No episódio mais recente do podcast Bootcamp, o ex-jogador profissional de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) Fredrik ‘roeJ’ Jørgensen, que já defendeu equipes como Copenhagen Flames e Fnatic, trouxe à tona detalhes sobre sua saída da organização Gaimin Gladiators e a disputa legal em andamento contra a equipe canadense.
Aos 31 anos, roeJ anunciou sua aposentadoria do cenário competitivo após sua passagem pela Gaimin Gladiators, que decidiu dispensar toda a sua equipe dinamarquesa na véspera de Ano-Novo. No entanto, o processo de rescisão dos contratos gerou polêmica, levando os ex-jogadores a entrar com uma ação judicial contra a organização.
“Eu já havia conversado com a administração sobre minha intenção de sair e ser colocado no banco de reservas. Acho que eles (Gaimin Gladiators) perceberam que os contratos não eram tão vantajosos para eles, pois eram inegociáveis”, revelou roeJ no podcast.
Segundo ele, a organização tentou cortar custos ao dispensar os jogadores, já que manter atletas no banco de reservas ainda representava um gasto significativo.
“Eles já estavam pagando salário para outros jogadores no banco, como Patti e Salazar. Quando perceberam que estávamos com um desempenho abaixo do esperado, tomaram uma decisão drástica: encontraram um possível descumprimento contratual e esperaram que fôssemos embora sem contestar.” – afirmou.
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Motivo alegado para a rescisão
De acordo com o ex-jogador, a Gaimin Gladiators alegou que os atletas não cumpriram com a exigência contratual de produzir pequenos vídeos de conteúdo semanalmente.
“Tínhamos que gravar vídeos curtos sobre nosso dia a dia, mas deixamos de fazer isso em algumas semanas. Porém, segundo o contrato, a organização deveria primeiro nos advertir antes de tomar qualquer medida, o que não aconteceu. Eles simplesmente decidiram que estávamos fora.” – disse roeJ.
O caso está sendo tratado no Canadá, país onde a Gaimin Gladiators tem sua sede. Segundo roeJ, os ex-jogadores já contam com um time de advogados para representar seus interesses.
“Temos um grupo de advogados e, como somos muitos, conseguimos dividir os custos. Eu e o Nico (nicoodoz) contamos com a ajuda de Vorborg e de um advogado especializado em eSports. Os outros jogadores também buscaram apoio jurídico por meio de diferentes agências.” – acrescentou.
Todos os sete jogadores dinamarqueses e o treinador da equipe fazem parte do processo contra a organização. A expectativa dos ex-atletas é que a Gaimin Gladiators reconheça a fragilidade da rescisão e ofereça algum tipo de compensação financeira.
“Esperamos que eles percebam que o caso não se sustenta e cheguem a um acordo, nem que seja uma compensação mínima. Nós recebemos a notícia da dispensa pouco antes da meia-noite do dia 31 de dezembro. Foi um choque.” – concluiu.
A Gaimin Gladiators, gigante do Dota 2, decidiu investir no CS em maio de 2024, contratando a lineup da ECSTATIC, que havia acabado de disputar o Major de Copenhaguen. Porém, a passagem durou apenas sete meses, com os jogadores deixando a equipe em litígio.
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