu já joguei foi contra a B4 valendo a vaga para Berlim. Foi uma virada, basicamente, foi um 2 a 0 perdendo e, como viramos, ficou 3 a 2. Eu acho que essa daí foi a mais disputada para mim. Para mim, essa aqui [contra o MIBR] foi bem de boa”, revela.
Com cinco títulos do campeonato pela Team Liquid e, pessoalmente, com sete vitórias no torneio, perguntamos se o elenco é viciado em ganhar: “A gente gosta de ganhar. Eu odeio perder…. então, acho que sim! [risos]”.
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Com esta conquista, a cavalaria garante classificação para o Stage 2 do VCT Game Changers Brazil 2024 e garante 60 pontos no Circuito de Pontos da Riot Games, que, no fim da temporada, é responsável por definir qual equipe irá representar o Brasil no mundial inclusivo da modalidade.
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