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Banks em entrevista exclusiva a Game Arena. - Foto: Game Arena.

CS:GO: Banks diz que o jogo lhe salvou no momento de luto pela esposa

Em entrevista durante a BLAST Final, Banks relembrou momentos que viveu, exaltou torcida do Rio e disse que o jogo “nunca morrerá” Após a conquista do título da Heroic na BLAST Premier Spring Final 2023, a Game Arena preparou uma pauta especial com o principal apresentador do cenário mundial, James Banks. Em entrevista exclusiva, o talent falou sobre as suas vivências em um tom de despedida ao Counter-Strike Global Offensive.

Thulio Bastos •
15/06/2023 às 14h08, atualizado há um ano
Tempo de leitura: 10 minutos

Em entrevista durante a BLAST Final, Banks relembrou momentos que viveu, exaltou torcida do Rio e disse que o jogo “nunca morrerá”

Após a conquista do título da Heroic na BLAST Premier Spring Final 2023, a Game Arena preparou uma pauta especial com o principal apresentador do cenário mundial, James Banks. Em entrevista exclusiva, o talent falou sobre as suas vivências em um tom de despedida ao Counter-Strike Global Offensive.

Primeiramente, Banks falou sobre como foi a sua experiência em cobrir o último Major da história de CS:GO, o BLAST.tv Paris Major 2023, em maio. Segundo ele, tivemos “a história perfeita” de encerramento com o título da Vitality em Paris e revelou que se emocionou no primeiro dia de disputas na Accor Arena.

“Obviamente, ainda não sabemos se esse é o último evento de CS:GO. Mas, provavelmente, vamos ver o que a Valve fará, acho que o mais importante de cobrir o último Major foi que se tornou uma despedida para o jogo que amamos como qualquer fã, que esteve envolvido nas emoções, o que significa, em Paris com a Vitality vencendo. Você tem uma história perfeita.

 

Então, para mim pessoalmente, conseguir estar no Major e poder ver esses talentos, é uma experiência incrível. Mas, quando aquele vídeo foi reproduzido, que mostrou toda a emoção dos Majors passado, toda a loucura, clipes e grafites, isso me emocionou. Eu me lembro no primeiro dia quando estávamos na arena, eu comecei a chorar e isso apenas mostra como o CS:GO é incrível e o que isso significa para nós como pessoas que amam o jogo.” – disse Banks.

Em seguida, o talent foi questionado sobre qual foi o melhor momento que ele viveu no CS:GO. Banks foi enfático ao cravar o título da NAVI no PGL Major Stockholm 2021, mas não por ser “seu time”, mas por s1mple ser “um grande amigo” e pela performance do time em todo o mundial sueco.

“Minha melhor memória no CS:GO, por todos esses anos, eu diria que o melhor momento foi o Major em que a NAVI venceu em Estocolmo. Não porque a NAVI é meu time, mas s1mple é um grande amigo meu e eu sei o quanto ele queria. Ele foi melhor jogador por um tempo, tentou várias vezes, mas ter a equipe certa tendo peças se juntando quando eles adicionaram o b1t, não tínhamos certeza do que iria acontecer.

 

Ele é um jogador jovem, um novato chegando, tem um ano de estreia incrível, mas isso não era apenas o s1mple, foi a equipe inteira desempenhando bem, e quando esses caras conseguiram, parecia que eu tinha ganhado um Major também. Eu não tenho nada a ver, eu não fiz nada, só pensei que eles fariam a entrevista. Mas eu só lembro do sentimento por esses caras e pela equipe. Eu gosto de como eles fizeram e como eles conseguiram, foi incrível.” – contou. 

Banks ainda lembrou a histórica final da IEM Cologne 2021 entre FaZe x NAVI, cotada por muitos como a melhor série melhor de cinco da história do CS:GO como uma grande lembrança. 

“Algumas boas lembranças, como foi a final de Cologne FaZe x NAVI, no ano passado, porque foi quando chegamos e vimos uma das melhores MD5 que tivemos no CS:GO e mesmo que a NAVI tenha perdido aquela final, em todo round, todo momento, você nunca tinha certeza do que ia acontecer, foi incrível.” – destacou.

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FalleN
Banks entrevistando FalleN durante a BLAST Premier Spring Final 2023. – Foto: Game Arena.

Na sequência, Banks foi perguntado sobre torcidas e, para ele, qual a melhor que ele já viu nos eventos que trabalhou. Ele disse que, sem dúvidas, foi a torcida brasileira no Major do Rio, mas ponderou que era “somente quando a FURIA estava jogando”. Ele comentou sobre o fato da torcida brasileira não vibrar em todos os jogos como no do time brasileiro e ranqueou todas elas, colocando a torcida do PGL Major Antwerp 2022 como a melhor que já viu em um ranking. 

“A melhor torcida que vi, 100%, foi a do Major do Rio, mas infelizmente, somente quando a FURIA estava jogando. Porque todo mundo foi ao evento, estava lotado, nunca vimos tantas pessoas, como eles eram apaixonados e o quanto adoraram, mas é o que estou dizendo, a melhor torcida geral para cada dia de todo o evento foi a de Antuérpia. Antuérpia e Paris. Tão próximos uns dos outros. Mas Antuérpia está um pouco acima.

 

Eu me lembro de pisar no palco e eu estava fazendo algumas introduções e entrevistas, você podia sentir, eu não estava sentindo a energia, estava sentindo a mudança de ar pela quantidade de pessoas que eram. E eu tive esse mesmo sentimento no Major do Rio, mas lá poderia ter sido melhor, se estivessem lá em todos os jogos, não somente no da FURIA. Então, Antuérpia número 1, Paris número 2 e Rio número 3.” – analisou.

Depois, Banks falou sobre um momento complicado que viveu em sua vida pessoal, após o falecimento de sua esposa. Ele contou detalhes do momento de luto em que passou e afirmou que o Counter-Strike foi “salvador” para ele, pois o trabalho foi uma forma de “distraí-lo”. 

“Eu me ajudo com isso, momento muito difícil da minha vida porque eu fui capaz de bloquear tudo. Acho que todo mundo lida com o luto de uma forma diferente, algumas pessoas diriam “ele é estúpido ou louco, deveria voltar e ver sua família”. Eu deixei o evento, voltei, vi minha família, fui ao enterro e voltei ao evento. E a razão de voltar foi porque o apartamento que vivemos, tudo aquilo não era bom para mim, não era saudável.

 

Eu queria estar por perto de algo que poderia me distrair e as pessoas dizendo “Ela era a mãe do meu filho”. Não, ela não era, era apenas a madrasta. Então, não era como se meu filho não estivesse lá, todo esse tipo de coisa. Então, o melhor lugar para mim era estar de volta ao trabalho. Se você notar, eu trabalhei não apenas depois do Major, mas em todos os outros eventos.

 

Não apenas os grandes, trabalhei em eventos menores também, porque o que eu queria fazer era só focar no trabalho e tentar lidar com isso do meu jeito. E o Counter-Strike me fez feliz. Isso estava me dando uma distração e essa é a beleza do CS, uma espécie de me salvar dessa forma e foi difícil. Eu provavelmente estava fazendo coisas que eu não deveria estar fazendo às vezes também, não tão focado, mas acho que seria bem pior se não tivesse feito os eventos de CS:GO durante tudo isso.

 

Eu me lembro, houve momentos que eu chorava sempre que estava sozinho, mas quando estou perto de outras pessoas, dos jogadores ou nos eventos, quase consigo esquecer e eu posso me sentir um pouco mais forte mesmo sento muito difícil. Então, cada um tem seu jeito de lidar com essas coisas. Mas, para mim, CS:GO foi o salvador perfeito nesse sentido.” – contou, emocionado.

Por fim, Banks afirmou que o “Counter-Strike nunca morrerá”, em uma mensagem de despedida ao CS:GO. Ele disse que a versão foi “incrível”, carregada de “boas lembranças, boas emoções e boas carreiras” e mostrou como o jogo mudou a vida de muitas pessoas, sejam elas, jogadores profissionais, ou fãs que se apegam ao jogo para “fugir da realidade”, muitas vezes cruel para alguns. 

“O Counter-Strike nunca morrerá. CS:GO era apenas outra versão, uma versão incrível que nos deu boas lembranças, nos deu emoções, que criou carreiras. É assim que as pessoas crescem, jogadores crescem. E tem dado tanto para as pessoas que são fãs do jogo, que assistem, eles vêm a esses eventos. Isso nos deu uma fuga da realidade, algumas pessoas querem escapar de seu passado, algumas pessoas querem bloquear o que está acontecendo em torno de sua vida, momentos estressantes, coisas acontecendo em casa.

 

Counter-Strike é um jogo onde você pode mergulhar em si mesmo, temos uma comunidade incrível, um conjunto de regras e um jogo definido quando você pode ter, como o mata-mata, corrida armada, algumas pessoas apenas jogam FACEIT, outras apenas MM.

 

Mas existe algo para todos, algumas pessoas fazem mapas de movimentação… O CS:GO acaba de nos dar por tantos anos uma experiência incrível e divertida. E uma coisa sobre o jogo é, você nunca desiste. Você pode ir jogar outro jogo, mas você sempre volta ao Counter-Strike e eu acho que vai ser o mesmo para o CS2, mais pessoas novas também virão. Então, vamos ver o que acontece.” – concluiu. 

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