A FISSURE, organizadora de torneios de Counter-Strike 2, vive seu momento mais delicado desde a estreia no cenário competitivo. Após ganhar visibilidade ao levar times de elite para suas competições, a empresa enfrenta uma grave crise financeira e, segundo fontes próximas, busca investidores com urgência. Sem eles, 2025 pode ser o último ano de operação da companhia.
A informação foi publicada pelo portal bo3.gg. Os sinais de instabilidade surgiram ainda em 2024, quando a FISSURE deixou de bancar viagens de imprensa, reduziu orçamentos logísticos das equipes e passou a depender de parcerias pontuais em vez de investimentos duradouros. A situação se agravou com a retração da BetBoom, que antes sustentava grande parte dos custos e hoje atua apenas como parceira secundária.
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Outro entrave foram as exigências consideradas irreais para patrocinadores. A organizadora teria pedido cerca de US$ 3 milhões por torneio, valor que afastou marcas e inviabilizou negociações. Para manter o prestígio, a empresa passou a oferecer appearance fees e pagamentos extras para atrair grandes nomes.
O resultado foi uma guinada: se o Playground #1 contou com equipes de Tier-2, o Playground #2, marcado para setembro, terá FaZe, G2, Liquid, Astralis, Falcons, Virtus.pro e The MongolZ, um elenco comparável ao de um Major.
Apesar do salto de relevância, a estratégia deixou a FISSURE em situação crítica. O calendário prevê ao menos 12 torneios até 2028, incluindo os Playgrounds #3 e #4 já anunciados, mas sem novos patrocinadores o futuro permanece incerto. O caso expõe um problema estrutural da indústria de esports: sem uma base financeira sólida, nem mesmo a visibilidade e o hype são suficientes para sustentar um organizador no cenário de elite.
Veja também nossos vídeos. Neste aqui, confira a entrevista que fizemos com felippe1, CEO da Imperial:



