Counter-Strike Global Offensive

IEM Rio 2023: “Não dá mais para eu ficar assim”, diz FalleN sobre carreira

Em entrevista após eliminação da Imperial, FalleN falou sobre o jogo, sequência da carreira e desejos da vida pessoal A...

FalleN

FalleN durante entrevista exclusiva ao portal. - Foto: Game Arena.

Em entrevista após eliminação da Imperial, FalleN falou sobre o jogo, sequência da carreira e desejos da vida pessoal

A queda da Imperial foi a terceira da equipe em um torneio em LAN na temporada. Junto com mais um retrospecto ruim, Gabriel ‘FalleN’ vem vivendo seus últimos momentos no Counter-Strike Global Offensive acumulando derrotas, coisa que não se acostumou a fazer ao longo de toda a sua vitoriosa carreira.

Duas vezes campeão de Major e eleito o segundo melhor do mundo em 2016, Fallen vem falando abertamente sobre a temporada 2023 ser a última de sua carreira. No começo do ano, durante bootcamp na Sérvia, o atual treinador da Imperial, zakk, afirmou que se, o time vencesse esse ano, FalleN não aposentaria.

Infelizmente, não é isso que vem acontecendo com a Imperial, especialmente hoje, onde acumulou duas derrotas e a eliminação na IEM Rio. Abrindo a entrevista comentando sobre o panorama da equipe na temporada, FalleN avaliou os confrontos contra NiP e TheMongolz.

“Triste com a derrota, primeiro jogo contra a NiP não foi bom e agora contra o pessoal da Mongólia foi um bom jogo. Tivemos um bom primeiro mapa, eles tiveram um bom segundo e a decisão ficou no terceiro, 16 a 14. Então, esses tipos de jogos podem ir para os dois lados, faltou eficiência para a gente fechar alguns rounds, outros escaparam no detalhe, mas é mérito dos caras.” – afirmou FalleN.

Na sequência, o verdadeiro comentou sobre o mapa da Inferno, local onde a equipe vinha com retrospecto positivo no começo do ano, mas já acumula três derrotas consecutivas, atualmente com 50% de aproveitamento, com cinco derrotas e cinco vitórias. Ele afirmou que é um mapa onde a equipe vem tendo problemas e que foi primordial para a derrota na série.

“Nós mostramos uma força bacana, a Inferno continua nos causando problemas, ela já vem causando já faz algumas duas ou três séries. Então, era um jogo que se a gente tivesse uma Inferno um pouco mais forte, acho que tínhamos a chance de fechar 2 a 0. Estamos fazendo alguns ajustes, algumas trocas que achamos interessante, que podem fazer a equipe melhorar no médio e longo prazo, mas a gente vem e faz o melhor que dá. Dessa vez não deu. A gente fica bastante triste, mas segue o jogo.” analisou.

Depois, FalleN foi questionado sobre o map pool da equipe para a série melhor de três contra a TheMongolz, já que a Imperial preferiu banir a Nuke, mapa que tem o melhor aproveitamento na temporada, a Nuke. Ele disse que a escolha foi de zakk em trazer a Mirage como o decider, já que a Nuke também é o melhor mapa da TheMongolz, com % de vitória maior do que os brasileiros.

“A gente sabia que eles tinham uma Nuke bem forte desde a época da IHC e foi preferência do zakk de jogar um outro mapa, acabou que fomos por esse caminho. Mas não senti que nesse veto deve alguma dificuldade ou saiu algo inesperado.” – disse. 

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Na sequência, a entrevista chega na parte primordial, quando de fala sobre FalleN, a sequência da carreira de um dos maiores jogadores do país. Ele disse que tem alguns desejos na vida que não consegue fazer por conta da profissional, citou fer com exemplo e relembrou a trajetória da equipe até o Major do Rio no final do ano passado.

“Para mim, já que eu estou jogando há muito tempo, cada etapa da minha vida foi de uma maneira e tem outros desejos na vida que não consigo fazer do jeito que o ecossistema do CS funciona hoje. É muito difícil. Quando acabou o Major do Rio ano passado do jeito que foi, a gente já tava com o fer que não queria jogar tanto no segundo semestre, com problemas familiares, a gente mesmo conseguiu chegar no evento na superação, foi muito bacana.” – afirmou.

FalleN, inclusive, confessa que começou a temporada se dedicando ao máximo para ter resultados positivos, coisa que não vem acontecendo. Ele citou o momento recente que viveu onde estava previsto ficar 15 dias em casa e ficou apenas quatro, por conta do convite a Imperial para a IEM Rio 2023, como justificativa para repensar a sua carreira.

“Para esse ano, eu tava com uma mentalidade no começo do ano de tryhardar o meu último máximo, dar tudo que eu posso, depois eu vejo que eu faço, para parar tentando o máximo que eu puder. Isso é o que eu venho fazendo, desde o começo do ano treinando muito, viajando, bootcamp, agora imaginei fosse ficar 12-15 dias em casa, fiquei apenas quatro. Então, esse tipo de vida é maravilhosa, não tenho nada a reclamar, só que do jeito que ela tá, não estou podendo fazer coisas que eu gostaria de fazer agora.” – comentou FalleN, bem-humorado.

Ainda sobre o assunto, FalleN não se mostrou muito empolgado com a entrada do Counter-Strike 2 no cenário competitivo, dando sinais de que isso não mudou sua postura sobre o fim da jornada profissional. Ele afirmou estar “100% no projeto da Imperial”, mas que para 2023 irá avaliar as opções.

“Para o ano que vem, para o próprio CS2, é um momento de bastante pensamento, bastante reflexão porque eu preciso pensar como encaixo tudo isso. O meu dia a dia precisa ser um pouco diferente agora. Então, vou avaliar as opções, mas por enquanto o foco é 100% no projeto da Imperial. Estamos fazendo o que podemos, trabalhando duro, os resultados não estão vindo, isso é muito triste, mas é assim, o esporte é duro. É muita gente tentando ganhar e todo mundo perdendo.” – afirmou.

Vale lembrar que durante a participação do time da Imperial no Flow Podcast, no começo do ano, FalleN abriu a possibilidade de jogar por um time dos Estados Unidos ano que vem, para que ele possa ficar mais tempo em casa.

Finalizando o papo, ele deixa claro que esse é o principal motivo para o possível encerramento de carreira. FalleN afirma que, do jeito que está, “não da mais para ficar”, mas tranquiliza dizendo que ainda é cedo para pensar nisso.

“Eu estou tendendo para o lado de ficar em casa, principalmente no ano que vem. É o meu limite mesmo jogar da maneira que jogo hoje, e quando digo do jeito que eu jogo é que somos um time brasileiro que joga todos os campeonatos classificatórios do Brasil, treina na Europa e viaja o tempo todo para a competição. Não dá mais para eu ficar assim. Ainda não tenho certeza se vou ter espaço para continuar sendo um jogador dentro do que eu imagino. Então eu vou ter que avaliar as opções, pensar. Mas é cedo ainda, estamos só em abril e vamos ver o que a gente faz.”

FalleN deverá voltar ao lobby para a disputa do showmatch de Counter-Strike 2, que acontecerá antes da final da IEM Rio 2023, no próximo domingo, dia 23 de abril, na Jeunesse Arena, com a presença do público.

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