O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) se posicionou contra a suspensão do Discord no Brasil, em resposta a uma consulta do Ministério Público Federal (MPF), apesar das alegações graves envolvendo a plataforma, como manipulação de dados e crimes digitais. A informação foi trazida pelo jornal Metrópolis.
Em 7 de agosto de 2025, o MJSP declarou que, embora o Discord tenha sido colaborativo com as autoridades brasileiras, a plataforma ainda enfrenta desafios significativos em termos de moderação de conteúdo, especialmente no combate a comportamentos extremistas e crimes digitais. O caso foi originado pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PCDF), após denúncias do deputado federal Guilherme Boulos, que pediu a suspensão da plataforma no Brasil.
Boulos, que havia feito a denúncia sobre o uso do Discord para planejamento de crimes como tortura e homicídios, apontou que a rede social tem se tornado um ponto de encontro para atividades criminosas, incluindo exploração sexual, apologia ao nazismo, e incitação ao ódio.
A acusação ganhou força após o caso em que jovens planejaram um ataque contra um morador de rua e divulgaram suas ações em tempo real no Discord, além de outros incidentes envolvendo menores de idade e crimes cibernéticos. O MPF, por sua vez, consultou o MJSP sobre a colaboração da plataforma com as autoridades, dado o cenário alarmante descrito.
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Em seu relatório, o MJSP reconheceu que, embora o Discord tenha respondido rapidamente a emergências como ameaças à vida e violência contra menores, seus algoritmos de moderação precisam ser aprimorados, especialmente para detectar e interromper ações criminosas em tempo real.
A Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) destacou a necessidade de a plataforma investir em melhorias significativas para a moderação de transmissões ao vivo, a fim de impedir a propagação de conteúdos violentos e extremistas. De acordo com o MJSP, a suspensão do Discord não seria a solução, mas sim a implementação de mecanismos mais eficazes para controlar os danos causados por conteúdos prejudiciais.
Embora o Discord tenha sido originalmente criado para a comunicação entre gamers e é a plataforma mais utilizada no segmento, especialistas apontam que sua popularidade entre o público jovem, aliada à flexibilidade de suas ferramentas e à falta de moderação efetiva, fez com que a plataforma se tornasse um terreno fértil para atividades criminosas.
Casos de tortura, automutilação e outros crimes cometidos em servidores fechados do Discord, especialmente envolvendo menores, trouxeram à tona a necessidade urgente de uma maior fiscalização e ações preventivas, sem, no entanto, comprometer o acesso à plataforma.
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