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Foto: divulgação/eMLS.

FIFA: Paulo Neto detalha vida de atleta e sonha com título Mundial

Em exclusiva, o brasileiro Paulo Neto contou um pouco de sua história, classificação para Copa do Mundo e possível revanche contra algoz O brasileiro Paulo Neto será um dos representantes brasileiros na Copa do Mundo de FIFA 23 que acontecerá em julho, na Arábia Saudita. O jogador do Atlanta United já faturou dois títulos no cenário norte-americano nesta temporada e figura entre um dos favoritos a conquista do mundial.

Thulio Bastos •
29/06/2023 às 19h00, atualizado há um ano
Tempo de leitura: 9 minutos

Em exclusiva, o brasileiro Paulo Neto contou um pouco de sua história, classificação para Copa do Mundo e possível revanche contra algoz

O brasileiro Paulo Neto será um dos representantes brasileiros na Copa do Mundo de FIFA 23 que acontecerá em julho, na Arábia Saudita. O jogador do Atlanta United já faturou dois títulos no cenário norte-americano nesta temporada e figura entre um dos favoritos a conquista do mundial.

Em entrevista exclusiva a Game Arena, o pernambucano começou o papo contando um pouco de como surgiu o interesse em se tornar um jogador profissional da modalidade. Ele afirmou que tinha o costume de brincar com seu irmão, foi ganhando gosto pelo competitivo e disputou seu primeiro torneio com 12 anos na sua cidade.

“O interesse surgiu como surge em todo mundo, jogando casual, brincando junto com meu irmão e depois de alguns anos descobri que tinha um pessoal na minha cidade que jogava on-line. E comecei a disputar torneios pequenos aqui na cidade e sempre gostei de competir e aí despertou o interesse em competir. Comecei a disputar os campeonatos pernambucanos na época, tinha uns 12 ou 13 anos. Meu primeiro eu caí nas quartas, era muito novo. Depois treinei bastante, consegui ser campeão pernambucano, sempre tava gostando das competições.” – disse.

Paulo ainda citou o apoio da família, em especial seu pai, que gostava de levá-lo para disputar campeonatos. Eles foram até a Paraíba, estado vizinho, para que seu filho se consagrasse campeão paraibano. Aí, aos 16 anos, o jogador disputou o primeiro torneio profissional em Atlanta, despertando o interesse do clube que ele defende hoje.

“Meu pai adorava me levar para os torneios, fomos para a Paraíba jogar o campeonato de lá. Fui campeão. E aí foi surgindo o interesse em tornar profissional até quando completei 16 anos e me classifiquei para o mundialito na época, em Atlanta e joguei o primeiro torneio profissional. Consegui ficar no Top 4, era do PS4, ninguém me conhecia na época e aí surgiu o interesse do Atlanta United que acabou virando meu time. Era o FIFA 19.” – afirmou.

Em seguida, Paulo Neto contou um pouco de como é a sua rotina como jogador profissional de FIFA. Ele afirmou que passa a maior parte do ano em casa, na capital Recife, mas que está viajando constantemente para disputar torneios.

“A rotina é normal, eu só basicamente treino durante o dia, procuro atividades além da academia para ocupar a mente. Como sou jogador de um time norte-americano, nos meses de janeiro, fevereiro e março eu viajo para disputar os torneios locais. Atualmente estou com três títulos da liga. Mas, por fora, eu jogo aqui nos torneios sul-americanos. A maior parte do ano eu fico em casa e vou para os EUA para jogar a eMLS. Esse ano teve a Libertadores, fui à Argentina esse ano. Teve um torneio de duplas que foi na Inglaterra.” – detalhou.

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Foto: divulgação/eMLS.

O tricampeão da eMLS League ainda detalhou que, no começo da temporada quando o FIFA é lançado, a intensidade dos treinos são maior para conhecer o jogo. Mas que, do meio para o fim, o ritmo desacelera um pouco. Ele ainda confessou que, no bootcamp na Holanda, foi “a semana que mais joguei FIFA na vida”, com rotinas de até 12 horas de treinos.

“Varia muito, no começo do FIFA a gente treina bem mais por ser um jogo novo, mas no meio para o fim do ano você diminui um pouco o ritmo porque você já conhece o jogo, foca mais em só estudar algumas coisas que você não pegou ainda, ver alguma coisa nova e manter a gameplay afiada. Mas, por exemplo, na semana passada disputei os playoffs para classificar para o mundial, uma semana antes fiz um bootcamp na Holanda em preparação e, véspera de campeonato, foi uma das semanas que mais joguei na minha vida. Todo dia eram 8 a 10 horas, teve dia que bateram 12 horas de treino.” – contou Paulo, em detalhes.

Perguntado sobre como é a estruturação desses treinos, Paulo Neto revelou que o modo competitivo casual da Weekend League não é atrativo para os pro-players, que se organizam em lobbys separados. Ele ainda comentou sobre a disparidade entre a Europa e a América, dizendo que lá no velho continente “tem mais estrutura para você melhorar e se destacar”.

“Para treinar a Weekend League não serve. Tem os grupos dos pro-players, monta lobby e disputa contra eles. E sim, tem uma disparidade bem acentuada, porque os melhores da América do Sul e do Norte conseguem competir, mas lá tem muito mais jogadores, o cenário é muito mais profissional e vai ter mais gente que é melhor e acaba tendo esse gap, você tem mais estrutura e lá se torna “mais fácil” de você se destacar e melhorar. Tanto que, dos 64 que estavam nos playoffs, tínhamos 9 da América do Sul e só 2 conseguiram classificar para o mundial.” – analisou o jogador.

Depois, pedi para Paulo contar como foi o momento da classificação. Ele enfrentou o outro brasileiro Crepaldi e vencendo o confronto na prorrogação, com gol nos últimos minutos, após ficar a frente do placar três vezes. O profissional do Atlanta United confessou que “jogou controle, fone e foi uma explosão de alívio”.

“Foi um jogo bem tenso. Eu acho que joguei muito bem os dois jogos, no primeiro eu estava vencendo por 4 a 1 e ele estava com um a menos, eu dei um vacilo de deixar ele fazer um gol antes dos 90 para levar para o segundo jogo. Acabou que ficou uma diferença de dois gols, que é muito pouco no FIFA. E no segundo jogo ele começou fazendo gol, ficou 4×3 no placar. Eu levei pro segundo tempo no segundo jogo vencendo por 6 a 3 e aí ele empatou.

Fomos para a prorrogação e aí eu fiz um gol e finalmente consegui segurar o placar. Quando acabou o jogo, estava bem nervoso porque, geralmente sou bem tranquilo, mas deixei o cara empatar. E na hora da comemoração eu joguei controle, joguei fone em uma explosão de alívio de ter conseguido a vaga.” – contou, em detalhes.

Por fim, em um momento de autoavaliação, questionei para Paulo qual a diferença que ele vê em si no jogador que disputou a Copa do Mundo de 2022 e o que vai disputar agora em 2023. Ele afirmou que, na edição anterior, via o título “como um sonho”, mas que agora enxerga como “realidade”. 

“Eu acho que tem uma diferença grande porque, da primeira vez que classifiquei, acabou não rolando a Copa do Mundo por conta da COVID-19. Ano passado classifiquei de novo e foi a primeira que joguei. Caí nas quartas de final, foi a melhor performance de um brasileiro no torneio. Mas assim, eu via o título como algo bem distante, até porque estava conhecendo aquele ambiente ainda por ser a primeira vez, achava que era só sonho.

Acabei chegando perto, mas esse ano é a principal diferença. O título não é só um sonho, pode se tornar realidade. Estou trabalhando duro para isso já alguns anos e acho que tenho boas chances de chegar lá e conseguir, vou dar meu melhor e espero que dê certo.” – declarou.

“E a revanche contra o EmreYilmaz (que eliminou Paulo nas quartas de finais da Copa de 2022), está nos planos?”, perguntei.

“Está sim, com certeza. Somos muito amigos, inclusive no bootcamp na Holanda, foi na gaming house da equipe dele, e somos muito amigos. Até brinquei com ele falando que esse ano não ia dar para ele não. Ficou engasgado. Ainda disse para ele: “se cairmos no mesmo grupo, agora se for no mata-mata não vai rolar não”. – concluiu.

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