Dia 21 de agosto de 2012. Este é o dia do lançamento oficial do Counter-Strike: Global Offensive, o jogo que mudou a minha vida e a de muitos. Hoje o nosso querido CS:GO completa 11 anos, no seu provável último aniversário na ativa. Por isso, tomei a liberdade de dizer meu último muito obrigado.
A minha história com o Counter-Strike é datada de muito antes do lançamento da versão Global Offensive. Hoje com 29 anos de idade, lembro que conheci o CS lá pelos meus oito anos, apresentado pelo meu irmão.
Nessa época, jogava em casa mesmo, com os BOTs. Meus mapas preferidos de plantar bomba eram Aztec e Dust 1. Eu também gostava do modo refém e normalmente optava pela Assault ou Militia.
Ocasionalmente eu jogava de tudo um pouco do que o game tinha a oferecer. Até o modo VIP eu gostava. Só não era muito de jogar modos diferentes como surf, zumbi, jail e etc. Eu sempre achei o Counter-Strike perfeito da forma que ele foi criado e me internava ali, no modo normal mesmo.
Aos nove anos eu já mentia minha idade para jogar nas LAN houses – crianças, não façam isso. Aquelas com certeza eram as melhores horas do meu dia. Foi quando eu descobri uma infinidade de mapas como PoolDay, Iceworld, AK-Colt, AIM_Map, Simpsons e por aí vai. Nossa comunidade sempre foi a mais criativa.
Desde então, entre idas e vindas, eu nunca larguei o Counter-Strike de verdade. Já me afastei e tive pausas longas para jogar outros jogos como Dota, Tibia, League of Legends… Mas o bom filho, sempre a casa tornava. Nunca foi diferente, até hoje.
LEIA MAIS:
- Dicionário CS:GO: conheça todos os termos do jogo
- CS:GO: Como melhorar a mira no jogo
- CS:GO: Como usar a bind jump throw no jogo em 3 passos
Em 2012 o CS:GO foi lançado e em 2015 eu iniciei a minha carreira de jornalista no cenário de esportes eletrônicos. Coincidentemente – ou não -, em um dos momentos mais complicados da minha vida. Quando eu não fazia ideia do que iria fazer da vida, no CS eu encontrei a resposta.
Comecei a escrever sobre o próprio CS, após o G-5 me levar para a Games Academy. Em outros portais, falei sobre tudo quanto é jogo, pois era preciso. Mas nunca escondi onde estava minha verdadeira especialidade e paixão.
Hoje, com oito anos de carreira, posso afirmar com orgulho que tornei a minha maior paixão, o meu trabalho. O meu sustento. Eu trabalho com CS, pago minhas contas com o CS, me alimento por causa do CS, eu literalmente vivo e sobrevivo por/pelo CS. Eu respiro CS e os esports quase 24 horas por dia.
Também por conta do CS, posso dizer que finalmente, oito anos depois, assumi pela primeira vez o posto mais alto de uma redação. Sou Editor-chefe da Game Arena. Por causa do CS, também consegui realizar sonhos pessoais e profissionais. Viajei pra fora do país, fiz uma cobertura fora do país, cobri o mundial do jogo duas vezes presencialmente e até um pulo na Disney eu consegui dar.
Ver essa foto no Instagram
Mas por que contei tanto da minha vida aqui? A intenção é que você tenha um pouco da dimensão da minha relação com o jogo e o quanto ele foi e é importante pra mim.
Eu não faço a menor ideia do que seria a minha vida sem o Counter-Strike. E pra ser sincero, nem gostaria de saber. Diariamente eu reconheço o privilégio que tenho por trabalhar com o que eu amo e eu não trocaria isso por nada.
O Counter-Strike sempre foi e sempre será a minha vida. Independentemente da versão. Mas digo que a Global Offensive foi a mais especial, pois foi com ela que eu consegui tornar brincadeira em coisa séria.
Chega a ser engraçado, como foram 11 anos se mostrando o melhor FPS da história. São 4.015 dias ou 96.360 horas, com pouquíssimas mudanças. Qualquer outra coisa seria extremamente repetitiva e maçante nesse ritmo. Mas o CS nunca foi. Cada jogo nas mesmas regras, nos mesmos mapas, com as mesmas armas e as vezes até as mesmas pessoas, se mostra diferente.
Como? Não faço ideia. Como disse antes, ele já nasceu praticamente perfeito, do jeito que era. Isso é Counter-Strike!
Feliz aniversário e muito obrigado, Counter-Strike: Global Offensive, por você existir. Talvez este seja meu último muito obrigado registrado, mas saiba que serei grato até meu último dia de vida.
Se você gostou deste texto, pode gostar também dos nossos vídeos. Neste aqui vou fazer diferente e lembrá-los de um rolê aleatório que tive por causa do CS. O dia que carreguei e comi uma pilha de quase 40 pizzas, em plena Paris, em pleno Major.