O ex-jogador de Counter-Strike e analista de transmissão Mathieu ‘Maniac’ Quiquerez foi acusado de assédio sexual, por meio de uma denúncia de uma jornalista no X, antigo Twitter. A polêmica veio à tona e repercutiu bastante na comunidade mundial de CS nesta quarta-feira (4).
Figurinha carimbada nas transmissões dos grandes eventos do FPS da Valve, Maniac também tem uma grande carreira no Counter-Strike, participando dos quatro primeiro Majors da história do jogo, entre 2012 e 2013, defendendo a LDLC.
Hannah Marie detalhou o ocorrido pela rede social e contou que tudo aconteceu em uma after party de um torneio de Counter-Strike.
“Neste verão, fui abusada sexualmente várias vezes pelo apresentador de CS2, Mathieu ‘Maniac’ Quiquerez, em uma after party de Counter-Strike. Fui apalpada, tocada de forma inapropriada, esfregada e agarrada por trás repetidamente, apesar do meu claro desconforto e da ausência de reciprocidade da minha parte.” – disse Hannah.
“O incidente incluiu toques e apertos inapropriados em áreas sexuais, toques/caricias na parte interna das minhas pernas, agarramento na minha cintura e esfregar-se em mim por trás. Isso ocorreu repetidamente e consistentemente entre aproximadamente 23h até a festa terminar, às 2h.” – completou.
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Hannah conta que Maniac estava embriagado, mas que o mesmo tinha consciência sobre seus atos. Ela também adicionou que entrou em contato com uma grande empresa do ramo para relatar o acontecido e esta mesma empresa confirmou suas denúncias. O nome da empresa, entretanto, não foi revelado.
“Embora Maniac estivesse embriagado, ele parecia muito ciente de suas ações, pelo menos na primeira hora em que esses incidentes ocorreram. Ele foi deliberado com seus primeiros agarrões e apalpadas, o que foi um choque completo para mim. Relatei esse incidente a uma empresa relevante, que conduziu uma investigação interna. Depois que entrei em contato, eles revelaram que essa investigação concluiu e confirmou minhas alegações.” – revelou Marie.
Apesar das alegações serem confirmadas, Hannah afirma que não teve o tratamento esperado. Segundo ela, a empresa passou a ignorar suas chamadas e, por isso, decidiu trazer a denúncia a tona, publicando a história nas redes sociais.
“Por razões de confidencialidade, não revelarei qual é a empresa e quem conduziu a investigação. No entanto, depois que pedi uma confirmação por escrito da investigação, um dos membros da equipe acidentalmente me direcionou para um e-mail no qual ele admitiu que estava planejando ignorar meus apelos contínuos por reconhecimento do resultado da investigação.”
Por fim, a jornalista revela que ela não foi a única abusada por Maniac naquela noite.
“Estou tornando minha experiência pública na esperança de que outras mulheres possam se manter seguras e evitar o perigo de agressão sexual de Maniac. Sei que não fui a única mulher que foi alvo naquela noite, e também tive que arrastá-lo para longe de outras mulheres. Também quero que às pessoas saibam o quão desafiador é trazer à tona questões de agressão sexual nesta indústria de Esports.” – concluiu Hannah, em comunicado via X.
Além da jornalista Hannah Marie, a apresentadora norte-americana Margarida também acusou Maniac de assédio sexual.
Maniac se defende
O analista e ex-jogador veio a público para se manifestar a respeito das denúncias que sofreu. Maniac negou as acusações e disse ter provas de que algumas informações passadas pela jornalista não batem com a realidade.
Ao mesmo tempo, ele também reconhece que teve uma “conduta inapropriada“. Veja o texto do analista na íntegra:
“Eu cheguei na after party citada às 00h30 e o meu recibo do Uber pode provar isso. Então não sei como qualquer coisa pode ter começado às 23h. Eu não estava na pista de dança antes das 00h45 também. Nós flertamos por um tempo e em meu entendimento era algo mútuo. Estávamos em um lugar aberto, no meio de um pequeno grupo dançando.
Essa pessoa tem todo o direito do mundo em mudar a sua cabeça sobre essas interações. Se eu não percebi as dicas que aqueles atos de promiscuidade não eram aceitos, isso é completamente culpa minha e inaceitável. Embora eu não aceite essa versão de eventos como uma verdade, essa pessoa tem o direito de ter vivenciado e enxergado elas dessa forma e eu não vou rebater isso.
Eu levo essas questões de maneira extremamente séria. Sempre levei. Não posso nem mesmo conceber a ideia de que coloquei alguém em uma situação de desconforto, preocupação ou tormenta. Esse não sou eu.
Mas sinto que o título do post engana porque não acredito que aconteceu um caso de assédio sexual. Acredito que um comportamento inapropriado é o que deveria ser apontado do começo ao fim.”
Maniac estava fazendo parte da equipe de Talent da ESL que está transmitindo a ESL Pro League Season 20, torneio que acontece em Malta. Ele acabou optando por deixas as transmissões do evento para não causar distrair a audiência do torneio.
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