As equipes brasileiras de Counter-Strike 2 (CS2) seguem sem mostrar evolução e principalmente constância dentro do servidor. Todas elas, sem exceção. Em alguns momentos, vemos alguns resultados sólidos aqui e ali das gigantes que competem internacionalmente, mas virou praxe tudo cair por terra já no campeonato seguinte. E agora?
Quando falamos dessas mesmas gigantes, praticamente todas já mudaram recentemente ou estão mudando – de novo e de novo. A Imperial mudou no fim de janeiro, o MIBR vive um vai e volta de jogadores e comissão técnica, a paiN está mudando… Somente a FURIA resistiu, mas conversas nos bastidores indicam que essa resistência deve acabar.
Não digo que as equipes estão erradas em mudar. Algumas tem problemas internos que são normais em relações humanas, já outras enxergam que chegaram a uma espécie de limite… Existem até mesmo aquelas que somente aproveitaram uma oportunidade de mercado de “última hora”.
Entretanto, em todo esse tempo, quais mudanças realmente fizeram grandes efeitos positivos? Essa aqui vou deixar para você de casa refletir, enquanto sigo o texto.
Toda essa falta de constância, é o principal motivo para não conquistarmos títulos. E isso não vale só para brasileiro. Hoje é impensável que qualquer time saia do ostracismo e vença um torneio Tier S. O cenário é extremamente competitivo.
Spirit, Vitality e NAVI são os times que estão mais acima. Mas não é loucura a MOUZ ou a G2 conquistar algo, pois são equipes que mantém constância e estão sempre ali batendo nos playoffs. A chance desse playoff virar título em algum momento é real e palpável. Já a chance de um time que raramente chega num playoff vencer algo, é completamente improvável.

Chegando ao cerne da questão, vamos concordar que a internacionalização de elencos já é uma grande realidade no mundo inteiro. E cada vez mais, eu tendo a pensar que esta é a única saída para os times brasileiros. Não porque nós somos ruins ou algo do tipo. Longe disso. Mas o leque de possibilidades que isso abre é quase infinito.
Muito melhor inclusive, na minha opinião, do que contratar um bom jogador brasileiro, para colocá-lo fora de posição e ele render 30% do que pode.
Claro, sempre existem exceções à regra, como é o caso de Eternal Fire e TheMongolz, por exemplo. Mas se olharmos para o cenário inteiro, são casos a parte que vem dando certo em algum nível. Nós, por outro lado, não estamos dando certo faz tempo.
Deixando um pouco de lado a minha parte racional e imparcial do jornalista e até quebrando um protocolo importante, admito que há em mim também um torcedor. E sendo bem sincero? Essa parte de torcedor odeia a ideia de internacionalização. Talvez pelo fato de eu já trabalhar com esports e escrever naquela época de ouro de Luminosity Gaming e SK Gaming.
Eu ainda lembro das sensações… Lembro como era sermos temidos. Lembro como era a certeza de vitória. Lembro principalmente do gosto de cada título, mesmo assistindo de casa!

Mas a verdade é que naquela época, montar as famosas “Seleções” era muito possível pela falta de profissionalização do cenário. Hoje em dia estamos falando de contratos milionários e de competição não só em jogo, mas também no mercado. Absolutamente nenhuma organização tem a possibilidade de montar uma Seleção.
A paiN é doida de deixar Biguzera sair? A FURIA é doida de se desfazer do kscerato? E a joia insani, será que sai fácil do MIBR? Além disso, uma organização vai montar essa Seleção e as demais vão ficar olhando? Vão montar times “secundários”? A conta não fecha. A Seleção não é possível. Mas com a internacionalização, como disse antes, o leque de possibilidades que era mínimo se torna quase infinito.
E um adendo importante aqui: quando falo de internacionalização, é contratar jogadores realmente consagrados. Que chegam para dar conta daquelas posições. Não adianta internacionalizar elenco e fazer todo mundo falar inglês contratando um “qualquer”.
Ao mesmo tempo em que sei que é difícil trazer alguém assim. Talvez seja até papo para outro texto. Mas eu acredito sim que times brasileiros com projetos estruturados e morando na Europa, consigam. Malbs, por exemplo, jogou no Brasil por muito tempo, enquanto EliGE já praticamente pediu vaga por aqui. Hoje estão em G2 e FaZe. Será que jogadores que servem para G2 e FaZe não servem para nós?
No momento, essa é a minha opinião. A qual está longe de ser uma grande certeza ou verdade absoluta. Não é simples assim: internacionalizar e vencer. São tantas nuances, que fica difícil de comentar todas aqui. Por agora, é o que acho mais lógico e possível de trazer benefícios claros e reais aos times brasileiros .
Mas e você aí de casa, qual a sua opinião sobre o assunto?
Veja também nossos vídeos. Aqui listamos sete jogadores para você ficar de olho em 2025: