In game leader da paiN, biguzera falou com o portal sobre o confronto, criticou cenário do NA e avaliou o primeiro dia de Major
A paiN Gaming fecha o primeiro dia de disputas do BLAST.tv Paris Major 2023 com campanha 1-1, vencendo o Fluxo na estreia e perdendo para a FaZe Clan. Após o revés contra o time europeu, biguzera falou com exclusividade ao portal.
Em entrevista, ele avaliou o confronto contra o time de karrigan, dizendo que a maior dificuldade que o seu time enfrentou foi do lado CT. biguzera elogiou os jogadores adversários e tratou a derrota com naturalidade.
“Eu acho que a maior dificuldade foi o nosso lado CT. A FaZe é um time muito agressivo, gostam de bagunçar muito no lado TR e sempre é a maior dificuldade de jogar contras eles é o lado defensivo. Eles tem muita mira, ótimos individualmente. Então, às vezes você perde a trocação mesmo quando você está melhor posicionado do que eles.” – afirmou biguzera.
Depois, biguzera foi questionado sobre a performance individual de ropz, estrela da FaZe e principal destaque do time na vitória. O estoniano terminou a melhor de um com 24 kills, 16 mortes, 71% de KAST, 97.1 de ADR e 1.32 de rating.
O capitão da paiN deu status de “melhor rifler do mundo” para ropz, elogiando o adversário, mas admitindo que não reparou nos scores finais do jogador.
“Para falar a verdade, eu não sei de score, realmente não vi, não sei quantos ele matou, mas todo mundo sabe que ele é muito bom, um dos melhores rifles do mundo, se não o melhor. Ele é uma peça muito importante nessa FaZe, segura os pianos. Não tem muito o que falar sobre, ele é muito bom e já era.” – disse.
biguzera, inclusive, foi o melhor jogador da paiN no servidor. Mesmo derrotado, ele terminou o mapa com bons números, sendo 21 kills, 20 mortes, 71% de KAST, 87.8 de ADR e 1.20 de rating, o único a ficar positivo do time brasileiro.
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O jogador foi enfático ao falar sobre o cenário norte-americano, onde a paiN Gaming atualmente disputa os treinos e competições. biguzera criticou afirmando que o cenário NA é “pior do que todas as regiões juntas” quando se fala de treino.
“Sim, quando a gente está no NA e vamos disputar algum campeonato sem se preparar, nós chegamos muito abaixo no nível de CS do que hoje. Nós passamos 15 dias na Europa e nos preparamos muito bem para o Major. Consequentemente, nosso desempenho é melhor. O NA de treino, não tem o que falar. Lá é pior do que todas as regiões juntas, talvez.” – afirmou.
Ainda segundo treinamentos, ele afirmou que a paiN Gaming não chega nunca para as competições no modo 100%, assim como nenhum outro time brasileiro chegará. Ele defende que os times que não moram e atuam no cenário europeu não vão chegar prontos para competir contra os times que atuam.
“Acredito que 100%, nós que somos brasileiros, nunca vamos estar. Independente se são 15 ou 30 dias de bootcamp, o ideal mesmo seria morar na Europa e treinar aqui todos os dias, obviamente. Aí, sim, eu poderia falar que chegaríamos 100% no campeonato. Enquanto estivermos no NA, acho que podemos chegar em uns 80%. Mas 100% é difícil.” – confessou biguzera.
Avaliando o dia do seu time, o capitão foi sincero ao dizer que “esperávamos ganhar da FaZe”, mas que “não é vergonha perder para eles”, dizendo que o dia foi bom, mas que poderia ser melhor.
“Acho que foi um dia bom. Ganhamos bem do Fluxo, foi uma vitória boa para ganhar confiança. Esperávamos ganhar da FaZe, para ser honesto, até porque imaginávamos ser Nuke e estávamos muito preparados. Mas é isso, a FaZe é um time muito bom, não é vergonha nenhuma perder para eles, acho que isso não abala a confiança e eu classifico como um bom dia, mas poderia ter sido melhor.” – confessou.
Por fim, biguzera foi questionado sobre qual paiN podemos esperar para amanhã, em mais um dia decisivo para o time brasileiro. Ele disse que a sua equipe chegará “preparada e confiante” para “jogar o nosso jogo, independente de quem vier”.
“Amanhã pode esperar a mesma paiN que tem sido no último mês. Preparada, confiante, jogando do jeito que a gente sabe jogar, jogando o nosso jogo. A gente tem que fazer o nosso independente de quem vier.” – finalizou.