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League of Legends
Foto: divulgação/Riot Games.

LoL: atuação no mundial é tema vulgar que revolta comunidade cada vez mais

Desde que o Brasil teve oportunidade de disputar o mundial de League of Legends (LoL) e que o cenário é acompanhado pela comunidade, quase que anualmente uma coisa em específico sempre ocorre: a cobrança dos fãs. Desta vez, foi em cima da tricampeã brasileira LOUD.

Siouxsie Rigueiras •
17/10/2023 às 17h42, atualizado há um ano
Tempo de leitura: 6 minutos

Desde que o Brasil teve oportunidade de disputar o mundial de League of Legends (LoL) e que o cenário é acompanhado pela comunidade, quase que anualmente uma coisa em específico sempre ocorre: a cobrança dos fãs. Desta vez, foi em cima da tricampeã brasileira LOUD.

Não é de hoje que a torcida está insatisfeita e cada vez que um representante tupiniquim é eliminado do Worlds, a comunidade se revolta com os resultados garantidos, não importando se a equipe chegou a vencer ou não durante a estadia no campeonato.

A verdinha foi o primeiro time a protagonizar um pentakill no mundial e apesar de ter amassado na estreia, os fãs estão longe de sentir satisfação. Vale lembrar que o elenco não conseguiu avançar para a próxima fase da competição.

 

“Construção histórica”, diz Schaeppi

Por meio das redes sociais, o caster Schaeppi deu um outro olhar sobre a situação ao relembrar da construção histórica do competitivo de LoL em solo brasileiro. 

“Olhe para a história. O LoL começou em 2009, começou a ter campeonato mundial em 2o12 e o Brasil nem tinha servidor ainda.”

“Quando o mundial começou e tinha gente ganhando dinheiro vivendo a vida, pagando sua vida com League of Legends, no Brasil tudo isso era brincadeira.”

“Quando começou a ter mundial de League of Legends, a Coréia já tinha um Ministério do Esporte Eletrônico, já passava esporte eletrônico na TV aberta com mais de um canal.”

“Quando a gente foi lá e começou a ter o CBLOL de maneira super profissional, que foi em 2015, que antes era uma coisa muito armengada.”

“Em 2015, já tinha tido três campeonatos mundiais, já tinha LCS Europa que na época era LEC, LCS América do Norte, LCK, LPL… As ligas todas ganhando milhares e milhares e a gente tava tipo assim: parabéns, agora você vai ganhar dois mil reais por mês”.

Além disso, o narrador lembrou da época que não tínhamos direito de espaço direto no mundial, tendo que calcar um caminho por meio de outros torneios para talvez garantir a participação de uma equipe no Worlds, enquanto isso, outras regiões obtinham três vagas na competição.

 

Comunidade aponta vitimismo, pouca gameplay e culpa da Riot Games

É importante lembrar a caminhada da verdinha este ano na competição: a LOUD disputou três jogos no Worlds 2023, o saldo foi de duas derrotas — Vietnã e Pacífico — e uma vitória — América Latina.

A análise de Schaeppi faz sentido quando pensamos na história do competitivo no Brasil, mas a torcida trouxe novas variáveis para a discussão, que é antiga no cenário. Um comentário falou sobre o vitimismo no tema:

O Brasil é considerado uma região minor, que, neste ano, também perdeu para times de servidores do mesmo tipo.

Um dos fãs pontuou que o Japão foi ter competições em 2020 e mesmo assim, já perdemos para eles. A palavra “ego” também foi citada mais de uma vez.

Outro torcedor lembrou que a Oceania “nem servidor tinha” e que havia jogado “com complete no top”, mesmo assim, saímos em revés. Além disso, também lembrou que o Vietnã possui o mesmo tempo de servidor do que o Brasil. 

Os fãs não pegaram leve e não ocorreu uma conversa de fato por conta da revolta gerada na torcida, visto que, a LOUD tem estrutura e chegou a realizar um bootcamp antes de disputar o mundial neste ano.

No meio dos quase 500 comentários, “sobrou” até para a Riot Games, desenvolvedora do game e responsável por realizar torneios da modalidade.

Alguns tuítes concordaram em parte com o caster, mas sempre evidenciando o fato do Brasil perder para regiões que também são minors.

 

LEIA MAIS

 

O assunto é antigo e já cansou de ser discutido por analistas, pro players, especialistas e a própria comunidade, que cobra cada vez mais resultados mundiais. No fim, qual será o real motivo para que os brasileiros sofram tanto para conquistar qualificações fora do país?


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