Em entrevista exclusiva à Game Arena, FalleN falou sobre a BGS, começo de trabalho na FURIA e transição para o CS2
Durante o segundo dia da Brasil Game Show (BGS), Gabriel ‘FalleN’ Toledo, capitão da FURIA, falou com exclusividade à Game Arena a respeito deste início de trabalho com o novo time, transição para o Counter-Strike 2 (CS2) e mais.
O verdadeiro começou o papo falando sobre o primeiro dia de evento e afirmou ser muito bom está próximo da torcida brasileira novamente, e relembrou que ele fechará o clico CS:GO em um palco brasileiro. “Sempre muito gostoso e reenergizante poder ficar perto da torcida brasileira, já podemos tirar foto com muita gente aqui no primeiro dia, daqui há pouco vai ter um evento de meet and greet com mais fotos e assinatura para o pessoal. E vamos fechar essa fase de CSGO agora em frente a um palco brasileiro, não tem coisa melhor do que isso. Então, estou muito feliz.”
Sobre o começo de trabalho na FURIA, FalleN detalhou como foi o saldo desses primeiros três meses de time. Ele disse que tiveram pontos altos, mas também pontos muito baixos. No geral, disse que o “balanço é positivo”, pois conseguiram mesclar estilos de jogos diferentes e não falam mais sobre isso.
“Três meses agora de time. Acredito que o que a gente deseja era, obviamente, ter ido melhor, ter vencido competições e brigado por títulos. Mas a realidade é que as coisas levam tempo e a gente tem a sensação de conseguimos mesclar os estilos no primeiro momento, já não falamos mais em discordância na hora de jogar, já conseguimos entrar na mesma página na forma de jogar e isso é importante para nossa continuidade.”
“Então, o balanço foi um começo de trabalho que teve alguns pontos altos e tiveram também um gosto amargo em alguns games, onde acabamos perdendo vantagens como foi agora na última competição. Então, acredito que o balanço foi positivo, nossa proposta inicial era ver essa mescla, se ia bater esse tipo de jogo e agora estou animado para começar e recomeçar esse trabalho no CS2 e a gente já sabe qual ponto de partida sair.” – detalhou o awper.
Em seguida, o bicampeão de Major em 2016 rasgou elogios a organização, afirmando que ela está a frente de outras que ele passou aqui no Brasil. FalleN elogiou a estrutura da FURIA e as pessoas que trabalham na equipe.
“Os pontos positivos é que é uma organização bastante estruturada, tem muitos funcionários, estão em um passo um pouco mais a frente do que outras orgs que eu passei no Brasil, no geral fui muito bem recebido, pessoal bastante amigável e comprometido em deixar a estrutura e nosso dia a dia sempre o melhor possível. Então, só experiencias boas que tive com todo mundo que trabalha na FURIA. Hoje estou tendo oportunidade de conhecer o office aqui em São Paulo, acabei indo agora para Miami e encontrei outra parte da estrutura lá. Então a FURIA está bem encaminhada e tem pessoas por trás que estão fazendo um grande trabalho há alguns anos e é gostoso está vivendo isso com eles.” – disse.
Na sequência, FalleN foi perguntado sobre o que ele achava do Counter-Strike 2, o novo FPS da Valve. Ele comparou com o momento quando o Global Offensive surgiu e disse que o jogo está com muitos problemas, mas acredita que a desenvolvedora continuará aperfeiçoando o game.
“Quando vem um jogo assim diferente, os times que estão no topo são os times que mais gostariam que não tivessem mudado, pois já conseguiram seu lugar no atual momento, jogando as competições em alto nível. Então, quando vem um jogo novo, é muito bom para quem não tá ainda nesse espaço e está buscando seu espaço nas competições, eles têm muito a crescer com isso. Assim como foi ao CS:GO, ele tem muitos problemas, muita coisa para ser corrigida. Acredito que o CS2 estará muito diferente daqui a seis meses do que ele é hoje. Por um lado, eu fico preocupado com algumas coisas que vieram no jogo, mas eu tenho certeza que a Valve vai continuar escutando feedback, vai continuar melhorando o jogo.” – contou.
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FalleN opinou sobre o investimento da Valve em um anti-cheat para que as ranqueadas do Counter-Strike 2 faça sentido. Se não, os jogadores continuarão jogando FACEIT e Gamers Club. Segundo ele, os players desejam lobbys seguros para desenvolverem um ambiente profissional e revelou que a FURIA fez alguns treinos no novo jogo durante a passagem pela Europa.
“Eu espero que eles consigam fazer um investimento em um anti-cheat importante para fazer sentido as ranqueadas, se não a gente vai ver serviços como FACEIT, Gamers Club, tomarem a cena novamente, porque o jogador quer ter a segurança de está jogando em um ambiente tranquilo, e até hoje a Valve não conseguiu garantir isso nos matchmakings, e isso é uma promessa dela para o jogo novo. Vamos ver como vai ser, não é um trabalho fácil, mas acho que até agora estou satisfeito, pretendo jogar o jogo mais firme quando acabar a BGS. Já fizemos alguns treinos na Europa, então acredito que tem muita coisa nova vindo por aí.” – afirmou.
Voltando para o CS:GO e para a BGS, FalleN fez um diagnóstico de seus próximo adversário no torneio brasileiro, a paiN. Ele rasgou elogios a equipe e ao CS brasileiro, afirmando que as equipes evoluíram muito de um tempo para cá.
“paiN vem com uma reformulação de lineup, lux acabou entrando no time, cass1n também, é um time que não assisti muito jogando os campeonatos por aqui, eles não tiveram nenhuma aparição na Europa ainda. Mas é um time que tem muita qualidade, estavam em uma crescente ano passado e é um time muito perigoso. Teremos um confronto bacana e eu passei muito tempo jogando campeonatos na Imperial aqui no Brasil e percebi que o nível dos times brasileiros cresceu muito.”
“Quando estava na SK/Luminosity, vinhamos para o Brasil e a diferença era gritante, praticamente não dava jogo. E hoje, os times brasileiros já fazem jogos de igual para igual. Inclusive, tivemos alguns times do Brasil jogar lá fora em alguns campeonatos. Acho que, de uma maneira geral, os times brasileiros estão melhores, a diferença é que os grandes times brasileiros não estão tão bem quanto os grandes times europeus. Mas, no geral, o balanço brasileiro é positivo no nível médio.” – analisou.
Por fim, FalleN afirmou que a FURIA precisa de atenção para algumas coisas que possam surgir e atrapalhar a equipe no torneio e que a sua equipe precisa “entrar quente” para a disputa do torneio, dando enfase para essa transição CS:GO e CS2 como algo prejudicial para as equipes.
“Então, isso é muito perigoso, a gente tem que vim para a competição muito esperto. É uma BGS, talvez pode surgir um problema de estrutura, algo que não estamos acostumados, entra em cena e precisamos evitar isso ao máximo e jogar de igual de igual, que no fim das contas o jogo vai ser justo para os dois lados. Então, temos que entrar o mais quente possível porque a gente já tá nesse ritmo de viagem há alguns dias, essa transição de CS:GO e CS2 está atrapalhando todo mundo, pois todo mundo está nesse limbo agora de qual jogo joga, aonde que treina, não tem tantas equipes para treinar CS:GO mais, mas tudo isso tem que ficar de lado quando a gente entrar no jogo depois de amanhã contra a paiN.” – concluiu.
FURIA e paiN Gaming disputam a segunda semifinal da BGS Esports neste sábado, dia 14 de outubro, às 15 horas, em série melhor de três mapas, valendo vaga na decisão. Na outra semifinal, Meta Gaming x W7M se enfrentam, às 12 horas.
Se você gostou deste conteúdo, veja também nossos vídeos. Neste aqui, biguzera falou sobre a line-up da paiN e também da participação do time na Copa Game Arena:
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