A paiN Gaming é a primeira equipe a garantir vaga na segunda fase do PGL Major Copenhagen 2024 de Counter-Strike 2 (CS2). Após vitória em cima da SAW, a Game Arena conversou exclusivamente com kauez e o treinador rikz.
Na Vertigo (13 a 10) e na Nuke (13 a 7), o elenco mostrou o poder do brasileiro na modalidade ao conquistar um 2 a 0 e avançar no Major. Agora, os painzetes precisam se preparar para os próximos confrontos.
A tradicional passou por momentos complicados e fez uma reformulação na line-up. O treinador rikz explicou sobre a fase atual do time e o processo de mudar as peças da paiN.
“Primeiro, eu acho que é importante dizer que a gente tava num momento delicado. Na verdade a gente tava vindo muito bem, mas a gente sentia que todos os jogadores não estavam na mesma página.”
“Eu gosto de uma frase que o Bigu falou esses dias, que é quanto maior você tá alto, maior o tombo quando cai. A gente tava bem, só que a gente sentia que não tava todo mundo na mesma página, a gente não tava no mesmo foco.”
“Alguns amejavam só chegar no Major, a gente queria mais e mais e mais, então a gente já decidiu fazer uma renovação, aproveitou que o segundo semestre do ano passado não tinha Major”
“Era uma época perfeita pra gente começar um time novo, começar um time do zero, e pegar essa experiência, passar o estilo de jogo que o Bigu queria no time pra todo mundo e a gente conseguiu todo mundo que a gente queria”, conta.
Contratos e mais contratos
O profissional ainda detalhou sobre a sequência demorada de contratações do novo elenco que representa os painzetes no Major, até encontrar o time perfeito para disputar o campeonato.
“Outra coisa que falam também é que a gente demorou pra chegar no mercado, mas não é verdade, que a gente foi o último a fechar a line, não é verdade, a gente já tava em negociação com todo mundo que são esses que a gente queria, só que a negociação demora.”
“Às vezes você tem outro time que você tem que conversar e tudo mais, então uma negociação demorada, mas a gente conseguiu todo mundo que a gente queria, e a gente fez a line que a gente queria.”
“Primeiro dizendo isso, e agora eu posso dizer que a gente tem o time que a gente quer, a gente tá muito focado, tá todo mundo na mesma página.”
“A gente pode perder amanhã, pode perder depois de amanhã, mas é o time que a gente quer, o foco, a parte profissional tá excelente, eu não mudaria nada, é essa a vibe do time que eu gosto e tô muito feliz de estar nesse time orgulhoso”, diz.
Para kauez, conquistar essa classificação para a segunda etapa do campeonato mais importante da modalidade tem sido uma alegria sem fim e muito trabalho.
“Felicidade, não tem nem como falar. Desde o início da line eu sabia como que eram os moleques, eu sempre acreditei no nosso time…”
“Ao longo do tempo a gente ia trabalhando e dava pra ver que tudo que a gente trabalhava dava resultado; isso aí é uma coisa muito importante.”
Durante todo esse tempo, desde o início até hoje, a gente sempre tá trabalhando e tendo o resultado, que é o mais importante e eu sabia que a gente ia conseguir chegar longe, vamos por mais”, conta.
Trabalho este, que possui esforço de todo elenco, mas que também tem uma peça fundamental para que o sucesso do time aconteça: Biguzera.
Biguzera, destaque desde sempre
Por mais que todo o elenco precise trabalhar junto para desempenhar, rickz evidenciou a personalidade e profissionalismo do IGL (In Game Leader) Biguzera. O treinador rasgou elogios ao jogador profissional e contou um pouco sobre o processo de evolução do atleta.
“O Bigu sempre teve essa qualidade de puxar coisa. Mesmo quando o PKL era capitão, ele era o second caller e ele já fazia bastante, já puxava bastante coisa.”
“Ele é muito bom em raciocínio lógico, de coisas dentro do jogo, ali de pensar rápido. Ele pensa com calma, não com rapidez, mas ele pensa com calma no tempo dele e ele sempre pensa na melhor opção pra gente, o melhor direcionamento.
“A gente já via isso nele e aí quando a gente falou pra ele se ele queria tentar ser capitão, ele falou que sim; ele aceitou na hora.”
“Foi muito bom porque ele tá conseguindo performar, mas eu já imaginava que o Bigu ia continuar performando porque ele é um cara muito focado.”
“Eele não sente pressão, ele tem esse perfil dele que eu acho que poucas pessoas têm no CS e ele sempre já foi muito bom e ele conseguiu.”
“Eu acho que a gente só tá mostrando agora a mais porque a gente chegou numa fase onde a paiN ainda acho que não tinha chego.”
“Então… agora dá pra ver mais ele, mas ele sempre foi muito bom, excepcional, fora da curva pra mim”, elogia.
Os painzetes fizeram, até o momento, a melhor campanha dos brasileiros no campeonato. Para kauez, é preciso manter a calma, mas sem deixar de reconhecer a força do atual elenco.
“Eu acho que o principal é passo a passo. A gente acabou de passar pro Legends [Elimination], então… a gente tem que treinar e ir devagar, não chegar muito com o pé no peito, vamos passo por passo…”
“Mas eu acho que dentro do Brasil a gente é um time que pode bater de frente com qualquer um e na Europa agora também”, pontua.
O jogador, que atua profissionalmente desde meados de 2020, e ficou com rating de 1.08 ao fim da série também opinou sobre os adversários do Major.
“A [equipe] mais difícil… eu não considero. Eu acho que todas são bastante difíceis, todos os jogos foram difíceis, como aqui [contra a SAW].”
“Eu enxergo a mesma paiN do RMR e do Legends [Elimination] trabalhando, fazendo o nosso trabalho, preparação antes do jogo e conseguir chegar preparado pra qualquer time que for”, revela.
Os brasileiros da paiN Gaming ainda aguardam os resultados dos jogos para saberem quem irão enfrentar na fase eliminatória do primeiro Major de CS2, que acontece ainda nessta semana.
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“Preparação pesada”
“A gente faz a preparação ali um dia antes e no próprio dia. A gente só precisa saber quem é o nosso próximo adversário pra começar, porque não é uma preparação simples.
“Não dá pra ‘ah, tem 16 times no campeonato, então eu já vou preparar todos os mapas contra todos’, não dá. Pra preparar contra um time já são horas, horas e horas, às vezes começa no dia anterior e termina no outro dia pra preparar pra um time.
“É uma preparação meio pesada. A gente primeiro vai esperar saber quem a gente tem chance de pegar, e aí sim vamos preparar.”
“Agora eu não sei quantos dias até a gente jogar novamente, a primeira coisa que eu vou sair daqui é checar isso, pra montar.”
“Acho que a gente tem um dia de folga, na verdade, a gente vai fazer a noite de folga e amanhã já treinar um pouquinho pra não ficar frio e amanhã já também preparo coisa”
“No dia, depois de amanhã, a gente já passa uma e já faz uma preparação boa pro jogo.” — rickz
Assista aos nossos vídeos também. Neste aqui conversamos com noway, que falou sobre o bom momento da Imperial no Major, relação de aluno e professor com felps e mais. Confira: