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BiDA fala sobre saída da Riot e reconstruir seu nome no CS e outros jogos
Counter-Strike 2
BiDA fala sobre saída da Riot e reconstruir seu nome no CS e outros jogos

BiDA fala sobre saída da Riot e reconstruir seu nome no CS e outros jogos

BiDa pegou muitos de surpresa ao anunciar que tomou a decisão de deixar a Riot Games. O anúncio animou principalmente a comunidade de Counter-Strike, que estava com saudade de ouvir a voz nas competições do jogo. Em entrevista exclusiva à Game Arena, o narrador falou mais sobre a decisão e o que espera do futuro.

Jairo "Foxer" Junior •
16/12/2023 às 14h13, atualizado há 9 meses
Tempo de leitura: 14 minutos

BiDa pegou muitos de surpresa ao anunciar que tomou a decisão de deixar a Riot Games. O anúncio animou principalmente a comunidade de Counter-Strike, que estava com saudade de ouvir a voz nas competições do jogo. Em entrevista exclusiva à Game Arena, o narrador falou mais sobre a decisão e o que espera do futuro.

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A primeira grande decisão, rumo ao desconhecido

O início do papo com o narrador foi relembrando sobre o momento em que tomou a decisão de deixar tudo para trás, para se dedicar somente ao VALORANT. Ele admite que foi uma decisão muito difícil, pois desde o início sua paixão era o CS e não a narração. O amor pela profissão veio depois.

Nesta época, BiDa narrava até outros jogos como PUBG e APEX Legends. Deixar esses jogos também foi um baque. Entretanto, ele ainda acredita que naquele momento, foi a decisão certa a se tomar.

“A proposta do Valorant era diferente, pois não poderia narrar um pouco de qualquer coisa. Não tinha liberdade para escolher o que eu queria. E eu sabia isso desde o início. Sabia quão difícil seria não ter essa liberdade de não poder, de forma alguma, ir lá fazer um campeonato ou outro. Perder algumas oportunidades boas. Mas foi uma decisão que, no final das contas, também era fácil para mim. Afinal de contas, eu estava perdendo bastante oportunidades no CS. Já não fazia mais tantos campeonatos grandes, então já estava limitado de oportunidades de certa forma.

 

Enquanto no Valorant eu estaria mais presente na narração dos principais campeonatos, talvez nos principais jogos de finais e tudo o mais. Então tinha uma grande promessa e um grande planejamento de crescer o jogo. Quando se escuta o nome da Riot, você sabe que é uma empresa que já fez um trabalho fantástico para desenvolver o LoL e o CBLOL. Então já era de se imaginar que fariam um trabalho fantástico no Valorant e nos seus torneio. Foi uma decisão até simples por conta disso. Por estar presente nos principais campeonatos e por saber que você está lidando com uma grande empresa, que serão boas oportunidades. Sabia também que ia fazer parte de estúdios, de eventos, então trabalhei com profissionais incríveis em uma empresa que levou a sério todo o trabalho de transmissão”, comentou BiDa enquanto recordava sobre o passado.

O caster nunca escondeu seu amor pelo FPS da Valve e também pela comunidade que criou nele. Ainda assim, ele sabia que chegaria o momento de pensar um pouco mais em si próprio também.

“Olhando para trás, sinto que tomei a decisão certa naquele momento de aceitar essa nova jornada. Sei também que decepcionei grande parte da minha comunidade, afinal de contas o CS sempre foi meu carro-chefe e acabei me distanciando dele. Mas infelizmente eu não posso pensar só na comunidade, tenho que pensar um pouco em mim e na minha profissão, e minha profissão é narrar, então eu tive que tomar essa decisão. Mas foi excelente, foram bons anos de grande qualidade de jogos, de campeonatos sendo desenvolvidos, foi muito legal de ver o Brasil ser campeão mundial com a LOUD, ter a oportunidade de ver a torcida em diversos eventos aqui em São Paulo… Foram muitos eventos presenciais com a galera, com muita gente já torcendo pelos times”, disse o narrador.

Período na gigante Riot Games e a segunda grande decisão, de retornar às origens

Durante este período, BiDa considera que teve dois pontos muito altos e apenas um baixo, que na verdade não tem tanto assim a ver com o jogo em si, mas sim um caso que o afetou pessoalmente.

“Um ponto alto foi na final do Champions com a LOUD campeã, e o outro foi toda a experiência do VCT Américas, onde passei mais de dois meses em Los Angeles – eu, o Tixinha, nosso câmera, Igor, e o nosso produtor André. Ficamos nos Estados Unidos criando conteúdo, cobrindo o VCT Américas por completo, e foi uma experiência mágica para mim, de poder acompanhar não só o desenvolvimento da Riot Brasil, como também conhecer o pessoal da Riot estrangeira e entender um pouco mais sobre como as cosias funcionam por lá”, contou.

 

“O momento que eu fiquei muito chateado foi realmente ver toda aquela repercussão com o Nicolino, que é um grande amigo, e acabou ficando de fora das competições e das narrações”, completou.

Segundo BiDa, esta não foi a primeira vez que ele repensou sua carreira enquanto esteve na Riot Games. A decisão comunicada nesta semana, por pouco não foi bem adiantada e de forma uma ainda mais brusca, para o desespero dos fãs.

“Nosso contrato com a Riot é anual, e a partir do momento que eu assino o contrato eu tenho realmente interesse de concluir ele. Mas me lembro que quando eu terminei o ano de 2021, eu estava bem chateado com diversas coisas, não estava muito feliz com a minha performance, então estava acreditando que eu não deveria continuar. Eu já estava decidido que não renovaria o contrato para 2022, e não só isso, iria parar completamente de narrar todos os jogos. Após tirar uns dias de folga, reavaliei toda a situação insisti na carreira, e deu certo, acho que 2022 foi um ano muito melhor. No início de 2023 eu já não tinha nenhuma dúvida, mas de novo, de 2023 para 2024 agora, pensei, reavaliei e senti que era o momento”, relatou BiDa.

 

“Não sei, não tenho um motivo exato, mas realmente sinto que a cada dia eu pensava que deveria seguir em frente e voltar a fazer o que eu queria fazer. E eu queria fazer outras coisas, me desafiar mais, até porque estar na Riot é um grande conforto e uma oportunidade excelente, pois são grandes campeonatos que a gente acompanha. Mas ao mesmo tempo ficamos um pouco limitados em alguns aspectos de carreira, em termos de tentar se desafiar com outras coisas, de tentar se reinventar em alguns momentos, então acho que acabou que 2024 foi o ano que eu realmente resolvi sair, mas já vinha pensando sobre isso em outros anos”, adicionou.

Ainda falando sobre sua saída da Riot Games Brasil, BiDa comenta que não tem a ver com o momento do jogo ou algo do gênero. Pelo contrário, ele acredita que o VALORANT está no caminho certo para se tornar cada vez maior e melhor.

“O futuro do VALORANT ainda é muito promissor. Ainda vai crescer muito e tem bastante coisa para acrescentar com o tempo. A cada ano a Riot tentou desenvolver o melhor formato possível e isso fez com que o jogo mudasse bastante. Toda temporada foi com formatos de campeonatos mudando. Os Challengers mudaram bastante e então vieram as ligas internacionais. A verdade é que ainda estávamos tentando qual era o melhor formato para o jogo.

 

Creio que no próximo ano, ficará um pouco mais próximo do que se quer. Mesmo a pessoa que não acompanha assiduamente o jogo, vai entender mais sobre o formato e não vai precisar correr atrás de sites para tentar entender, o que tem para assistir, o que esse campeonato vale e etc. Encontramos um pouquinho mais dessa chavinha, que vai facilitar para as pessoas se sintonizarem, mais gente querer assistir e mais o jogo se desenvolver de formas diferentes. É muito promissor realmente e não tenho nada a falar contra”, opinou.

Mesmo acreditando nesta grande evolução e nos acertos da publisher, ele entende que para o Brasil especificamente, nem tudo foram flores.

“As ligas internacionais foram uma adição excelente no geral e o Brasil foi a única região que sentiu um baque muito grande com essa adição. Foi o único ou pelo menos o principal país afetado. Isso porque éramos muito mimados aqui e tinha muita coisa diferente das outras regiões. A Riot Brasil dava muito mais ênfase no nosso campeonato. Por exemplo, o Challengers Brasil era todo presencial, com transmissão da Riot, casting e tudo mais, tudo oficial. Em outras regiões o Challengers sequer tinha uma etapa play-off presencial.

 

Por conta dessa ênfase, quando a Riot decidiu transformar todas as ligas iguais, o Brasil sentiu esse baque, porque deixou de ter o único presencial para ter, assim como todos os outros, um campeonato online, por exemplo. O Brasil perdeu um grande campeonato presencial e uma grande oportunidade de demonstrar seu valor. Fomos sim um pouco desfavorecidos, mas a gente teve também muito tempo de favorecimento. Por isso que a gente ficou mais chateado do que qualquer outra região do mundo, pois para nós foi um passos para trás, enquanto as outras deram um passo para frente.”

O futuro é incerto, mas parece divertido

Deixando um pouco de lado o passado e se concentrando no futuro, BiDa avalia o mercado atual e conta como acha que se encaixará nele, três anos depois.

“Antes de me fixar na Riot, eu tinha certeza que teria várias possibilidades e várias ofertas. Eu poderia continuar vivendo tranquilamente com vários trabalhos de freelancer que eu teria para fazer. Hoje, olhando tanto tempo para o meu próprio umbigo de dentro da Riot, eu não olhei tanto para os horizontes para entender como estão as situações. Imagino que não seja tão fácil, acho que na verdade vai ser bem complicado, inclusive. Mas, quem sabe, a gente se surpreende. Talvez eu tenha oportunidades em algumas competições de CS, pois já estive nesse cenário e tenho um número considerável de seguidores, o que pode facilitar. Mas não sei em outros jogos se teria qualquer tipo de oportunidade para participar. Vamos ver”

Sobre este retorno, logicamente a parte mais aguardada é para um torneio de Counter-Strike, cenário no qual BiDa construiu seu nome e a maior parte da carreira. A própria comunidade já se mostrou animada com a possibilidade, mas para o narrador isso se tornou um mix de emoções.

“Por um lado estou preocupado, pois hoje tem mapas na rotação que eu nunca joguei. E provavelmente chame a C4 de spike e fale algumas besteiras. Mas por outro o meu coração está tranquilo, pois sei que se deixar a ansiedade bater, estou ferrado. Hoje só quero ir passo a passo mesmo e em 2024 penso mais nisso”, afirmou.

 

“Eu sei que se eu fizer algum campeonato de Counter-Strike, provavelmente não farei os principais. Talvez agora seja ainda mais difícil de fazer as principais competições estando fora da tribo. Mas a gente tenta e procura. Já fiz campeonatos menores antes, então quem sabe não consiga reconstruir meu nome e buscar oportunidades aos poucos”, acrescentou.

Ele também quer narrar outros jogos e deixou um leque de possibilidades totalmente aberto. Inclusive reencontros com PUBG e APEX e até quem sabe The Finals, o qual ele tem jogado ultimamente e torce para ter campeonatos.

Ainda assim, neste momento de decisão tomada juntamente de férias, BiDa está mais no lema de Zeca Pagodinho, deixando a vida o levar. Inclusive, quando perguntado sobre quais planos ele tem traçados, a resposta foi cômica.

“Parece meus pais falando. O que você está fazendo tomando essa decisão?! O que você vai fazer com a sua vida?!”, disse enquanto dava gargalhadas. “Não há nenhum plano traçado. Eu cheguei a mandar mensagem para alguns amigos para ver o que eles achavam, se eles concordavam com a minha decisão, também para tentar entenderem um pouco de tudo. Mas eu não tenho nenhum planejamento realmente do que eu quero fazer”, confirmou falando de forma mais séria.

O que ele espera, apesar de não ter nada combinado, é seguir reeditando sua parceria com Tixinha – que também deixou a Riot Games – de alguma forma.

“Obviamente adoraria continuar trabalhando com o Tixinha de alguma maneira. Ele foi um grande parceiro para mim e trabalhar ao lado dele foi uma das coisas que mais aproveitei neste período na Riot. Ele já era meu amigo antes e agora virou um irmão. Fora que é um profissional extremamente capacitado e pode conquistar muita coisa. Nós, juntos, nos fortalecemos. O que posso dizer é que não bolamos nenhuma ideia mirabolante para dominar o mundo ou algo parecido, mas se surgirem oportunidades podemos até tentar criar nossas próprias coisas. De alguma forma, espero poder trabalhar com ele novamente sim”, concluiu.

Já no meio de dezembro, podemos dizer que 2024 é logo ali. Hoje BiDa ainda vive incertezas com esta decisão tomada, mas não deve demorar muito para os primeiros projetos aparecerem e, principalmente a tão aguardada estreia no Counter-Strike 2.


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