Com vaga garantida nos playoffs da IEM Katowice 2024 de Counter-Strike 2 (CS2), Marco ‘snappi’ Pfeiffer, que atualmente lidera a Falcons, conversou com a Game Arena. O jogador abordou temas relevantes sobre o novo projeto em que está e também a respeito do cenário brasileiro.
Snappi começou falando sobre como é montar um projeto tão grandioso do zero, como o da Falcons.
“O mais difícil é definir todas as funções, ver nossos erros. Em todos os jogos, vejo que temos algo a melhorar e consertar, então é legal estar no começo do processo, pois sentimos que as coisas estão caminhando rápido. Quando você está em um time há muito tempo, chega uma hora que as coisas parecem estagnadas, sendo pequenos detalhes, pois agora temos grandes detalhes para corrigir, então é legal.” – contou.
Ainda sobre o projeto, snappi foi perguntado se esse era o mais difícil de sua carreira. A resposta surpreendeu.
“Não, esse projeto e o da ENCE são os mais fáceis, porque eu tenho muita liberdade, muita confiança e tenho bons jogadores. No passado, alguns dos meus times antigos, ou os jogadores não estavam motivados, ou não eram bons o bastante para serem os melhores.” – afirmou.
Encerrando o assunto Falcons, snappi revela o porquê deixou a ENCE para se juntar ao mega projeto organização da Arábia Saudita.
“Eu estava bem convencido de que, se eu ficasse, nós perderíamos um ou dois jogadores e eu não estava mais interessado em perdê-los, queria ir para um lugar onde eu pudesse manter meus jogadores e nunca estive em uma situação assim. Outros IGLs são bem sortudos em poder manter os talentos, mas eu nunca estive nessa situação.”
“Vim para cá porque provavelmente é meu último projeto, mas eu queria me manter no topo e jogar com os melhores jogadores. Se alguém for muito bem, quero que eles fiquem e eu jamais pude fazer isso durante a minha carreira, sempre alguém era vendido. E, com essa mentalidade, podemos ganhar um Major. Eu só quero ter os melhores e mantê-los.” – afirmou.
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Snappi vai se aposentar?
Tocando no assunto aposentadoria, snappi rechaçou a possibilidade e afirmou que pode ultrapassar barreiras etárias até então quase intransponíveis no cenário.
“Agora não, mas espero ter muito sucesso na minha carreira. Estou com 33 anos, tenho um filho, esposa, o tempo está passando e acho que tenho mais 5 anos, posso jogar até quase os 40, mas o tempo dirá.” – contou.
Ajuda ao MIBR e fer subestimado
Há alguns meses, snappi disse que ajudou o MIBR, mas não tinha entrado em detalhes. Desta vez o capitão dinamarquês mergulho mais no assunto e contou como foi a abordagem do time brasileiro e o que ele conversou com os jogadores.
“O bit1 [treinador do MIBR] me perguntou se o exit poderia me adicionar na Steam e perguntar algumas coisas sobre liderança, e eu conversei com ele sobre isso. Falei dos treinos, coisas que fazíamos fora do servidor, coisas que eles poderiam usar… Eu não me importo de ajudá-los. Conheço o bit1 desde o 1.6, ele era legal comigo, e eu com ele, então por mim tudo bem. Não sei o quanto ajudou, mas espero ter contribuído.” – disse o capitão.
Apesar da boa vontade na ajuda, o jogador da Falcons afirmou que isso não é algo comum. Muito pelo contrário: “Alguns times até pedem, mas alguns eu não quero ajudar. Outros eu ajudo. É um pouco diferente, mas nesse caso eu não me importo.”
Finalizando a entrevista, snappi falou sobre outro assunto que comentou recentemente, o fato de fer ter sido subestimado no bicampeonato mundial do Brasil em 2016. Ele exaltou o brasileiro e sua relevância para o sucesso da SK e LG.
“Acho que, quando o fer jogava, era com o FalleN, que é o maior jogador de toda a comunidade, além do Coldzera que foi o melhor do mundo duas vezes, então quando você joga com esses dois, você fica meio esquecido, mas o impacto dele no time era incrível. Só pelo fato de jogar com dois jogadores tão grandes.” – concluiu.
snappi tem um reencontro marcado com a sua ex-equipe amanhã. ENCE e Falcons duelam pela segunda partida das quartas de final da IEM Katowice 2024, às 15h30, horário de Brasília, desta sexta-feira (9).
Assista a mais vídeos da Game Arena. Neste aqui, conversamos com guerri após a eliminação da FURIA de Katowice: