Foi em Salvador, capital da Bahia, que nasceu Vidal. A pro player que joga desde criança e foi considerada uma das melhores jogadoras profissionais do League of Legends (LoL) brasileiro de 2023, já sabia há algum tempo o que era competir. A redação da Game Arena entrevistou a competidora sobre viver o sonho, a paixão por jogos e mais.
Bem antes de se aventurar pelos campos de justiça de Summoner’s Rift, a profissional já jogava. Sem mouse e teclado, a top laner era especialista de outra modalidade tradicional: o futsal. A competitividade e a garra sempre estiveram presentes no cotidiano da baiana arretada.
“Eu sempre fui muito competitiva, eu jogava futsal. Tenho varias medalhas, inclusive. Joguei dos nove anos até os 15 mais ou menos e sempre competi…sempre tive esse vontade de ser a melhor eu tudo que eu fazia”, diz.
Tudo começou com os jogos clássicos
Com cerca de seis anos, Vidal começou a descobrir os jogos: “Eu comecei a jogar porque gostava de fazer tudo que meu irmão fazia. Então, a gente começou jogando no PS2, eu jogava muito Liga da Justiça e God of War. Quando mais nova, eu gostava de jogar Pokémon e Mario em emuladores. Depois comecei a dedicar muito tempo ao LoL”.
“Tinha o classico do meu irmao tirar meu controle do console”, lembra. A influência de jogar por conta do irmão mais velho de 26 anos, Pedro Baqueiro, acabou fazendo com que a pro player se encontrasse no League of Legends.
“Acho que eu entrei porque era um lugar de conforto e depois eu fui realmente gostando muito do jogo. Era o jogo que me conectava com meus amigos.”
“Tanto que eu fiquei mto tempo jogando casualmente, eu até era limitada pelo meu computador que era muito ruim e só depois que comprei um novo eu comecei a aparecer nas rankeadas do high elo.”
“O motivo de eu começar a jogar foi igual a todos os outros jogos, foi porque eu via meu irmão jogar”, conta Vidal.
O chamado da Rise Gaming
Aos risos, a pro player explicou que os pais “não tem ideia nem de o que é LoL”. Quando chegou o contato da Rise Gaming, primeira organização que integra, não foi tão fácil os convencer de atuar na área.
“Eu sempre quis jogar, mas não tinha nível. Quando recebi o convite pra da Rise, meus pais tiveram certa resistência porque era algo que eles não conheciam… mas, no final das contas, eles querem que eu seja feliz, então… combinamos de eu tentar viver meu sonho”, se recorda dos primeiros passos da carreira em 2022.
Inclusive, após de trocar de role — a equipe pediu para que deixasse a jungle e tomasse conta da top lane — veio para São Paulo para a primeira vez para competir. Nascida em Salvador, mas viveu a vida inteira em Lauro de Freitas, cidade com um pouco mais de 200 mil habitantes.
Entre as melhores do Brasil
Na Rise e no LoL competitivo, já estreou vencendo: foi campeã da GIRL GAMER Esports Festival 2022: São Paulo. Na primeira Ignis Cup disputada, acabou ficando em terceiro lugar no campeonato mais importante do cenário inclusivo e deixou sua marca.
Com um pouco menos de um ano competitivo, Vidal já venceu quatro qualificatórios em 2023 e foi vice-campeã três vezes: em dois qualificatórios e no segundo split da Ignis. Ainda neste ano, foi indicada a melhor jogadora da modalidade no Prêmio CBLOL.
A carreira está no começo, mas a top laner já provou que as inimigas tem uma oponente digna. No total, conquistou cinco MVPs (Most Valuable Player) pelo torneio principal da modalidade, batendo o recorde do próprio campeonato. Em entrevista, foi questionada se está acostumada a vencer.
“Longe disso, pra mim isso nem existe, não sou ninguém ainda e mesmo se tivesse ganhado tudo, eu ainda estaria focada em ser uma jogadora melhor dentro e fora de jogo”, explica a atleta que está vivendo o sonho de ser pro player que acabou de ser iniciado.
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Com a saída da Rise Gaming, a top laner Vidal atualmente está sem equipe para competir a próxima temporada competitiva do League of Legends brasileiro, que está prevista para acontecer a partir de 2024.
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