No Brasil, em 29 de janeiro é comemorado o Dia Nacional da Visibilidade Trans e a Game Arena não poderia deixar de lembrar das profissionais que mudaram o cenário brasileiro de esports, em busca de o tornar mais plural a cada dia que se passa.
A data é celebrada em solo tupiniquim desde 2004 e neste ano, soma 20 anos de luta, consciência e orgulho de quem integra a sigla.
Estas pessoas não mudam somente suas vidas sendo quem realmente são, mas também ajudam diariamente a elevar os esports para outro patamar, ocupando pouco a pouco mais um espaço na sociedade. Confira:
1. Olga
Um dos nomes mais emblemáticos do cenário feminino de Counter-Strike (CS) não poderia ficar de fora desta lista. Olga foi a primeira jogadora profissional do competitivo aqui do Brasil e pavimentou o terreno para outras pessoas aparecerem.
A atleta foi a primeira técnica do CS brasileiro em 2018, quando entrou na Bootkamp Gaming. Teve passagens pela Black Dragons, foi um dos grandes nomes da FURIA e desde 2023 representa a nação em um time chinês, a HaoShenGaming (HSG), sendo pioneira a jogar fora do país. Além disso, é considerada uma das melhores jogadoras da modalidade.
2. m4nd
Diferente do que muitos pensam, em 2021, a semXorah Gaming foi responsável por trazer a primeira representação feminina de não-binariedade — quando uma pessoa não se identififica 100% como mulher ou homem; entrando na sigla trans — no competitivo de VALORANT brasileiro.
m4nd também jogou pela ODDIK e começou a ser mais conhecida no competitivo ao integrar a LOUD no meio de 2023. O atleta foi campeão da 7ª Taça das Minas, Player1 Series – Hera 3 e da primeira qualificatória de 2023 do VCT Game Changers Brazil Series 2 (VALORANT Champions Tour).
3. Nallari
Considerada a melhor jogadora de League of Legends (LoL) do Brasil em 2023, Nallari quebrou barreiras sendo uma das primeiras profissionais trans do competitivo inclusivo.
A mid laner jogou pela Coven Bats até a metade do último ano e foi contratada em junho pela paiN Gaming. Em pouco tempo, ganhou o Prêmio CBLOL, foi campeã das duas etapas da Ignis Cup de 2023 e da Goddess Tour 1 pelo mesmo ano.
Em 2024, a atleta está escalada para o paiN Gaming Academy, podendo disputar o campeonato de base do LoL brasileiro, no cenário misto do game.
4. Jelly
Foi em 2022, que Jelly começou sua carreira no VALORANT, sendo uma das primeiras trans do cenário. Com a B4 Angels, foi vice-campeã do VCT Game Changers Brazil 2 (GC) de 2022 e depois jogou na LOUD, garantindo seu primeiro título em 2023, na primeira qualificatória da segunda etapa do GC Brazil.
Em 2024, foi anunciada como jogadora profissional do MIBR e ao lado de outras pro players mostra que existe espaço para todos no cenário inclusivo da modalidade em solo brasileiro.
5. Seiju
Seiju chegou no competitivo há menos de um ano e já foi campeã duas vezes da Ignis Cup, sendo a segunda etapa de 2023 e a Goddess Tour 1 no mesmo ano.
A top laner da paiN Gaming só representou os tradicionais até hoje e é vice-campeã da quinta qualficatória da Ignis Academy e do primeiro split da Ignis Cup, todas em 2023.
Extra: juny
Com seu jeitinho debochado e cheia de piadocas, juny começou a competir no final de 2022 pela Miners.gg e desde 2023 está na paiN Gaming.
A estreia no cenário garantiu um terceiro lugar na Ignis Cup em 2022, sendo que, no último ano, foi campeã duas vezes, sendo do segundo split da Ignis Cup e a Goddess Tour 1 pelos tradicionais.
Também já atuou pelo Academy da equipe e foi vice-campeã quatro vezes da modalidade, marcando seu nome para sempre no competitivo brasileiro inclusivo de LoL.
Por mais que existam poucas personalidades no competitivo, é uma oportunidade de mostrar que existe vida além de outras realidades duras do Brasil, visto que, ainda somos o país que mais mata travestis e transexuais no mundo de acordo com o relatório do Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil (Antra).
—
Se você gostou deste conteúdo em texto, veja também nossos vídeos. Neste aqui, falamos um pouco mais sobre a origem dos esports, confira: