Os hackers conseguiram acesso ao código-fonte do League of Legends, além do software anti-cheat e chegaram a pedir U$ 10 milhões para Riot
A Riot vem sofrendo problemas causados por uma violação do código-fonte do League of Legends por meio de hackers, que conseguiram acesso ao Teamfight Tactics e ao software Packman, o anti-cheat utilizado pela desenvolvedora.
Os contratempos vêm acontecendo desde o mês de janeiro, quando o portal Motherboard divulgou uma reportagem informando que os hackers entraram em contato com a Riot pedindo U$ 10 milhões para não divulgar o código-fonte nas redes sociais.
Os invasores enviaram um e-mail para a organização pedindo o montante para que não vazasse o que eles julgaram de “dados valiosos”. Em anexo do e-mail, os hackers incluíram dois arquivos PDFs que comprovavam que eles tinham acesso.
“Obtivemos seus dados valiosos, incluindo o precioso código-fonte anti-trapaça e todo o código do jogo League of Legends e suas ferramentas, bem como Packman, seu anti-trapaça de modo de usuário. Entendemos a importância desses artefatos e o impacto que seu lançamento ao público teria em seus títulos principais, Valorant e League of Legends. Diante disso, estamos fazendo um pequeno pedido de troca de $ 10.000.000.” – dizia o e-mail.
Na sequência, a própria Riot divulgou em seu perfil oficial no Twitter que havia sofrido um ataque de “engenheiros sociais”, mas que conseguiram fazer com que os dados dos jogos e de jogadores não fossem vazados, dando sinais conforme os invasores.
Earlier this week, systems in our development environment were compromised via a social engineering attack. We don’t have all the answers right now, but we wanted to communicate early and let you know there is no indication that player data or personal information was obtained.
— Riot Games (@riotgames) January 20, 2023
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Venda no Mercado Negro
Agora, os hackers se voltaram ao mercado clandestino para vender o código-fonte do League of Legends. De acordo com uma publicação do portal Esports Heaven, os invasores atendem pelo nome de Arkat_001 e fez um anúncio pedindo U$ 700 mil dólares para vender o código-fonte e o software anti-cheat.
Conforma a publicação, a Riot Games está ciente do anúncio e preocupada com o vazamento desses códigos, já que isso pode atrapalhar a experiência dos usuários com o jogo, já que isso poderá acarretar uma melhora de programas hackings.
Os arquivos têm um total de 572 mil arquivos, em um tamanho maior do que 72 GB.
Acesso via SMS para funcionário
O portal VX Underground também noticiou o vazamento, dando detalhes de como os hackers, denominados de Arkat_001, obetiveram acesso. Eles enviaram um SMS a um funcionário da riot Games, onde conseguiram escalonar e obter credenciais de segurança de um diretor da empresa.
O objetivo era obter acesso ao código-fonte e do software anti-cheat do Valorant, já que tem sido muito difícil desenvolver programas trapaceiros contra o rootkit, sistema que a Riot usa no FPS contra hackers. Depois de não conseguir acesso aos sistemas do Valorant, os hackers conseguiram invadir o League of Legends.
Apesar da Riot divulgar que os hackers não tiveram acesso aos dados dos jogadore, Arkat_001 afirmou que eles possuem dados confidenciais. A Esports Heaven entrou em contato com os hackers, mas não soube esclarecer se é um grupo de invasores ou apenas um, mas confirmou que eles faziam parte do grupo Roasted 0ktapus, especialistas em violações de dados de jogos e tecnologia.