Após se envolver em polêmicas, Carlos “Ocelote” foi pressionado pela Riot a deixar a organização que ele fundou
Calor “Ocelote” Rodriguez, espanhol de 32 anos, se desligou da G2 Esports na última sexta-feira (23). Em comunicado oficial realizado via redes sociais da própria equipe, a G2 anunciou o afastamento de seu fundador, organização que comandava nos últimos oito anos.
O principal fator que fez “Ocelote” deixar uma das maiores organizações do eSports mundial foi a sua ligação com o ex-boxeador e criador de conteúdo Andrew Tate. Na última semana, o espanhol postou um vídeo em suas redes sociais ao lado de Tate em uma balada, o que gerou inúmeras criticas ao CEO.
Isso porque Andrew Tate é acusado de inúmeras falas misóginas, homofóbicas e racistas. Além disso, o influenciador também sofre com acusações de tráfico humano, estupro e cárcere privado.
Após a divulgação do vídeo e a enxurrada de críticas que recebeu, “Ocelote” se defendeu em seu perfil oficial do twitter afirmando que “ninguém será capaz de policiar minhas amizades, eu desenho minha linha e festejo com quem diabos eu quiser”, em tom agressivo como resposta as críticas.
nobody will ever be able to police my friendships
I draw my line here
I party with whoever the fuck I want
— 😌 CarlosR ocelote ❤️ (@CarlosR) September 17, 2022
A repercussão de seu tweet pegou mal em todas as comunidades de jogos eletrônicos, onde muitos esperavam uma retratação de “Ocelote” sobre o caso e acabaram recebendo uma postura firme do antigo CEO da organização sobre o ocorrido.
Com isso, “Ocelote” começou a sofrer inúmeras pressões para deixar o cargo da G2. Segundo o jornalista Luis Mira, do portal Dexerto, a principal delas partiu da Riot Games, onde a organização tem um dos principais times de League of Legends da Europa, atual campeão da LEC, torneio regional.
LEIA MAIS: Meta Gaming fecha com “dok” para vaga de “Leomonster”
A G2 também era uma das escolhidas para fazer parte das franquias do Valorant, anunciadas na última quarta-feira (21), mas por conta da polêmica envolvendo “Ocelote” e Andrew Tate, a desenvolvedora decidiu retirar a escolha da equipe para o sistema competitivo.
No comunicado oficial da saída de “Ocelote”, a G2 afirmou em seu perfil oficial no twitter que acatou o pedido de seu CEO para se retirar dos cargos onde ele exercia atualmente, afirmando que a organização não aceita nenhum tipo de misoginia e está empenhada para criar uma comunidade inclusiva nos eSports, cenário em que é muito comum ver qualquer tipo de preconceito.
“Estamos totalmente comprometidos em continuar o legado da G2 e nos sentimos capazes graças a paixão e comprometimento da G2ARMY.” – disse o comunicado.
— G2 Esports (@G2esports) September 18, 2022
Em seu comunicado oficial divulgado via video também no Twitter, “Ocelote” afirmou que espera ser lembrado por todo o “legado” que criou com a G2, agradecendo os funcionários, desenvolvedores, organizadores e patrocinadores e lamentou pelo acontecimento, afirmando que se sente “destruído por tudo o que aconteceu”.
“Há oito anos eu investi tudo o que eu ganhei como jogador, gastei tempo nisso. Inicialmente era apenas um sonho, mas eventualmente se tornou um grupo de pessoas com as mesmas ambições, cultura e objetivos, e isso é algo que eu sempre vou lembrar e ficar feliz, porque fizemos um bom trabalho. […] Espero que se lembrem de mim pelas coisas boas, espero que essas coisas boas sejam o meu legado e sou muito grato por todos vocês” – finalizou Carlos “Ocelote” Rodriguez.
Atualmente, a G2 Esports está presente nos maiores cenários competitivos de jogos eletrônicos, sempre investimento em times de ponta. A organização conta com equipes de Apex, League of Legends masculino e feminino, Counter-Strike Global Offensive, Rainbow Six Siege, Valorant masculino e feminino, Rocket League, Fortnite, entre outros.
Thank you 🚀 pic.twitter.com/2kL25RutfQ
— 😌 CarlosR ocelote ❤️ (@CarlosR) September 23, 2022