A estreia da FURIA na Esports World Championship (EWC) de CS2 tem em Sid “sidde” Macedo um dos seus principais personagens. Isso porque ele fará sua primeira partida na função de técnico da equipe brasileira. Em entrevista exclusiva à Game Arena, o coach falou sobre o momento que está vivendo, bem como sobre treinar a equipe de Gabriel “FalleN” Toledo.
Após um ano e meio como técnico assistente, sidde foi efetivado no cargo de treinador principal da FURIA. Segundo ele, a transição foi facilitada por já conhecer boa parte dos jogadores que irá comandar no novo papel.
“Eu sinto que eu tenho do meu lado ali jogadores que eu confio muito e que vão ajudar nesse processo, porque pode ser que fique complicado. Às vezes saindo de assistente coach, se fossem jogadores que eu não conhecesse, alguma coisa assim poderia ficar mais estranha, mas tendo ao meu lado jogadores que eu confio tanto e que eu conheço já, que passei o último ano e meio com eles, sinto que eu estou com o grupo certo para fazer a transição. Estou bem tranquilo, feliz e a sensação de ter o trabalho recompensado é fantástica, algo que me deixa bem feliz”, contou.
Sidde ainda fala que sua promoção já era algo discutido há algum tempo: “Já era um plano conhecido dentro da FURIA. O Guerri já tinha conversado comigo desde o primeiro momento que a gente conversou. Ele colocou para mim que era um dos objetivos dele me preparar para que eu pudesse um dia assumir a posição dele, para que ele pudesse alçar voos maiores dentro da organização. Então era algo que eu, não que eu esperava que fosse acontecer tão rápido, mas era algo que eu sabia que poderia acontecer no futuro.”
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Por ser um dos times de maior relevância do cenário brasileiro, a FURIA lida com pressão dos torcedores. Sidde entende isso como algo natural e aponta que está preparado para lidar com as cobranças dos torcedores.
“A pressão faz parte. É um time que já teve resultados bem melhores no passado. É um time que até pouco tempo chegou em playoff, semifinal de Major. Então é esperado que a torcida cobre e faz parte do peso de ser FURIA.”
“Todo mundo aqui dentro sofre, então eu sofro junto essa pressão. Eu sofro junto essa pressão, mas eu acredito que todo mundo esteja bem-acostumado em estar nessa posição e acredito que é algo que também nos impulsiona a trabalhar mais e mais e mais para poder devolver os resultados que a torcida espera e que a gente também espera de nós mesmos”, analisa.
Um dos jogadores treinados por sidde é ninguém menos que FalleN, maior nome do Counter-Strike brasileiro. O coach rebate a opinião de torcedores que acreditam que o Professor tenha muito poder e seja unilateral dentro da FURIA.
“Sobre o FalleN, na verdade, eu não diria poder, mas eu digo grande influência, porque ele é um grande líder e ele lidera dentro e fora do server. Então, com certeza, todo mundo tem muito a aprender com ele, tanto os jogadores quanto eu. Mas o fato de eu já conhecê-lo facilita o processo em termos de ter uma mescla entre as ideias. Até hoje, não vi problema nenhum com isso, ter essa parceria com ele”, comentou. contr
O técnico da FURIA acredita que irá alcançar suas metas com o veterano: “Eu acredito que eu vou contribuir o tanto que eu espero, porque eu já conheço a forma com que ele pensa, a forma com que ele trabalha. A gente já tem um ritmo bom de mesclar as ideias e não é algo unilateral por conta dessa relação que a gente já construiu nesse tempo.”
Outro estreante da Pantera na EWC é Felipe “skullz” Medeiros, recém-contratado junto à Liquid. O coach falou sobre o espaço que o jovem talento chega para ocupar no elenco da FURIA. Sidde ainda conta que já conhecia o jogador e este foi um dos motivos para a contratação.
“A chegada do skullz para a gente representa o preenchimento de uma vaga dentro do jogo, uma capacidade técnica que a gente não estava tendo antes, em termos de posição. Ele preenche esse espaço de âncora e ele tem um perfil que a gente procurava.”
“Não conseguimos preencher esse perfil antes, mas agora, pelo curto tempo de treino, eu diria que está cada vez mais próximo de estar preenchido, porque ele precisa construir uma personalidade, uma voz dentro do time, que faz parte da posição. E ele tem essas características, eu já conheci ele de antes, então esse foi um dos motivos da gente trazer ele, porque a gente já conhecia o perfil dele dentro e fora do jogo”, revela.
Por fim, ele aponta que as expectativas para a FURIA, que estreia no EWC contra a NAVI, estão controladas. Sidde é realista ao dizer que o time passou por uma reformulação recente e precisará de tempo para encaixar.
“A expectativa é sempre muito grande da gente chegar e apresentar o nosso melhor, e esse melhor ser o suficiente para a gente chegar em uma final, conseguir um título, mas tem que ter o pé no chão, em termos de mudança de time, a gente precisa criar casca, porque tem jogadores em posições novas, tem o skullz que não jogava em time brasileiro há um tempo. A gente tem o pé no chão em relação a expectativas, mas eu diria que obviamente o sonho de chegar no título ele existe, a gente sabe que a gente tem capacidade pra isso”, finaliza.
O jogo entre FURIA e NAVI começa às 11h45 de Brasília nesta quarta-feira. A Game Arena está cobrindo presencialmente o CS2 na Esports World Cup, em Riade, na Arábia Saudita. A competição ocorre entre 17 e 21 de julho, sendo assim, em breve saberemos não só quem será o time campeão, mas também de quais vítimas eles coletaram os espólios de guerra para seu troféu de campeão.
Assista também nossos vídeos. Neste batemos um papo com nak, diretamente da Arábia Saudita, sobre a volta do MIBR no player break, altos e baixos da equipe, Esports World Cup e mais: