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Ignis Cup 2023: “sensação de casa”; torcidas distintas, mas o mesmo sentimento

O show que o público deu na grande final da segunda temporada da Ignis Cup 2023 em São Paulo foi...

Ignis Cup 2023: "sensação de casa"; torcidas distintas, mas o mesmo sentimento

Foto: Game Arena - Siouxsie Rigueiras

O show que o público deu na grande final da segunda temporada da Ignis Cup 2023 em São Paulo foi digno de emocionar qualquer fã de League of Legends (LoL). As torcidas estavam separadas na Arena CBLOL, mas no fim, o intuito era o mesmo: celebrar o espaço de inclusão feminina e LGBTQIAP+ na modalidade.

A Game Arena descobriu que a identificação e inclusão falam mais alto na hora de prestigiar o competitivo brasileiro de esports durante o evento na Arena CBLOL A redação conversou com duas torcedoras da Rise Gaming, que acabou não vencendo a final do torneio, mas teve um lugar especial para reunir fãs.

Para quem acompanha há muito tempo o competitivo de LoL, sabe que foi um caminho árduo para que as mulheres conquistassem o direito de participarem de competições oficiais e isso se tornou realidade com criação do campeonato inclusivo, a Ignis Cup, no fim de 2022. Inclusive, Lyya (21), acompanha o torneio “desde quando tudo era mato”.

 

“Sensação de casa”

Foto: Reprodução/Riot Games

 

A cosplayer por hobby esteve presente no campeonato responsável por abrir o competitivo inclusivo de LoL no país, acumulando o acompanhamento presencial de três finais. Jogando LoL desde 2021 por conta de ter um PC que não aguentava game, a agente comercial vê partidas profissionais desde 2015, mas sente algo diferente quando vai à Ignis.

“Eu sinto uma sensação que eu acho que para os homens é o que eles sentem sempre que é poder se identificar ali. Eu tenho a sensação de casa.”

“O CBLOL passa uma sensação mais amigável pra mim do que quando eu tô assistindo uma Ignis, em que eu consigo me enxergar de uma maneira muito mais confortável ali dentro”, explica.

 

É um evento menor em consideração ao CBLOL (Campeonato Brasileiro de League of Legends) — que existe há mais de uma década — e segundo a designer gráfica Fernanda Macedo (21) — que não joga LoL mas tem carinho pelo gênero MOBA — apesar dos avanços, ainda existem algumas problemáticas em torno da disputa inclusiva, que teve a oportunidade de ver pessoalmente pela segunda vez.

“Como a Ignis é mais recente ainda tem algumas coisas que ainda vão se acertar mas ou menos assim. Eu sinto que ainda tem mais resistência de certa forma, por exemplo, de quem acompanha CBLOL.”

“Essa questão mesmo de as vezes ser um público mais masculino no CBLOL, mas eu sinto que a gente está ganhando mais força e eu tô bem feliz em ver a Arena lotada”, conta.

 

Foto: reprodução/Riot Games

 

Ter em quem se espelhar de verdade

Ainda para Lyya, um dos principais pontos chave do inclusivo é a representatividade real. A proximidade da torcida com as jogadoras e atletas presentes, que é diferente do torneio tradicional .

“O CBLOL, óbvio, eu me sinto próxima dos jogadores quando eles escolhem um boneco que eu também jogo ou quando eles escolhem um boneco que eu faço cosplay.”

“Mas quando eu olho, por exemplo, a Rahkys que joga com bonecos parecidos com os meus, a gente tem mais ou menos a mesma altura… é um abraço assistir ela”, diz em meio a risadinhas.

De acordo com Fernanda, é uma questão histórica também das mulheres e comunidade LGBTQIAP+ nos esports, mas, também, nos jogos em geral, visto que, muitas vezes por falta de incentivo, pessoas começam a perceber que realmente gostam desse tipo de atividade, seja acomapanhar cenário ou mesmo jogar.

“Tem até uma questão de hoje pouquíssimas mulheres já participaram do CBLOL em consideração aos times que são basicamente formados por homens. É tudo uma questão cultural também.”

“As vezes as mulheres começam a jogar mais tarde também, as vezes a gente meio que segue por outros caminhos, então é muito muito bom ver que existem mulheres que estão aí realmente batalhando para viverem o sonho delas e que podem ser e que são as vezes iguais a dos homens que tão aí e são maioria” complementa.

 

Vale lembrar que a falta de referência é algo real e que permeou as competições oficiais antes da criação da Ignis. Se não tem uma figura que te representa no topo, como você irá almejar alcançar algo que até então, ninguém conseguiu?

“Acho de extrema e absoluta importância no geral principalmente por conta das diversas mulheres e figuras que a gente teve no CBLOL e a gente não viu ir para frente.Ter um ambiente para desenvolver isso é tanto de extrema necessidade quanto muito importante de ser valorizado, diz Lyya.

 

LEIA MAIS

 

O ano competitivo inclusivo acabou e agora os fãs devem aguardar até o a temporada de 2024 para verem suas musas e rostos preferidos ao vivo. Mas o recado é claro: o cenário precisa ser tratado com atenção e com carinho por conta de ressignificar o propósito de vida de muitas pessoas.


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