A ENCE está preparada para estrear na ESL Pro League Season 19. O capitão Lukas “gla1ve” Rossander conversou com a Game Arena às vésperas da estreia pelo Grupo C contra a GamerLegion, marcado para esta terça-feira (30).
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Em um momento de vida completamente diferente daquilo que viveu no passado, gla1ve divide a vida profissional com a responsabilidade de ser pai. Contudo, as conquistas obtidas junto à Astralis foram mais difíceis do que a paternidade, segundo o jogador.
“É mais difícil vencer quatro Majors (do que ser pai). A maioria das pessoas vai se tornar pai, mas nem todo mundo vai ganhar quatro Majors. Foi muito bom ser pai. Os dois primeiros anos foram agitados, você tem que aprender como estar nesse papel”, disse gla1ve sobre a adaptação.
O dinamarquês afirmou que dividir a vida entre o competitivo de Counter-Strike e a família foi o mais difícil no começo. Contudo, disse que aprendeu a lidar melhor com isso com o passar do tempo e que está “ficando mais fácil” a medida que viu o filho ir crescendo.
“Precisa ter um bom desempenho no trabalho. Por isso, é preciso encontrar o equilíbrio certo de trabalho e estar com seu filho. É algo que você precisa perceber. Acho que está começando a ficar muito mais fácil agora. O menino está ficando mais velho, tem dois anos e meio”.
Dinamarca é uma escola de IGLs
Como se dividir o papel entre a vida profissional e pessoal não fosse difícil o suficiente, gla1ve ainda ocupa uma das funções que mais exige tempo no Counter-Strike. Capitão da ENCE, o jogador se destacou inicialmente liderando a vitoriosa Astralis.
Entretanto, de lá para cá a Dinamarca se tornou um grande celeiro de capitães dinamarqueses. Um exemplo disso é o fato de que alguns dos melhores times do mundo no Counter-Strike contam com líderes do país: FaZe Clan, G2 Esports, Falcons e Team Liquid, além da própria ENCE.
Gla1ve acredita que a Dinamarca conseguiu formar bons líderes no passado e que fazem total diferença nos dias de hoje. Ele afirmou que desde época do Counter-Strike 1.6 alguns nomes se popularizaram e seguem atuando até hoje.
Entre os exemplo citados por gla1ve estão nomes como Alexander “ave” Holdt, Allan “Rejin” Petersen, Casper “ruggah” Due, Danny “zonic” Sørensen e Nicolai “HUNDEN” Petersen. Todos eles ocupam cargo de treinador em equipes que atuam no competitivo de Counter-Strike.
“Tivemos alguns IGLs muito bons no passado na Dinamarca que foram capazes de ajudar as pessoas a perceberem como jogar o Counter-Strike. Temos tido muitos líderes dinamarqueses no jogo que estão indo muito bem. Acho que é por isso que estamos vendo bons jogadores dinamarqueses que querem ser capitães”.
Como se a quantidade de líderes dinamarqueses já não fosse boa o suficiente, a região viu recentemente um dos maiores jogadores da história do país assumir a função de IGL. Sob a liderança de Nicolai “dev1ce” Reedtz , a Astralis conseguiu avançar em primeiro no Grupo A da ESL Pro League.
Gla1ve diz que dev1ce tem todos os requisitos para “ser um líder de sucesso”. Ex-companheiro do AWPer, ele confessou estar particularmente feliz tanto com o time quanto com o desempenho do novo capitão.
“Já podemos ver que ele tem os critérios para ser um líder de sucesso e está indo muito bem. A Astralis está indo muito bem. Eles têm tudo para ser uma equipe bem-sucedida e já podemos ver isso. Ele está adotando um pouco do antigo estilo de jogo da Astralis porque é isso que funcionou no passado, mas é claro que sabe que o meta está mudando”, afirmou gla1ve.
Entretanto, o capitão da ENCE sabe melhor do que ninguém que apenas um bom plano de jogo não é o suficiente para conseguir atingir os objetivos no competitivo do Counter-Strike. Por isso, ele destacou que dev1ce está bem cercado de jogadores e pessoas que conseguem ajudá-lo no trabalho.
“Estou especialmente feliz em ver o dev1ce porque ele foi meu companheiro de equipe há muito tempo. Acho que ele também tem boas pessoas ao seu redor, como o treinador ruggah. Também tem stavn como um IGL secundário. Ele também estava ajudando muito na Heroic”.
Playoffs é o mínimo para a ENCE
Por mais que a ENCE não tenha alcançado os principais objetivos ainda sob a liderança de gla1ve, isso não significa que ele deixou o sarrafo mais alto. O capitão vê a ESL Pro League como uma boa chance para o time conseguir um bom resultado e não espera pouco dos companheiros.
Ele também destacou o tempo que a ENCE teve para conseguir descansar e se preparar para a competição. Isso porque o último torneio presencial disputado por gla1ve foi o PGL CS2 Copenhagen Major 2024, onde foram eliminados para a FURIA ainda no Opening Stage.
Justamente por isso, ele colocou a ida aos playoffs praticamente como uma obrigação. Para alcançar esse objetivo, a ENCE precisará terminar entre os quatro melhores do Grupo C. Entre os presentes na disputa estão FURIA, Team Liquid, Monte e MOUZ.
“Sinto que este é um dos torneios em que passamos bastante tempo em casa. É um torneio onde a gente deve apresentar um bom nível. Eu realmente quero que cheguemos aos playoffs. Quer dizer, isso deveria ser o mínimo. Se conseguirmos ir mais longe disso, eu também ficaria muito feliz”.
A ENCE de gla1ve estreia na ESL Pro League 19 nesta terça-feira (30), às 8h30 (horário de Brasília), contra a GamerLegion. O adversário do dinamarquês para a próxima rodada (em caso de vitória) sairá do confronto entre MOUZ e Bad News Kangaroos.
Assista também nossos vídeos. Neste aqui conversamos com bit, que explicou a troca de liderança no time de CS2 no MIBR entre ele e nak:
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