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CEO da FTX Sam Bankman-Fried com a camisa da TSM. - Foto: reprodução/Twitter Sam Bankman-Fried.

LoL: Riot tenta desfazer acordo da LCS com a falida FTX

Corretora de criptomoedas norte-americana, a FTX havia acordo milionário com a LCS para serem pagas com sua própria moeda digital A falência da FTX, uma das maiores corretoras de criptomoedas do planeta, ainda vem tendo os seus desdobramentos e respingando problemas no cenário de eSports. A Riot Games, por exemplo, está buscando um acordo com a corretora de criptomoedas para que ela rejeite o acordo selado com a LCS, o campeonato regional norte-americano de League of Legends.

Thulio Bastos •
23/12/2022 às 14h45, atualizado há 2 anos
Tempo de leitura: 4 minutos

Corretora de criptomoedas norte-americana, a FTX havia acordo milionário com a LCS para serem pagas com sua própria moeda digital

A falência da FTX, uma das maiores corretoras de criptomoedas do planeta, ainda vem tendo os seus desdobramentos e respingando problemas no cenário de eSports. A Riot Games, por exemplo, está buscando um acordo com a corretora de criptomoedas para que ela rejeite o acordo selado com a LCS, o campeonato regional norte-americano de League of Legends.

Isso porque a empresa havia fechado um patrocínio para estampar a marca da empresa durante toda a temporada 2023, no valor de U$ 96 milhões de dólares. Porém, o montante deveria ser pago através da própria criptomoeda da FTX. Com a falência da empresa e a desvalorização da moeda, a Riot Games tenta fazer com que a empresa rejeite esse acordo.

Fã de League of Legends, inclusive um usuário constante do jogo, o ex-CEO da FTX Sam Bankman-Fried, que vem sofrendo uma série de processos judiciais ao longo de toda essa polêmica da falência de sua empresa, havia estampado a marca da FTX no uniforme da TSM, organização de esportes eletrônicos mais valiosa do mundo, segundo a Forbes. Ironicamente, a revista baseou-se no acordo da TSM com a corretora para colocá-la no topo do ranking, no início do ano.

Com isso, a Riot Games entrou com uma moção na justiça norte-americano alegando que a FTX tem pagamentos pendentes com a empresa e que “não é realista, já que a FTX não conseguirá fornecer garantias de desempenho futuro”, por conta da sua declaração de falência.

Por não ser um processo direto contra a empresa, a moção, na justiça americana, requer uma avaliação do tribunal específico antes de qualquer tipo de audiência. Caso o tribunal sinalize positivamente para a Riot, será mais um tópico a ser debatido na audiência de falência da FTX.

Vale destacar que a FTX já pagou parte do acordo de U$ 96 milhões de dólares para a Riot Games sobre o patrocínio da LCS. Caso a corretora não rejeito o acordo, a Riot Games deverá tomar outras medidas para que o contrato de patrocínio seja rescindido.

Molly White, pesquisadora norte-americana e crítica do mercado de criptografia, fez uma thread no Twitter mostrando detalhes importantes da moção apresentada pela Riot Games. O documento contém, ao todo, 22 páginas.

Além da LCS e da TSM, a FTX também estampava sua marca como patrocinadora da FURIA desde abril de 2022. Até o momento, o valor acordado acabou sendo o maior acordo de patrocínio da história dos esportes eletrônicos, no valor de R$ 15 milhões de reais. A organização brasileira já comunicou o desligamento do acordo com a empresa, assim como as franquias da NBA, Miami Heat e Golden State Warriors.

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