Em exclusiva, o CEO da Arctic falou sobre a classificação da Arctic para o RMR, o sonho da vaga no Rio e os planos para o futuro
A maior surpresa dos qualifiers da América do Sul para o Regional Major Ranking Américas, sem dúvidas, foi a classificação da equipe da Arctic, uma organização com menos de um ano de fundação e uma equipe formada há poucos meses. Campeã do CBCS Elite League, a campanha pode ser considerada heroica durante a sua trajetória até Estocolmo.
Mas antes de Estocolmo, tivemos os qualifiers para o RMR do PGL Major Antwerp 2022, onde a equipe participou com poucos meses de formação da line up, mas não conseguiu a classificação. Mesmo assim, os CEOs da organização, incluindo Jonatas “dom”, foram até o evento da Bélgica para, segundo ele, torcer e mentalizar que um dia a sua própria equipe participaria de um Major.
Perguntado sobre como é a sensação em ver a sua org disputando um campeonato tão relevante para o cenário nacional, “dom” afirma que é “um passo muito grande”, mas que o projeto é “de longo prazo” e que o foco é sempre na “melhoria e não no resultado”.
“É animal demais. Lá a gente foi para torcer mesmo. Eu falo que gosto de me ambientalizar porque eu imaginava que um dia a gente estaria com o nosso time no Major. Pode ser agora. Agora estamos no pré-Major, no RMR, mas já é um passo muito grande que a gente deu. A gente trabalha muito por evolução e não pelo resultado em si. A Arctic desde o começo é um projeto de longo prazo. A gente já tem essa mentalidade e pregamos isso lá dentro para os jogadores, e eles buscam sempre por melhoria e não o resultado. Isso faz com que isso tire um certo peso e faz com que a gente consiga alcançar os resultados naturalmente.” – afirmou dom.
Sobre a classificação para o Major, “dom” afirma que é o sonho ártico, campanha que a organização trabalha nas redes sociais diariamente. Ele afirma que acredita que é possível e que isso é fruto de muito trabalho, de todos da organização, principalmente dos jogadores.
“A gente não está tão cotado para as seis vagas, mas particularmente eu acredito que isso é possível. Eu sonho desde sempre, a gente até criou o sonho ártico, é o que a gente vem vivendo. Estar aqui já é um sonho. Para a carreira deles já é o maior passo que eles deram. Para a maioria deles foi a primeira vez na Europa, em um servidor europeu. A gente estar em um Major é zerar a vida. Eu sou fãzaço de CS, eu consumo CS. Estou no corredor, o FalleN está aqui do lado, o fer. A gente está vivendo um sonho. Vamos sempre buscar mais. Vai dar um ano do nosso projeto e já estamos no RMR. As coisas estão acontecendo mais rápido do que a gente esperava. Mas é muito trabalho. Tem muita dedicação envolvida, desde os jogadores até toda a organização.” – confessou.
Sobre a sequência da temporada, o CEO projeta um futuro com ou sem Major para a Arctic, reafirmando que a equipe honrará os compromissos da agenda ao longo do restante ano.
“Daqui para o final do ano temos duas situações: uma de classificação do Major e uma de não classificação. A gente tem mais dois campeonatos na agenda, entre eles o CBCS, a elite e a finals se a gente ficar entre os quatro primeiros. E também o da BPL que vai dar vaga para campeonato fora. Se der invite para campeonato para fora com certeza vamos disputar.” – disse.
Finalizando o papo incrível, “dom” projeta a próxima temporada da equipe. Antes planejando levar a equipe para jogar torneios fora do país, ele diz que não será necessário mais, pois as equipes que disputavam torneios fora do Brasil retornarão e aumentará o nível de competitividade do cenário.
“Como vai aumentar o nível de disputa no Brasil por conta dos times que estavam na Europa e no NA voltarem para o Brasil, a gente acredita que essa competitividade vai ser levada para lá e não existe essa necessidade num primeiro momento vir para a Europa apesar de fazer parte dos planos a gente na segunda metade do próximo ano vir para cá para aumentar o nível de competitividade. Mas a gente acredita que o Brasil tem um cenário muito forte e vai fortalecer ainda mais com a vinda de outros times e vai acabar que naturalmente vai subir mais o nível.” – concluiu.
A entrevista ocorreu antes do primeiro dia de disputa do Road to Rio Américas 2022, onde a Arctic acabou perdendo as suas duas séries melhor de um. A equipe enfrenta a ATK, às 15h30, valendo a vida na competição.