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LoL: a história da primeira vez da bateria da FURIA no CBLOL
League of Legends
Foto: reprodução/Riot Games - Bruno Alvares

LoL: a história da primeira vez da bateria da FURIA no CBLOL

Pela primeira vez na história do CBLOL, o torneio recebeu uma bateria de torcedores: a Dezorganizada Furiosa

Siouxsie Rigueiras •
09/08/2024 às 15h08, atualizado há 3 meses
Tempo de leitura: 10 minutos

 

Com a presença da Dezorganizada Furiosa na disputa entre FURIA e LOUD pela primeira vez no CBLOL (Campeonato Brasileiro de League of Legends), a reportagem da Game Arena conversou com duas figuras importantes que integram o projeto para entender um pouco mais sobre como surgiu a paixão pelo time, a criação da bateria e como foi estar presente no torneio pela primeira vez na história.

O segundo split da competição de elite do LoL (League of Legends) brasileiro está na fase de playoffs e, no último sábado (03), a bateria compareceu em peso na disputa contra a verdinha, responsável por abrir a fase eliminatório do segundo split do CBLOL 2024. Falamos com Sapão, que é líder de RP (Relações Públicas) da Dezorganizada Furiosa e também integra a comunidade de LoL e, com Yuri, que é head de comunidade na FURIA.

 

Um surdo nas costas e um sonho

Antes de trabalhar na pantera, Yuri contou que a paixão pela FURIA “nasceu na época do Major” de CS:GO (Counter-Strike: Global Offensive), em 2022: “Fui para a Arena com um surdo nas costas para começar a batucar. Não tinha time e nem ninguém que eu gostava, só o amor pelo CS e pelo FalleN, que era meu ídolo”. O profissional contou que quando a pantera classificou, “já nasceu uma pontinha de pantera no meu coração, que foi só crescendo ao longo dos 14 dias de Major.”

Tudo evoluiu muito rápido e quando percebeu, já estava em contato com figuras importantes da organização, na Casa FURIA e conversando com os próprios jogadores profissionais, com direito a até ganhar camisa e casaco do elenco. Para Sapão, que também é criador de conteúdo, foi mas um pouco diferente: vejo mais pela questão de como funciona a organização e a forma de como ela impacta as pessoas ao redor dela […], isso foi algo que desde 2019 para 2020, me encantou muito a acompanhar o trajeto da FURIA, tanto pelo CBLOL quanto em outras categorias.”

 

A comunidade de LoL

Foi com 14 anos que o carioca Sapão começou a jogar LoL “por causa dos amigos da escola”, perto da época que Faker começou a jogar profissionalmente, em meados de 2013. O integrante da bateria disse que chegou a acompanhar o ídolo disputando o mundial e em 2014, começou a história de amor com a comunidade da modalidade.

“Eu pude ter o prazer de, em 2014, quando tem a final brasileira de CBLOL aqui no Maracanã, de prestigiar um pouco como é o evento de esportes do LoL e ali foi a paixão por completo;  a partir daí não parei mais”, conta.

Por conta de ser um dos primeiros jogos que teve contato, o vínculo criado com o game foi tão forte que Sapão chegou a participar de torneios universitários na UFF (Universidade Federal Fluminense), que conta com uma atlética universitária de esports para os alunos. Além disso, também teve proximidade com projetos e quase se tornou pro player.

“Tem uma galera que tá no CBLOL hoje em dia que eu tenho contato: tem o Brance, tem até o coach do Academy da FURIA, o Khorn, já chegou a me dar coaching na época. É muito gratificante pensar que depois de todos esses 10 anos, que eu praticamente vi, tanto comunidade do LoL crescer e evoluir em questão de cultura.”

“A gente agora tem um stage que tu consegue estar presente, os campeonatos, toda estrutura que você o CBLOL conseguir englobar, tanto a evolução dos pro players, é algo que é surpreendente e era [algo] da minha infância, minha pré-adolescência; agora já estou um jovem adulto com 23 anos e pra mim algo que é incrível, é surreal, uma alegria imensa”, revela.

 

Bateria em peso no CBLOL

Sapão disse que ideia da Dezorganizada Furiosa ir para o CBLOL surgiu em conversa entre diretores da bateria: era um playoff, um jogo importante, a FURIA não tem muita sorte com essas questões de playoff, e a gente sabe que tem o stage lá na Barra Funda, sabe que o quão impactante é presencial.”

O criador de conteúdo contou que a bateria conseguiu viabilizar transporte do RJ (Rio de Janeiro) para SP (São Paulo) para comparecer no stage, visto que, muitos membros da Dezorganizada são cariocas. Foi a união RJ + SP que resultou na festa realizada na frente e dentro da Arena CBLOL no jogo contra  LOUD, em que a pantera quase conseguiu garantir vitória.

O ChurrasFURIA

Foto: reprodução/Riot Games – Bruno Alvares

 

Para quem está acostumado a ir para a Arena CBLOL, o ChurrasFURIA é um show a parte que integra a alegria da torcida presente no stage. De frente para o evento, do outro lado da rua, tem um churrasquinho para os fãs de LoL, criando um espaço de convivência pré jogo, em que todos se reúnem para comer uma carninha e resenhar. O projeto é da própria organização e foi viabilizado por Yuri.

“O meu trabalho, como head de comunidade, também é aprovar projetos em que a gente consiga alavancar a comunidade e colocá-la como protagonista. Eu acho que essa é a minha principal função com os torcedores, com os seguidores, com fãs da FURIA. Eu consigo colocar cada vez mais o fã nos spotlights e um desses projetos que eu viabilizei antes até do ChurrasFURIA, foi uma um mutirão de compra de ingresso.”

“A gente fez uma um mutirão no início do split, a gente já tinha feito nas três passado, mas tinha sido mais ou menos um teste e agora, nesse split, a gente fez um mutirão onde a gente conseguiu comprar 287 ingressos dividido para todos os dias do split; a gente fez ações o split inteiro do split inteiro, eu tinha ingresso pros nossos torcedores e eles não vai pesavam pagar nada desses ingressos”, conta.

Estes são apenas alguns exemplos dos investimentos da FURIA em quem é apaixonado pelo time. Em 2024, por exemplo, no Dia Internacional do Orgulho, a organização levou torcedores LGBTQIAPN+ para a Arena CBLOL, incluindo este público em peso no stage.

 

Próximos passos

Foto: reprodução/Riot Games – Bruno Alvares

 

Torcer não é brincadeira. Todos os fãs precisam ensaiar as mais de 20 músicas diferentes criadas para fazer a festa em nome da FURIA e, além disso, os fãs muitas vezes acabaram abrindo mão de outras coisas para conseguirem comparecer em um evento, como, por exemplo, voltar para casa. Existem situações específicas em que é preciso deixar de voltar para casa e dormir na cama, para descansar no lugar que der, tudo isso para mostrar o amor pela pantera.

A ideia da Dezorganizada Furiosa é continuar comparecendo no CBLOL em peso, porém, por conta do time ter caído para a lower e jogar nesta sexta-feira (09), acaba dificultando o acesso de torcedores que estudam e trabalham: “Caso a gente avance no campeonato e volte a ter jogos no sábado e no domingo, a minha ideia é que a gente volte a trazer a galera e que a gente possa fazer festas cada vez maiores”, diz Yuri.

 

LEIA MAIS

 

Contra o Fluxo, a FURIA joga amanhã (09), em busca de permanência nos playoffs da competição pela primeira rodada da chave inferior. Se o elenco garantir vitória, irá ter que varrer as quartas de finais, semifinal e final lower, para conseguir se classificar para a garnde final da competição.


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