Líder da ESIC falou sobre entraves burocráticos nas investigações por match fixing
Durante a participação no podcast Inside, Ian Smith, líder da Esports Integrity Coalition (ESIC), revelou que a entidade teve dificuldades para lidar com a colaboração do FBI na investigação envolvendo aposta no Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO). O objetivo da parceria era combater práticas desonestas no cenário competitivo.
Smith disse durante a entrevista que houve uma divergência no objetivo de cada uma das investigações. Isso porque houve entraves burocráticos e as diferenças nas abordagens entre os dois grupos evidenciaram desafios significativos na consolidação dessa colaboração.
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Um representante anônimo da ESIC comentou que, embora o apoio do FBI fosse promissor, houve desentendimentos sobre a abordagem a ser adotada. A ESIC buscava banir os jogadores infratores, enquanto o FBI focava na responsabilização legal.
Ele explicou que o órgão norte-americano estava interessado em saber como pessoas de estados onde as apostas são proibidas conseguiam realizar estas apostas. Já o órgão que busca a integridade competitiva dos esports queria encontrar qual jogador teria se beneficiado com isso. Entretanto, este não seria um interesse do FBI.
Outro problema encontrado durante as investigações foi a colaboração das casas de aposta no compartilhamento de dados com o ESIC, fazendo com que a entidade não conseguisse acumular as provas necessárias.
Smith também destacou que o FBI está protegido pela lei de não fornecer provas ao ESIC. Dessa forma, todos os dados encontrados pela entidade dos Estados Unidos não precisavam ser compartilhados com as investigações da Esports Integrity Coalition.
Ainda assim, eles conseguiram adquirir provas reais para incriminar cerca de seis jogadores. Ian Smith explicou que eles deixaram o Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) e migraram para o VALORANT, fazendo o órgão não ver justificativa para publicar as acusações.
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