Muito se fala da história dos campeões. Quem ganha, é quem conta história, mas será que é verdade mesmo? A comunidade afixionada pelo CBLOL (Campeonato Brasileiro de League of Legends) talvez esqueça por um tempo que cada pessoa do stage conta com superações próprias, dificuldades únicas e evoluções que só elas poderão contar.
É o caso de Levizin, que em menos de um ano, saiu do CBLOL Academy, campeonato de base do LoL (League of Legends) brasileiro e disputou partidas contra os melhores times do país, diretamente dos palcos da Arena CBLOL, em São Paulo, na Barra Funda.
O jogador profissional começou carreira na modalidade praticamente neste ano. Chegou a integrar a equipe do Flamengo Esports para disputar o MEG 2023 (Multiplataform Esports Games), mas em seguida entrou para o time do Academy da Liberty, jogando sua primeira partida em campeonatos oficiais em 2024.
A reportagem da Game Arena conversou exclusivamente com o caçador depois da vitória em cima da LOS, neste domingo (28), pelo último dia da fase de grupos do torneio. Com 21 anos, ainda sendo considerada uma idade boa para iniciar na modaliadde de forma profissional, o jovem viu sua vida mudar ao competir.
“Basicamente, minha carreira toda começou esse ano [2023]. Infelizmente, no primeiro split, a gente não conseguiu fazer muita coisa, mas nesse segundo, tanto eu quanto meu time do Academy, a gente veio bastante motivado para fazer diferente. Tanto é que, a gente conseguiu tipo cinco vitórias seguidas no Academy”, conta.
Do Academy para o CBLOL
As cinco vitórias seguidas aconteceram na estréia e em, seguida, na segunda semana da competição, que foi uma Super Semana. Foram resultados positivos em cima de times como RED Canids, FURIA e INTZ. Foi ali que os treinadores começaram a ver futuro no caçador e o chamaram para integrar o maior campeonato de LoL do país.
“Acho que na terceira semana, da terceira para a quarta, o Turtle veio conversar comigo da possibilidade de eu poder jogar e que a gente ia revezar, eu e o Drake. Ele me perguntou se eu me sentia confortável com isso. Se eu sentisse alguma coisa, sei lá… um nervosismo, ansiedade ou algo assim, era para falar com eles da staff, com eles em si; coach e psicólogo também.”
“Desde o início, eu fiquei bastante surpreso, porque… sinceramente? eu não estava nem esperando, eu não tava nem pensando. Eu só tava pensando em dar meu máximo ali no Academy para tentar, possivelmente, conseguir um título ou parar a paiN, que é muito boa. Eu fiquei bastante surpreso e ao mesmo tempo muito feliz. Desde dali, se eu me esforçava 100%, eu comecei a dar 1000%”, disse.
O novo método
Levizin também teve oportunidade de experimentar o novo metódo da Liberty, que, apesar de não ter mostrado resultados no campeonato, auxiliou aspectos diferentes e de formas específicas para cada pro player que fez parte do projeto em 2023. O atleta comentou sobre o tema durante a entrevista.
“Esse split, como mudou bastante coisa especificamente, foi plantado esse novo método que, querendo ou não, era uma incerteza para todo mundo, só que todo mundo comprou, todo mundo acreditou e acredita ainda; a gente foi seguindo fielmente. Eu acho que o fato da gente jogar sempre contra si, tanto Academy quanto CBLOL, acaba que a gente tem certas curvas de evolução.”
“Eu acho que a partir de certo tempo ou certa semana, eu acho que eu consegui talvez fazer um pouco mais que o Drake e talvez foi isso que me levou a vir para cá; tanto eu, quanto o Leandrinho também.”
“Eu acho que esse método ajudou isso a acontecer de certa forma, é claro que, eu não sei se era o planejamento deles isso, eu não posso falar, mas eu não sei se era o planejamento deles futuramente mudar os dois players ou se foi coisa no momento porque possivelmente a gente melhorou e eles queriam treinar a gente. Mas foi algo bem diferente, tem seus prós e contras. Teve coisas boas e teve coisas ruins, mas no final é isso”, conta.
Lição para toda a carreira
A evolução de Levizin foi gradual durante o segundo split do CBLOL em 2024. A reportagem perguntou qual foi a maior lição aprendida neste campeonato que o jogador profissional levará para o resto da carreira no League of Legends.
“Isso é uma coisa muito engraçada, porque eu tava vendo o meu primeiro jogo do Academy desse split e eu tinha outra cabeça ali como player, mas como pessoa também eu evoluí bastante porque os meus coaches do Academy são muitos bons, tanto como pessoa e quanto como como coach também.”
“Mas os coaches do CBLOL, eu sinto que talvez eles sejam tão bons quanto, no quesito geral, de tudo. Com certeza eu evolui bastante também como pessoa e principalmente como player. Acho que hoje, eu posso falar que eu até que joguei tranquilo, essa semana e semana passada também.”
“A primeira vez que eu pisei aqui, no primeiro jogo que foi contra FURIA, eu fiquei nervoso para caraca ou não punia os cara, ficava com medo de fightar e fazer qualquer coisa. Basicamente eu sou outro player e eu aprendi muito mais coisas estando no CBLOL porque eu tô jogando com pessoas melhors, querendo ou não, o nosso CBLOL é melhor que o nosso Academy, isso é fato, e o Turtle e o Bellzy, eles trouxeram muitas coisas novas, tanto para mim, quanto para o Leandrinho; foi uma evolução e foi uma etapa muito boa da minha vida”, conta”.
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A última vitória?
O último confronto do caçador pela Liberty no CBLOL, acabou em vitória em cima da LOS. De acordo com o jogador profissional, as partidas foram uma forma de mostrar um pouco mais sobre a sua própria evolução durante o tempo que atuou no torneio de elite.
“Tanto essa partida, quanto as últimas, desde que a gente soube que a gente não podia mais se classificar, eu jogava como se fosse meu último game aqui. Dar meu melhor e mostrar o que eu sei, minha gameplay, dar minhas calls, porque embora essa semana fosse a última eu não sei se eles vão querer que o Drake voltasse, então eu queria dar o meu máximo, eu fiz de tudo para me manter no CBLOL até o final e eu consegui esse objetivo.”
“Sobre jogar o último dia [da fase de grupos sem classificar], eu acredito que é um ciclo e esse ciclo desse ano, infelizmente acabou. Queria eu poder jogar um playoff e jogar mais, mas é dar o nosso melhor independentemente de qualquer coisa”, diz.
Com as mudanças apresentadas pela Riot Games para a etapa de 2025 do CBLOL, que contará com menos quatro elencos no tier principal da competição, as equipes ainda não sabem como será o destino competitivo no próximo ano e esta pode ter sido a última partida da Liberty na história do campeonato.
LoL: CBLOL 2024 – 2 Split
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