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Foto: Game Arena.

EPL S18: "Nos colocamos em um patamar que não devia", diz drop

Em exclusiva, drop falou sobre evolução do time, derrota no qualifier europeu, ida definitiva para Europa e ESL Pro League O MIBR será a segunda equipe brasileira a estrear na ESL Pro League Season 18 de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO), em Malta. A equipe brasileira vai a campo já nesta quarta-feira, para encarar a MOUZ na estreia, em confronto válido pelo Grupo B. Antes disso, drop falou com exclusividade à Game Arena.

Thulio Bastos •
05/09/2023 às 19h30, atualizado há um ano
Tempo de leitura: 15 minutos

Em exclusiva, drop falou sobre evolução do time, derrota no qualifier europeu, ida definitiva para Europa e ESL Pro League

O MIBR será a segunda equipe brasileira a estrear na ESL Pro League Season 18 de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO), em Malta. A equipe brasileira vai a campo já nesta quarta-feira, para encarar a MOUZ na estreia, em confronto válido pelo Grupo B. Antes disso, drop falou com exclusividade à Game Arena.

Recém-chegado na equipe vindo da FURIA, o jogador começou falando com vem sendo esses primeiros dois meses de time e como anda o clima entre os jogadores. drop afirmou que ele e saffee estão “acostumados a jogar junto”, mas com os outros estão buscando “melhorar a sinergia e o clima”, rasgando elogios aos companheiros de time.

“Está sendo bem bacana. A gente tá conseguindo aprender muito com cada um, eu e o saffee já tá muito acostumado a jogar junto. A gente já sabe mais ou menos como o outro se comporta dentro do servidor e a gente vem aprendendo também, vendo como os outros se comportam dentro do servidor, como eles se sentem, como você deve dar um feedback, como você não deve, o estilo de jogo de cada um, e é claro que isso você só consegue com o tempo. Então, cada dia que passa a gente consegue melhorar mais nisso, melhorar a nossa sinergia como um time e o nosso clima, que é sempre bem bacana.” 

 

“Os moleques eles são muito gente boa, eu acho que é uma parada muito importante, quando a gente tá jogando, manter o clima lá em cima, e os garotos daqui eles se esforçam muito para sempre manter isso, independente do resultado. Então, tem sido um começo muito bom, eu espero que a gente consiga manter assim e fazer com que isso traga bons frutos, bons resultados para gente nesse campeonato.” – disse.

Na sequência, perguntado sobre como ele enxerga a evolução do time, drop revelou que situações semelhantes aconteceram nos treinamentos no Brasil e na Europa e a forma como o time evoluiu e lidou com formas diferentes na situação.

“Eu acho que é meio clichê quando a gente responde essa pergunta, porque a gente acaba falando que a gente é outro time, mas é uma parada que a gente consegue até mesmo pensa sobre isso. A gente pensa numa situação de um treino que a gente fez lá no Brasil, quando a gente começou uma situação que a gente jogou agora na Europa que foi uma situação parecida, e a gente fala: “caramba, olha como a gente jogou diferente agora”, porque a gente tem uma estrutura, já conversamos, já tava preparado ou porque alguém já melhorou muito individualmente por causa de uma conversa.”

 

“Então é uma parada que a gente consegue sentir, que essa estrutura que a gente tá montando, essa maneira que a gente tá conversando, a maneira que a gente tá trabalhando, por assim dizer, tá começando a dar resultados e é claro que no treino as coisas acabam sendo um pouco diferentes do campeonato. Então, agora que a gente tá tendo a oportunidade de jogar um campeonato, a gente vai poder ver se essa evolução realmente aconteceu.” – afirmou.

Após falar de desempenho, chegamos a falar sobre os resultados do MIBR. drop reconhece que a equipe não acumulou bons resultados nesse segundo semestre, mas lembrou que ainda são um time muito novo e tem muita coisa para crescer e se tornar um time forte.

“Eu acredito que a gente não teve bons resultados, nem resultados expressivos, por assim dizer. A gente teve deslizes contra a EG, deslizes no Qualify da Europa, quando a gente foi jogar uma LAN, acabamos pegando a Vitality, erramos muito no jogo e contra um time desse você erra três vezes, que não é muito, eles já estão 12 pontos na sua frente.”

 

“Então, eu acho que a gente não conseguiu fazer um bom trabalho dentro dos torneios, mas ainda somos um time muito novo, temos bastante tempo, a gente precisa ganhar experiência e precisa ganhar tempo de jogo junto. A gente só consegue isso jogando e perdendo, mesmo não dá para fugir das derrotas, é com elas que você consegue crescer e se tornar um time forte e com casca, e é esse caminho que a gente tá seguindo.” – revelou.

Em seguida, drop foi questionado se havia sido um baque a eliminação no qualifier da IEM Sydney para um time desconhecido. Ele disse que sim, mas que por outro lado foi importante para o time, pois eles estavam “se colocando em um patamar que não devia se colocar.”

“Foi meio que um baque, porque a gente percebeu que tava meio que se colocando em um patamar que a gente não devia se colocar, que a gente não tinha motivo nenhum para estar fazendo aquilo. Mas, mesmo assim, a gente tava fazendo. E aí, perdemos para um time que nem era time, era tipo um mix de amigos e tinha um ou dois profissionais.” 

 

“E a gente entrou 100% despreparado, sem fazer as coisas que a gente tinha combinado, ou quando a gente fazia alguma coisa que tinha combinado, fazia mal feito. Então foi meio que um baque, a gente não chegou em lugar nenhum, não ganhou nada, não fez nada, por que a gente tá achando que somos muito superiores a esses caras? E a gente vai ganhar deles fazendo qualquer coisa, sabemos que o CS não é assim e não faz sentido nenhum a gente pensar assim. Então foi meio que uma virada de chave.” – comentou drop.

drop ainda usou como desabafo para dizer o “português claro”…

“Por assim dizer, que no português claro seria tipo: “para de ser burro”. Seria basicamente isso, falar no português bem claro foi isso e eu acredito que isso só motivou mais a gente a trabalhar e evoluir para conseguir entender que, independente de contra quem a gente tá jogando, se vai jogar contra a Vitality, contra a MOUZ, se a gente vai jogar contra o Pedrinho e seus amigos, temos que entrar com a mesma seriedade e com a mesma vontade e foco dentro do servidor.” – desabafou.

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Na sequência, o jogador de apenas 19 anos analisou a diferença dos cenários da América do Norte para a Europa nos treinamentos. Ele não coloca a culpa no cenário dos Estados Unidos, cita o VALORANT como um possível motivo e elenca diferenças entre as duas regiões nesse momento.

“Quando eu comecei a jogar lá, o cenário já estava um nível um pouco abaixo. É claro que a Europa já domina há muito tempo, então qualquer cenário que você comparar com a Europa, ele vai estar abaixo. Mas o NA já estava ficando meio que sem competitividade, por assim dizer, e não é muito culpa deles. Os times que querem melhorar, ps times precisam buscar a Europa. As equipes precisam buscar algum outro continente e acabam que um continente vai se enfraquecendo, enquanto o outro se fortifica. O VALORANT apareceu também e ajudou a meio que matar o cenário, e acaba que a diferença é no nível mesmo.”

 

“E a partir do momento que rola uma discrepância muito grande, outros problemas começam a aparecer, talvez seja os jogadores que treinam no NA, e você acha ele está trolando. Ele não está trolando, ele só não sabe treinar. Ele não tem investimento, ele não está 100% focado naquilo, ou ele está treinando, mas acabou de chegar na faculdade, porque ele precisa fazer uma faculdade já que não consegue viver só do CS. Então eu acredito que um problema puxa o outro e na Europa você tem muitos times que já estão consolidados.”

 

“Então, é muito mais fácil você encontrar um cenário profissional quando você vem para cá e nos torneios Tier-2, você consegue sentir isso que até mesmo no time Tier-2, Tier-3 é difícil de se bater, porque os caras, eles são profissionais mesmo, eles treinam mesmo, eles jogam mesmo e sabem o que eles estão fazendo.” – analisou drop.

Sobre se manter na Europa, drop afirma que o staff do MIBR já vem trabalhando para consolidar o time no velho continente o ano que vem. Ele revelou que a equipe vem analisando países e planejando a mudança para o local, para a equipe ficar em definitivo a partir de 2024. Enquanto isso, continuará fazendo bootcamps.

“Sim, é uma ideia nossa, a gente gosta de se manter na Europa realmente, o staff já está em busca disso, eles já tem alguns países em mente, tem algumas ideias, mas ainda precisa ser mais estudado, colocar na mesa as opções, decidir qual vai ser melhor. Mas isso é algo que muito provavelmente vai acontecer para o ano que vem, por agora a gente vai se manter fazendo bootcamp e às vezes na Sérvia, como a gente fez agora, às vezes na Polônia ou em qualquer país europeu que a gente possa ficar.” – disse.

Sobre o Counter-Strike 2, drop afirma que o MIBR ainda não parou para jogar nem analisar o jogo, que eles estão focados no CS:GO e nas próximas competições que irão disputar. 

“Com relação ao CS2, a gente ainda não jogou muito. Como a gente sabe que a Pro League provavelmente vai ser um dos últimos grandes eventos do CS:GO que a gente vai poder jogar, a gente resolveu botar 100% do foco nisso, trabalhar no CS:GO, trabalhar na estrutura e melhorar para chegar na melhor forma possível para esse campeonato.” – contou.

Por falar na Pro League, para drop, esse é o principal torneio do MIBR nesse restante de temporada. Ele cita a Gamers8 como outro torneio importante, mas diz que lá a equipe não conseguiu jogar jogos. Em Malta, poderá disputar mais partidas, errar, acertar, aprender e crescer.

“Sim, com certeza. A gente teve a Gamers 8, mas a gente conseguiu jogar um jogo só, não foi um grande torneio para gente, mas aqui eu acredito que o formato também beneficia um pouco a gente, não em questão de querer alcançar um resultado, mas em questão de querer crescer com o time. Vamos poder jogar bastante jogo, vamos errar bastante, vamos acertar bastante, vamos com certeza aprender e crescer com isso. Então eu acredito que esse é um torneio muito importante para gente.” – afirmou.

Perguntado sobre o Grupo B da competição, onde seis das oito equipes da chave estão melhores ranqueadas que o time brasileira, drop não leva o ranking da HLTV ao pé da letra, diz que nesse momento ele está “bagunçado”, mas reconhece superioridade de algumas equipes, citando Heroic e ENCE.

“Eu acredito que no momento o ranking da HLTV está um pouco bagunçado. Claro que tem algumas equipes que elas estão um pouco acima, algumas estão um pouco abaixo, não deveriam, mas eu acredito que a gente pode alcançar esses playoffs, tem alguns times que eles estão bem ranqueados e que eles claramente são times em um momento mais estruturado e melhores, como posso citar a Heroic e a ENCE que tá no nosso grupo.” – revelou.

Depois, drop diz que a equipe tem condições de ganhar de qualquer um, independente de ranking ou de quem esteja do outro lado.

“Mas quando você tá dentro do server, o CS é jogado e se a gente acordar um dia onde a gente faz as coisas certas, independente de quem tá contra, vamos ter chances de vencer eles. Então, temos que só focar no nosso, independente de ranking de HLTV, de quem é o cara que tá do outro lado, a gente tem que entrar, fazer nosso jogo ei ter a nossa preparação, vamos saber o que os caras fazem e se a gente estiver preparado e jogar melhor com os caras, vamos conseguir vencer.” – detalhou drop.

Por fim, perguntei a drop sobre a diferença da ida dele para a FURIA principal, que já era um time com ideia consolidadas, do que a ida dele ao MIBR, uma equipe que começa uma nova formação. Ele destacou a liberdade como o principal ponto de distinção entre os dois momentos que viveu na sua curta carreira no Counter-Strike até aqui.

“Acredito que a diferença é que quando você tem um você precisa começar algo, você tem muita liberdade para testar muita coisa. Então, a gente tem muita liberdade, o exit pensou em um jeito de jogar no CT da Mirage agressivo, e aí a gente vai e testa aquilo. Depois, chega no outro dia, o bit1 pensou em como jogar no CT da Mirage defensivo, e aí a gente vai testando e mesclando muitos estilos para tentar entender onde é que a gente vai performar melhor, onde é que a gente vai conseguir achar a brechas mais fáceis, onde a gente vai ter mais chance para reagir, enquanto quando você chega em um time que já é mais estruturado, eles já meio que sabem qual é o estilo deles, você não precisa tanto tentar se encontrar, porque meio que a resposta já tá ali.”

 

“Então na FURIA a resposta era agressão, então você já sabe que você vai jogar agressivo, se eu vou assistir alguma coisa e o jogador ele só tá jogando para trás, eu falo que isso aqui não serve para mim, não vai rolar no meu jogo isso. Então eu acho que é mais essa liberdade de você poder testar muita coisa e implementar coisas no jogo até encontrar o que você é bom e confortável fazendo.” – concluiu.

drop e o MIBR entram em campo pela primeira vez na ESL Pro League Season 18 nesta quarta-feira, dia 6 de setembro, às 14h30, horário de Brasília, contra a equipe da MOUZ.

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