Após título em LAN, kaah e gabs, da FURIA, falaram sobre a vitória, dificuldades da transição ao CS2 e mais
A FURIA foi a grande campeã do torneio feminino de Counter-Strike Global Offensive (CS:GO) da BGS 2023. As panteras se despediram do jogo com a conquista de um título em LAN, ao vencer a Fluxo Demons, por 2 a 0, nesta quinta-feira (12).
Após erguerem o caneco, as jogadoras kaah e gabs deram entrevista a Game Arena, diretamente do stand da equipe na feira. gabs começou o papo falando sobre como foi a preparação para o torneio, onde ela disse ter sido uma “loucura”, pois não encontravam mais times para treinar no CS:GO, caindo em lobbys contra cheaters.
“Literalmente a palavra certa é loucura, porque a gente estava jogando dois jogos, e tem aquela frase, quando você faz duas coisas ao mesmo tempo, nada sai direito? E a gente tava tentando dar um carinho a mais para um, quando o foco era o outro. No CS2 foi mais difícil, porque a izaa tava internada, tirou a pedra no rim e tivemos apenas um dia para treinar. Foi muito difícil, já temos um jogo contra a Fluxo de novo.”
“Mas deu tudo certo, a gente ganhou, mas foi pegado, a gente sangrou para treinar e dar certo. E no CSGO aqui na BGS foi a mesma coisa. Estávamos procurando um time para treinar e não tinha mais time. A Karina e a Gabi foi jogar um DM, no servidor inteiro só tinha chitado, os caras rodando igual uma beyblade, todos rodando. Não dá nem para jogar DM.” – afirmou.
Já kaah, analisou o confronto da decisão, vencido pela sua equipe. Ela definiu o mapa da Inferno como o melhor da FURIA e pregou tranquilidade do lado CT da Anubis para fechar a série em 2 a 0.
“A Inferno a gente tem tido como nosso melhor mapa, entramos muito confiante. E tem o fator que cada LAN, é LAN. Aqui, um problema muito forte foi com relação ao som, a gente usou e abusou disso e deu certo para a gente. Na Anubis, é um mapa um pouco mais difícil, mais TR e começou a ficar pegado. Mas pausamos, conversamos, fizemos nosso padrão e seguramos as execs delas que estamos bem, não precisávamos buscar jogo, estávamos apressando para tentar finalizar. Falamos “Vamos com calma, não precisa de pressa para finalizar, pois é nessa pressa que perdemos o jogo, já perdemos vários, inclusive.” – contou.
Em seguida, o entrevistador Jairo ‘Foxer’ perguntou a gabs se a FURIA voltou ao top 1 nacional. A jogadora foi sincera ao responder que, entre elas e a Fluxo Demons, está “0 a 0”, mas que a sua equipe vai continuar ganhando.
“Particularmente falando, eu acho que está 0 a 0. O último campeonato que jogamos contra elas foi a GC Masters e elas ganharam. Então, elas têm mérito, é um time muito bom, tem muito histórico de mundial, de ir bem, de ter experiência, elas são muito fortes. Mas, o último jogo que foi no CS2 e a última LAN do CS:GO, a gente ganhou. Se você colocar numericamente falando no histórico, a FURIA ganhou mais do Fluxo, e vice-versa. Porém, não é assim que funciona, ganhar não é difícil, difícil é continuar ganhando. Tá tudo bem, elas ganharam da gente, mas nós vamos deixar continuar? A gente ganhou, vamos continuar ganhando? SIM. Então, para mim, tá 0 a 0, mas vai ser o que vai vim no CS2.” – disse.
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kaah comentou como foi a entrada de novos membros no time, como os meninos da comissão técnica e de annaEX. Ela falou que rmn e kYOSHIx agregou bastante ao time e a jogadora trouxe agressividade, que acabou faltando no time com a saída de Olga.
“A entrada dela foi muito importante e a entrada da comissão técnica também. O Ramon e o kYOSHIx soma para gente é surreal. O rmn é muito bom, manja muito do jogo, já jogou, já foi campeão da BGS. O kYOSHIx também é ótimo também, ele era IGL do time, ele ajuda muito a izaa, com muita coisa. A annaEX é a agressividade que a gente precisava, porque a Olga saiu e a gente ficou com defict nisso. Porque antigamente, quando o CS era diferente, quem era agressivo era eu. A izaa também era, mas quem buscava era eu. Depois, que a Olga entrou e o CS mudou, o playmaker realmente começou a virar o assalt. Então, quem tem impacto para ser agressivo é o assalt, a gente precisava dessa jogadora. Paramos tudo na hora da procura e definimos as características.” – analisou.
Depois, kaah elogiou o cenário feminino, afirmando que existem muitas jogadoras boas, que bastam ser testadas e lapidadas, dando o exemplo da adversária na final, Poppins.
“Fizemos a lista, vimos as possibilidades, testamos outras jogadoras, mas o que eu acho lindo do CS hoje, é que as meninas são boas, basta pegar uma e moldar. E uma coisa que eu fico muito feliz, é que as meninas não desistem, porque tem nomes que vão fazer dar certo. A Poppins é uma, por exemplo” – comentou.
Na sequência, foi a vez de gabs falar sobre a sua volta ao cenário competitivo, ela que se aposentou em 2020, no período da pandemia. Ela detalhou diversos motivos que o fizeram pausar e alguns outros que fizeram retornar, dizendo que foi por causa da paixão ao “espírito competitivo” de disputar torneios em LAN.
“Era uma junção de coisas. Quando eu parei de jogar era na pandemia e não tinha muito campeonato e as coisas foram me desanimando consequentemente. Não era tão rentável também. As coisas começaram a mudar, as pessoas começaram a jogar mais, começou a ter mais campeonatos, as meninas foram crescendo, evoluindo e eu sempre acompanhei e torcia para elas. E a adrenalina de estar no evento jogando, eu sempre amei jogar em LAN e dava para sentir de longe. Até que teve a saída da Olga e as meninas me chamaram um dia antes de um campeonato.”
“Completei para ajudar, pois elas são minhas amigas e elas pediram para ficar o torneio inteiro. Depois a bokor saiu e eu não quis sair, porque elas teriam menos duas players. Aí eu comecei a dar meu sangue, treinar muito, correr contra o tempo, tentei melhorar, mudar meu meta, me adaptar e isso resultou em bastante coisa. Só que, voltar mesmo a jogar, foi mais a adrenalina de estar jogando um campeonato, porque isso não deixa de lado.” – relatou.
Finalizando a entrevista, kaah falou sobre a sua experiência com o Counter-Strike 2. Assim como os outros, ela comentou que o jogo ainda não está pronto, mas entende que é um processo natural até ele se aperfeiçoar, com uma visão otimista para o futuro da FURIA no novo FPS da Valve.
“Eu não acho que o jogo esteja 100% pronto, mas no fim das contas, todo jogo novo é assim. Acho que realmente os jogos passam por uma adaptação para virar um jogo melhor. O CS:GO demorou muito para virar um jogo bom como é hoje. Gostei do jogo, sim, acho que ele tem falhas a serem melhoradas, mas foi o que a Valve escolheu e a gente tem que jogar. O CS2, para nós, é um marco novo, porque mudou bastante o jogo e não tem como saber como serão as coisas. Nosso primeiro jogo grande provavelmente será a ESL Impact em Valência, então vamos ver se a gente fecha o ano com chave de ouro, batendo campeãs mundiais.” – concluiu.
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