A Seleção do BT convidada para disputar o CBCS tem dado o que falar. O assunto dividiu opiniões na comunidade de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO), com pessoas contra e a favor. A verdade é que o fato, já consumado – então não adianta mais reclamar -, precisa ser uma virada de chave nos times brasileiros.
Por um lado, entendo os profissionais que reclamaram do convite à Seleção do BT. É realmente complicado para organizações que investem no jogo e times que treinam duro diariamente serem preteridos por conta de um “fake”. Olhando por essa perspectiva, é difícil julgar.
LEIA MAIS:
- CS:GO: Treinador causa polêmica ao criticar visual de jogadores da Aurora
- BLAST Final: VINI figura na seleção do campeonato
- CS:GO: KSCERATO tem 2º maior rating em LAN de 2023
Ainda assim, como toda história, essa aqui também tem mais de um lado. Então, também precisamos olhar tudo pelos olhos do próprio CBCS, que vem investindo no cenário e sendo um dos poucos torneios no país a criar competições presenciais com acesso ao público.
Como jornalista, já acompanhei o CBCS de casa e também presencialmente, mais de uma vez. E a verdade é que a competição parece muitas vezes esquecida aos olhos do público. Não só essa, mas qualquer competição nacional que não conta com Imperial, 00Nation, Fluxo e afins.
É complicado para o CBCS que investe no cenário, é complicado para quem trabalha lá, como os casters que querem ver o seu trabalho chegando no máximo de pessoas possíveis, e é complicado até mesmo para os próprios times profissionais. Afinal, os próprios participantes – tanto organização quanto jogador – também querem e precisam desse reconhecimento da comunidade.
E é aí que a virada de chave precisa acontecer…!!!
Não é novidade que o convite para a Seleção do BT foi feito pensando na publicidade que isso traria para o torneio. Consequentemente, nas visualizações dos jogos, dos patrocinadores e de todo mundo que participa. E deu certo, ao menos no primeiro dia. Mesmo com derrota de 2 a 1, a Seleça trouxe um pico de mais de 40 mil espectadores simultâneos para o CBCS – algo que não é comum por lá!
Dito isso, ficou claro que está na hora das organizações e dos próprios jogadores virarem uma chavinha. Está na hora de reviver um assunto antigo, já muito comentado, e que agora volta à tona com tudo. Nos dias de hoje, o “pouca mídia” já não basta mais. Tem que ter muita bala sim, mas muita mídia também!
Equipes e jogadores precisam trabalhar melhor suas mídias sociais. Não é só cobrar que as pessoas apoiem o cenário nacional, é tornar a nossa cena em algo cativante. É causar vontade nas pessoas de reconhecer e assistir os clássicos da casa.
Mal comparando com o futebol, mas por lá as pessoas não querem ver o Flamengo, o Palmeiras, o Atlético e outros jogarem apenas na Libertadores. Elas querem ver no Brasil também e no Counter-Strike precisa ser a mesmíssima coisa. Caso contrário, o CBCS e outros torneios precisarão sempre contar com streamers para alavancar as views. E não adianta reclamar.
A Game Arena tem muito mais conteúdos como este sobre esportes eletrônicos, além de games, filmes, séries e mais. Confira nossa entrevista com o apresentador Banks, que falou sobre como o Counter-Strike lhe ajudou no momento de luto por sua esposa, as melhores torcidas que já viu em presenciais e mais:
Para ficar ligado sempre que algo novo sair, nos siga em nossas redes sociais: Twitter, Youtube, Instagram, Tik Tok, Facebook e Kwai.