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LoL: o dia em que o Minerva quase destruiu cenário do CBLOL
League of Legends
Imagem: reprodução/Profissão Repórter - Globo

LoL: o dia em que o Minerva quase destruiu cenário do CBLOL

Treinador Djoko contou em podcast sobre dia fatídico que poderia ter mudado o cenário

Siouxsie Rigueiras •
25/07/2024 às 16h29, atualizado há 4 meses
Tempo de leitura: 7 minutos

Durante o episódio da semana do Flow Games, nesta quarta-feira (24), o caster da Riot Games, Schaeppi e Djoko, head of coching da Vivo Keyd Stars, relembraram a história de todas as finais do CBLOL (Campeonato Brasileiro de League of Legends). No papo, o treinador dos guerreiros falou sobre o fatídico dia que Minerva quase destruiu o cenário da modalidade no país.

Chega a ser engraçado imaginar a situação, porém, foi por conta de uma reportagem especial que estava sendo feita sobre o competitivo de LoL (League of Legends). Foi em 2016, ano em que a mídia tradicional estava começando a cobrir de perto o cenário do game, mostrando os bastidores de como era a vida de pro players, fãs e staff no Profissão Repórter, programa jornalístico da TV Globo (assista aqui).

No segundo split de 2016, o embate final foi entre INTZ e CNB eSports Club. Na época, Djoko integrava a comissão técnica da extinta CNB e teve um dia completo de gravações com a equipe, que era formada por LEP no top, Tinowns no mid, pbO de atirador, Wos como suporte e Minerva, muito antes da IDL (Ilha das Lendas), ainda jogava profissionalmente na jungle.

 

Premiação no valor de “uma coxinha”

A reportagem acompanhou um dia de treinamento no CT da CNB com a equipe, além de comparecer na grande final do torneio e entender como funciona, de fato, o trabalho de bastidores, com cosplayers e staff de organizações. Em 2016, a CNB era um elenco forte e um dos maiores times do Brasil, sendo referência para outros competidores do cenário.

Djoko explicou que, a gravação foi feita em uma época que Minerva e alguns jogadores profissionais estavam insatisfeitos como valor que lucrariam ao ganhar o campeonato, o famigerado valor de repasse da empresa para os pro players, que nem sempre reflete a maior quantidade da premiação. De acordo com o técnico, o valor era “miserável”. O jungler, ainda segundo Djoko, chegou a falar que o lucro seria o equivalente ao preço de, “literalmente”, “uma coxinha”. Com isso, Minerva ficou insatisfeito com a situação e começou a agir.

“Ele [Minerva] descobre isso [praticamente], na véspera da final e ele começa a aloprar tudo, aloprar treino, aloprar tudo, porque ele era um literalmente o demônio encarnado nssa época.  Por mais que eu era ditador nessa época, que precisava, ele passou dos limites total ali e quase faz uma revolução com Tin e com LEP. Enfim, foi difícil”, revelou Djoko.

 

Insatisfação

A insatisfação com os valores refletiu nas gravações, que estavam ocorrendo na mesma época. Para Djoko, Minerva não sabia do Profissão Repórter e também não tinha conhecimento que as gravações estavam sendo feitas para a televisão.

“Tudo que era falado pelo Profissão Repórter, ele [Minerva] rebatia, por exemplo: um cara da Globo chegava ‘Olha tô vendo aqui que vocês tem uma alimentação saudável’, aí
todo mundo ‘sim, tá aqui, é isso que a gente come, que é o normal do dia a dia’. O Minerva ‘não não, isso aqui é fachada, a gente come só salgadinho, cheetos, não sei o que, pizza… tão tudo mentindo’.”

“Aí atividade física, a gente fazia atividade física todos os dias de manhã. [O Minerva falava] ‘não, eu não faço não, eu só fico em casa deitado e acordo na hora do jogo’. Tudo que o cara falava, o Minerva questionava. Eu falava ‘meu Deus, cara’. Chegou num ponto que, para mais coisas, para coisas piores”

“Tipo, ele [Minerva]] desenhava as pessoas e mostrava para ele: esse é o meu treinador. E desenhava os outros, botava fogo nas pessoas. Eu falei ‘gente, isso aqui foi um dia que eles ficaram gravando com a gente e não existe nada nessa filmagem’, o editor vai ter que seus um Deus, porque qualquer coisa que passar vai descredibilizar tudo. O Minerva quase destruiu o cenário nisso aí”, contou Djoko.

 

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O treinador disse que teve um trabalho extra de ir conversar mais de uma vez com o editor da Globo, pedindo para retirar estes cortes e explicar que “o menino era um idiota e revoltado”, para salvar a imagem do cenário de League of Legends em um panorama geral que seria apresentado para pessoas que não conheciam ainda como funcionavam os esports no Brasil, sendo, talvez, uma chance única de provar a importância dos esports para o público geral. No fim, Djoko conseguiu salvar as gravações e graças ao editor, tudo deu certo e, por pouco, Minerva não destruiu a imagem do cenário de LoL em âmbito nacional, veja:


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