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Foto: divulgação/ESL.

ESIC cita erro de BLAST e Astralis e aplica multa de R$ 87 mil no time

A polêmica que envolvia nomes como BLAST, Astralis, cadiaN e br0, teve um provável capítulo final após pronunciamento da ESIC

Jairo "Foxer" Junior •
27/11/2024 às 13h22, atualizado há 5 minutos
Tempo de leitura: 7 minutos

Considerado um dos casos mais polêmicos de 2024 no Counter-Strike 2 (CS2), o imbróglio que envolvia Astralis, BLAST, cadiaN e br0, teve um desfecho nesta quinta-feira (27). O provável capítulo final veio após a Esports Integrity Commission (ESIC) concluir as investigações do acontecido e aplicar uma punição em dinheiro.

Relembre o caso

Toda a polêmica aconteceu na BLAST Premier Fall Final 2024, quando a Astralis inscreveu cadiaN no lugar de br0 para a disputa da competição. Naquela altura, as substituições de jogadores eram proibidas no campeonato, salvo em algumas poucas exceções. Uma dessas poucas exceções seria por problemas de saúde e foi exatamente isso que foi alegado.

Após a alegação que br0 teria um problema de saúde e por isso não poderia jogar o torneio pela Astralis, começaram a surgir evidências de que a história não era exatamente essa. Primeiramente, o próprio agente de br0 afirmou publicamente que ele estava apto para jogar.

Em seguida, uma apuração da HLTV apontou que ele não só estava apto para jogar, como estava jogando e fazendo testes para entrar em outras equipes.

br0
Foto: divulgação/ESL.

O caso gerou revolta não só na comunidade, mas também entre os profissionais. Como ato de protesto, nomes como Snappi, Karrigan, Twistzz, apEX, snax e Aleksib boicotaram o media day do torneio. Nas redes sociais todos alegaram que não estavam bem para participar do media day, em alusão ao problema falso de saúde de br0.

Durante o IEM Rio, quando perguntado pela Game Arena qual foi a situação mais engraçada que já viveu nos esports, apEX citou o caso: “Essa situação do ‘br0vid’. Foi engraçada e nada engraçada ao mesmo tempo!“.

A punição da ESIC

A conclusão das investigações da ESIC aconteceu cerca de dois meses após o início do campeonato. No documento que está público no site oficial da instituição, a entidade reconhece erros por parte da BLAST e da Astralis.

No caso da organizadora, a ESIC aponta que houveram falhas no processo da BLAST. Isso porque eles aceitaram a substituição de br0 “sem validação suficiente“. Já do lado da Astralis, é afirmado que a organização “se beneficiou do mal-entendido“.

O documento também ameniza e aponta que a substituição não gerou impacto no resultado do evento, “pois a Astralis não avançou além da fase de grupos“.

Veja abaixo o resumo das conclusões da ESIC sobre o caso:

Falhas no processo da BLAST

A BLAST aceitou o pedido de substituição da Astralis sem validação suficiente, confiando apenas nas representações feitas pela equipe. Essa supervisão processual levou a uma falha de comunicação, com a BLAST anunciando a substituição com uma motivação clinica, sem nenhuma evidência de apoio.

Conduta da Astralis

A Astralis se beneficiou do mal-entendido e não corrigiu prontamente a falha de comunicação da BLAST. Este comportamento violou o Programa de Integridade da ESIC ao não manter a transparência esperada de uma equipe profissional de esports.

Impacto no Evento

A substituição não impactou materialmente o resultado do torneio, pois a Astralis não avançou além da fase de grupos.

Ações tomadas

A BLAST se comprometeu a melhorar seus processos para substituições de emergência. A ESIC sancionou a Astralis uma multa financeira de US$ 15 mil, a ser doada a uma instituição de caridade sem fins lucrativos aprovada pela ESIC. Além disso, a Astralis deve perder sua recompensa monetária do torneio [US$ 10 mil].

Conclusão

Embora as ações da Astralis não tenham afetado os resultados competitivos, a falta de integridade em sua conduta ressalta a importância de uma governança robusta nos esports. A ESIC continua comprometida em garantir justiça, transparência e responsabilidade dentro do setor.

Confira aqui o relatório completo.

Astralis se pronuncia

Em nota no próprio site oficial, a Astralis se diz “desapontada” com a decisão da ESIC. Em resumo, a organização se eximiu do erro e afirma que a ação foi pautada perante a lei da Dinamarca. Confira:

Hoje, a ESIC anunciou sua decisão sobre a investigação referente à substituição emergencial de Alexander “br0” Bro por Casper “cadiaN” Møller durante a Final de Outono do BLAST.

Levamos a decisão em consideração, mas mantemos que nossas ações estavam de acordo com as leis trabalhistas dinamarquesas aplicáveis. Estamos desapontados que a decisão da ESIC não inclua a obrigação legal do empregador de proteger seus funcionários em uma situação delicada.

À luz da decisão, decidimos doar US$ 15.000 para a Fundação Dinamarquesa de Saúde Mental (Psykiatrifonden).

Não temos mais comentários neste momento.

Até o momento da publicação da matéria, BLAST, cadiaN e br0 não comentaram o assunto nas redes sociais.


Veja também nossos vídeos. Neste a Game Arena entrevistou cadiaN pouco tempo depois da polêmica e perguntou ao jogador sobre a polêmica, além de outros assuntos. Confira:

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