Toda história tem um mocinho e também um vilão. Normalmente, o mocinho tende a cativar mais o público e fica a torcida para que ele atinja seu objetivo no final. Porém, é inegável que ao longo da trajetória do cinema e afins, alguns vilões conseguiram conquistar a grande massa.
Até mesmo nos casos em que a torcida ao mocinho permanece, há um grande sentimento sobre a importância dos vilões. Existem inclusive aqueles que se tornaram ainda mais interessantes do que os próprios mocinhos.
Coringa, Darth Vader, Lord Voldemort, Hannibal Lecter, Thanos, Jason, Freddy Krueger, Chucky… em algum momento, com certeza essa galera mencionada já roubou a cena. E quem nunca se pegou até mesmo torcendo para Walter White em algum momento, que atire a primeira pedra!
Falando agora de Counter-Strike, que provavelmente é o que você veio buscar aqui, é a mesma coisa. Até mesmo no cenário do nosso amado joguinho, um vilão muda tudo. Na verdade, ele movimenta tudo… Percebem?
Goste você ou não da figura, admire ou não sua trajetória, ser um ótimo vilão é algo que kNg sempre fez muito bem em sua carreira. Independentemente se estivesse no melhor time ou no melhor momento, kNg sempre soube como abalar as estruturas do cenário.
E o mais importante: teve peito para assumir a alcunha de vilão. Algo que nunca foi fácil, mas se tornou ainda mais difícil no mundo globalizado da internet, onde opinião pública é tudo e o que influencer mais vende é a perfeição.
Foi dessa “vilania” que surgiram grandes momentos do cenário. Quem lembra do nascimento da grande rivalidade entre MIBR e FURIA? Ele estava lá… Nos famosos bordões? Também!
“Você é fraco… Fraco!”, “Coloca a minha foto na sua parede”, “Entra na b, cocô!”…
Tudo bem, “Prove it or I’ll Kill you” foi um pouco a mais, mas já passou e está tudo resolvido!
Isso sem falar da época do renovado MIBR, seguido do surgimento d’O Plano. Eu não lembro de ver muitos hypes igual aquele por aí, com exceção das equipes de FalleN – não coincidentemente, o nosso mocinho. Isso é algo de se tirar o chapéu.
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Como foi dito no início, toda história precisa de um vilão e nos esports nós também precisamos do vilão para antagonizar e deixar tudo mais interessante. Mais picante… Faz parte da competição!
Por exemplo, Anderson Silva foi um dos maiores lutadores da história do Brasil e quiçá do mundo, mas é impossível esquecer como o falastrão Chael Sonnen marcou a carreira do Spider…
Pense também em FURIA vs NAVI pelo Major do Rio. A trajetória da FURIA naquele evento foi incrível, o Brasil jogou muito, mas o fato de S1mple assumir o manto de vilão naquela arena, tornou tudo ainda mais interessante. Era o ingrediente que faltava.
Dito tudo isso, como no mundo real é óbvio que todo mundo quer ser o mocinho da sua história, é importante sim valorizarmos esse tipo específico de vilões. Eles são raros e no final causam mais bem do que mal. Falta esse tipo de pessoa no cenário, que torna tudo mais interessante – ao menos para mim.
Então fica aqui a lembrança, a homenagem e o reconhecimento ao aniversariante do dia e vilão do Counter-Strike brasileiro, o grande kNg.
E por favor, não me deixem viver num cenário sem kNg, onde até mesmo o grito de Chelo querem podar… “Deixa os garoto brincar!“
Relembre com a Game Arena o dia em que aconteceu a jogada mais linda de Desert Eagle, do CS:GO: