Yungher é uma das principais jogadoras do cenário feminino de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) e em março desse ano teve a chance de demonstrar seu potencial na cena mista. O fato aconteceu quando a Arctic precisou de um complete e fez o convite a ela. A pro player não só teve uma ótima performance, como também o maior K/D da partida. Durante a ESL Impact 3, ela comentou um pouco sobre esta experiência, com a Game Arena.
A sniper não sabe dizer como aconteceu exatamente essa ideia de convidá-la para completar aquele fatídico jogo do CCT South America Series 6, contra os argentinos da FUSION. O que ela sabe explicar é que este chamado despertou algo diferente nela.
“Não sei se foi ideia do ponter, o que eu sei é que quando rolou o convite já me veio um sangue nos olhos e falei pra eles: ‘bora, passa o IP. To aqui!'”, relembrou a jogadora. “Foi uma honra fazer parte disso, porque antigamente eu tinha vontade de ir pro misto e eles só me ajudaram a provar que tenho potencial pra muito”, adicionou.
O convite da Arctic fala muito sobre o cenário e as oportunidades – ou falta delas – para a cena feminina. Foi algo rápido, pontual, mas a atleta da B4 espera que isso possa mudar um pouquinho as coisas.
“Eles me deram esse voto de confiança que eu precisava e isso foi extremamente importante pra mim. Fico feliz de ter conseguido mostrar o que o cenário feminino pode fazer também no cenário misto e tomara que comecem a olhar mais para nós”, disse a AWP.
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Nesta mesma partida, na Inferno, Yungher terminou o jogo com um K/D de 23/14, ou seja positiva em 9 frags como a melhor da partida. Isso só foi possível porque o voto de confiança da Arctic aconteceu não só fora de jogo, mas também dentro dele. Sem isso a sniper não poderia demonstrar sua personalidade no game e desempenhar o que sabe que pode.
“Foi uma experiência do caramba. Eles me falaram que era para eu jogar solta e foi o que eu fiz, joguei realmente bem solta. No começo acredito que talvez eles tivessem um pouco ‘receosos’ por não ter certeza 100% da forma que eu jogo e tudo mais, então eu mesma comecei a puxar as coisas, pedia flash pick e outras coisas para eles fazerem para mim, para que eu pudesse desempenhar. Até porque eu sou AWP, então eu tinha que ter impacto na partida. Então eles me deram esse voto de confiança, faziam praticamente tudo o que eu pedia e para mim foi muito bom. Fui bastante ouvida e no fim deu tudo certo.”
A entrevista de Yungher para a Game Arena foi concedida logo após a segunda vitória da B4, sobre a Black Dragons, durante a ESL Impact League 3 – o mundial feminino de CS:GO. O triunfo rendeu à B4 uma vaga na semifinal do torneio, que acontece hoje, às 11h30. Na entrevista, ela também fala sobre o duelo contra a BD e você pode conferi-la completa, no vídeo fixado no topo da matéria.
A Game Arena está cobrindo presencialmente a ESL Impact League 3 e trará várias entrevistas e conteúdos exclusivos. Confira também este, em que annaEX, da BD, fala sobre o CS2 e o fato de ter 19 mil horas de jogo e não ter recebido acesso ao beta do Counter-Strike 2 – aposto que você, assim como eu que não recebeu, vai ficar até menos triste.
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