O canal da OG Esports no YouTube publicou um vídeo promocional da autobiografia de Johan ‘N0tail’ Sundstein, intitulada “Caráter é mais importante que talento“.
No material, o bicampeão do The International relembra suas experiências nas equipes Fnatic e Cloud9, destacando dificuldades, aprendizados e problemas nos bastidores do cenário competitivo de Dota 2.
Fnatic: baixos salários e má gestão
N0tail relembra seu início na Fnatic, quando sua equipe foi integrada à organização após superar o elenco original da organização. Ele revela que seu primeiro contrato foi de apenas US$ 200 por mês, enquanto a equipe gerava receita significativa. “Nós vivíamos em uma ignorância feliz, enquanto eles ganhavam dinheiro às nossas custas”, afirmou.
O jogador também criticou a falta de apoio da organização, desde más condições de treino até má administração financeira.
“Descobri que estava pagando meu próprio salário com os prêmios que ganhávamos. Ou seja, eu pagava para promover a Fnatic“, disse.
Entre os problemas relatados, N0tail mencionou más condições de bootcamp, incluindo um alojamento na Sérvia antes do TI3, onde dormiu por um mês na sala sem ar-condicionado, e um bootcamp desastroso na Inglaterra antes do TI4, que envolveu até mesmo um pedido da organização para desligar o Wi-Fi durante uma partida oficial, pois o CEO estava organizando uma festa.
“Eu sou grato pelas pessoas que conheci na Fnatic, mas muito feliz por não ter ficado mais tempo lá“, concluiu.
LEIA MAIS
- FISSURE anuncia circuito para a temporada 2027
- PGL anuncia 4 campeonatos para 2027
- Tundra conquista título da BLAST Slam 2
- Wisper é o 1º sul-americano a alcançar 16K de MMR
- HEROIC conhece adversários na DreamLeague S25
Cloud9: ambiente tóxico e quase desistência
Apesar de elogiar a transparência da gestão da Cloud9, N0tail descreveu o período na organização como um dos mais difíceis da carreira. Segundo ele, o ambiente dentro da equipe era extremamente tóxico, marcado por passividade agressiva e problemas interpessoais que afetavam diretamente o desempenho.
“Depois do The International 2015, eu pensei que era o fim. Foi um dos momentos mais tóxicos da minha carreira. Eu odiava tudo no jogo e não sentia mais prazer em jogar“, revelou.
N0tail destacou que a experiência o ensinou sobre a importância da atmosfera dentro da equipe e da conexão interpessoal. Ele afirmou que nunca mais aceitaria trabalhar em um ambiente como aquele, pois a falta de harmonia entre os jogadores afetava diretamente o desempenho dentro do jogo.
“Meu tempo na Cloud9 foi horrível, mas sou grato. Eu não seria quem sou hoje sem essas experiências“, finalizou.
A autobiografia de N0tail promete trazer mais detalhes sobre sua trajetória e os bastidores do cenário profissional de Dota 2.
Se você gostou deste conteúdo em texto, veja também nossos vídeos. Neste aqui, falamos um pouco mais sobre o projeto Legacy no Dota, confira: