Um criador de conteúdo chamou atenção ao construir um robô que consegue jogar Counter-Strike 2 completamente sozinho. O projeto foi revelado em um vídeo onde ele mostra como a máquina, que utiliza um braço robótico para controlar o mouse e o teclado, consegue executar jogadas no CS2.
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O criador explica que o robô foi desenvolvido ao longo de três anos, e que a ideia inicial surgiu como uma brincadeira sobre como os cheats modernos em jogos FPS se assemelham a robôs jogando pelos usuários. No entanto, ele decidiu transformar a piada em realidade, com o objetivo de provar que é possível criar um robô que jogue como um ser humano sem violar diretamente as regras de trapaça dos jogos.
O robô utiliza três “cérebros”, segundo o criador. O primeiro controla os movimentos básicos do braço robótico, que interage com o mouse e teclado. O segundo é um computador equipado com uma GPU, que processa as imagens do jogo captadas por uma câmera.
Por fim, o terceiro cérebro recebe os dados visuais processados e os converte em movimentos precisos, alimentando o primeiro sistema para que o robô execute as jogadas. Dessa forma, os três são responsáveis por formar o Waldo.
Segundo o criador, a captura de imagem é crucial para que o robô consiga reagir em tempo real. O sistema utiliza aprendizado de máquina para identificar inimigos na tela e calcular os movimentos do mouse, com o objetivo de acertar os oponentes de forma eficiente.
Dessa forma, esse processo imita o comportamento de cheats que utilizam inteligência artificial, mas com a diferença de que o robô fisicamente controla o jogo, o que, tecnicamente, não viola as regras de Counter-Strike 2.
Durante o desenvolvimento do robô, o criador enfrentou diversos desafios técnicos, como a implementação de cinemática inversa, uma técnica matemática que calcula os movimentos necessários para que o braço robótico execute ações complexas de forma precisa.
O vídeo mostra que o robô foi capaz de realizar “flick shots”, uma técnica comum em jogos FPS onde o jogador move rapidamente o mouse para mirar em um inimigo, demonstrando a precisão alcançada pelo dispositivo.
O criador afirma que, tecnicamente, o uso do robô não seria considerado trapaça, já que ele utiliza apenas hardware físico para interagir com o jogo, sem o uso de software de trapaça. Ele argumenta que as regras de jogos competitivos precisariam ser revistas para definir melhor o que constitui “assistência injusta” no contexto de dispositivos físicos como esse.
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