A FURIA foi eliminada da IEM Cologne 2024 de Counter-Strike 2 nesta segunda-feira (12), após a equipe brasileira perder para a Liquid por 2 a 0. Após o revés, Gabriel ‘FalleN’ Toledo concedeu entrevista a dupla BT e Liminha, do canal de Gaules.
O capitão da FURIA avaliou os jogos da equipe na fase principal da IEM Cologne, os duros duelos contra Vitality e Liquid. Falando inicialmente sobre a estreia, FalleN viu equilíbrio no duelo da Inferno contra os franceses, apesar do placar elástico.
“Achei que, contra a Vitality, jogamos contra uma equipe muito forte e não fizemos um bom jogo mesmo. Várias situações onde poderíamos ter feito coisas melhores, no próprio pistol, sai matando os caras no cimento e não checa o segundo, o ZywOo faz um ace. Algumas coisas que comemos bola, mas acho que jogamos bem na Inferno. Foi um 13 a 3, mas se você for entender o que acontece, na verdade, foi um bom jogo. Começamos mal no TR, vacilamos em algumas coisas, mas perdemos o pistol e o jogo ficou muito na frente. Por mais que ter sido 13 a 3, não senti que foi espanco, foi um jogo bom.” – analisou.
Já na Mirage, FalleN acredita que de fato ficou sem competitividade, elenco os motivos para isso e comparou com a Esports World Cup: “Ao contrário da Mirage, que foi um jogo semelhante contra a NAVI, onde nossas ideias de punir no meio não estavam acontecendo, fizemos um CT ruim e depois fizemos um CT bom contra a MOUZ, lá na Esports World Cup. Retrocedemos um pouquinho contra a Vitality na Mirage e fez o mapa ficar sem competitividade.”
Falando sobre o duelo de hoje contra a Liquid, FalleN revela que a Dust 2 precisa ser mais jogada pelo time, já que a era um mapa que a FURIA bania do map pool antigamente, sob o comando de arT. Ele revela que o time precisa de mais casca, apesar de ter tido um bom desempenho hoje, mesmo derrotado.
“Hoje, fizemos um bom comeback na Dust 2, estávamos perdendo de 8 a 4, viramos o placar, mas eles mudaram um pouco o jeito que eles estavam defendendo, começaram a ser mais agressivos e colocaram um pouco mais de ritmo e não encontramos a solução que precisávamos. Os caras adaptaram melhor, jogaram melhor em um mapa super competitivo. D2 é um mapa que temos que jogar mais vezes, a FURIA não jogava o mapa no passado, yuurih e KSCERATO muitos anos banindo o mapa, estamos trabalhando ele. Algumas coisas que, quanto mais a gente jogar, vai nos ajudar e criar corpo no mapa.” – disse.
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Sobre a Nuke, FalleN admite que a equipe foi bem abaixo do esperado e que não passou boas táticas do lado TR, como vinha acontecendo em outros momentos. No lado CT, a equipe não teve oportunidade de voltar ao jogo após derrotas em rounds chaves.
“Na Nuke, perdemos um forçado na batida miolo e eles vieram com uma proposta diferente do lado CT, batendo bastante, sendo agressivos e estavam tendo muito resultado, conseguiram capitalizar e ganhar vantagem. Não jogamos muito bem, não passei boas táticas de TR hoje, costuma ser no TR que conseguimos fazer bastante ponto, mas dessa vez eles adaptaram bem e não conseguimos fazer o que a gente queria e não tivemos tempo mais do lado CT. Basicamente, desses 4 mapas, dois mapas bem jogados e outros dois terríveis, ficamos 50/50.” – avaliou.
Apesar da eliminação, FalleN crê que um dos dois objetivos do time foi conquistado e projeta próximos compromissos: “Continuar treinando. Passamos no play-in, que era o nosso primeiro objetivo, o segundo era chegar no playoff, dessa vez não deu, teremos mais duas semanas de treino para olhar, arrumar as coisas, ganhar corpo e voltar melhor para a BetBoom que é o nosso próximo campeonato.”
Pressão e innersh1ne
Perguntado por BT sobre o fato da equipe sentir uma pressão maior após perder o primeiro mapa da série, FalleN acredita que a equipe de fato sentiu isso contra a Vitality, mas que hoje o time veio bem resetado para o duelo contra a Liquid.
“Contra a Vitality rolou um pouco disso, algumas expectativas foram frustradas com o primeiro mapa e a gente não conseguiu entrar com o mesmo afinco, mas na Nuke hoje não, acho que eles jogaram melhor, fizeram ajuste que deram resultado, não conseguimos encontrar rounds, estávamos afobados jogando, mas não diria que foi frustração do primeiro mapa, estávamos bem resetado. Vai variar conforme o mapa, mas a minha sensação de hoje é que não teve isso.” – contou.
Finalizando a entrevista, FalleN deu detalhes sobre o trabalho do novo assistente técnico da equipe, o russo Viacheslav ‘innersh1ne’ Britvin. O professor creditou algumas jogadas ao trabalho do analista, que acompanhou a FURIA presencialmente pela primeira vez na IEM Cologne 2024 .
“O innersh1ne costuma acompanhar todos os treinos que a gente faz, ele vai adicionando uma ideia ou outra conforme ver espaço, vai vendo coisas que a gente não faz, traz alguma ideia de play que ele fazia em outros times que podemos fazer. Na própria Anubis, fizemos uma jogada por meio de uma smoke que ele mostrou para o skullz que fizemos uma tática em cima.”
“Muitas vezes vamos pegando uma ideia ou outra do innersh1ne e incorporando. Ele está sempre de olho na economia, como estamos controlando. Teve um jogo que perdemos na Nuke aqui e ele disse que estávamos com muita pressa de vencer a partida, a economia não ficou boa. Ele está sempre de olho no que pode ajudar na preparação do adversário e é nessa linha que o trabalho dele acontece.” – concluiu.
Confira também nossos vídeos. Neste aqui, relembramos o presente mais especial que Gaules já recebeu de um fã da Tribo: