Desenvolvedores de cheat deram detalhes sobre o funcionamento no Counter-Strike
Dois criadores de cheats para Counter-Strike foram entrevistados nesta semana por Shok, um criador de conteúdo da Georgia. Durante a entrevista, eles revelaram detalhes sobre as trapaças desenvolvidas para o jogo da Valve, incluindo quanto já ganharam, salário da equipe de desenvolvedores e mais.
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Conforme informações dos desenvolvedores, eles já chegaram a faturar US$ 950 mil em dois anos apenas com programas ilegais para o Counter-Strike. O valor corresponde a cerca de R$ 4,7 milhões de acordo com a cotação atual.
Por mais que a cifra possa ser considerada alta, ainda está muito aquém daquilo que outras empresas conseguem faturar com a trapaça. Isso porque ele revelou que uma das principais empresas do setor chegou a faturar US$ 1 milhão apenas em 2020.
“Na Europa Oriental e em empresas com um pequeno número de desenvolvedores, os ganhos geralmente chegam a cerca de US$ 10 mil a US$ 20 mil. No entanto, onde grandes empresas desenvolvem cheats para centenas de jogos, as receitas podem chegar a milhões. Por exemplo, um cheat dinamarquês rendeu aos seus criadores cerca de US$ 1 milhão durante 2020”.
Apesar do alto valor faturado com o programa, os desenvolvedores afirmaram que possuem uma longa lista de trabalhadores para remunerar. De acordo com ele, são pelo menos 20 pessoas trabalhando, sendo 10 delas mais frequentes no grupo de desenvolvimento.
“Cerca de 20 pessoas, com 10 sendo constantes. (O salário de todos os funcionários) gira em torno de 10 mil a 15 mil euros. Existem salários baixos por causa da pequena ocupação, cerca de 1 hora de trabalho por dia. Existem salários onde o funcionário trabalha 25 horas, 8 dias por semana”, disse o criador da trapaça.
Eles também revelaram que foram cerca de oito meses de desenvolvimento e que quase 1.000 contas foram banidas durante o processo. Entretanto, o trabalho foi feito com o objetivo de atuar no matchmaking do Counter-Strike, sendo mais raro o uso em plataformas como a FACEIT.
“Como o nosso cheat, não conseguimos entrar na FACEIT. Mas no matchmaking, quase todos do topo jogam com trapaça, isso é verdade”. Ele também disse que os jogadores que estão no topo do Premier que não são trapaceiros foram “boostados” e jogaram com contas ilegais.
Entretanto, as desenvolvedoras tentam encontrar maneiras de reduzir a ação de hackers não apenas por meio de tentativas de inibir os programas. Isso porque as empresas também contratam as pessoas responsáveis pela produção do cheat para auxiliar, desta vez, em um programa para coibir este tipo de ação.
“No anti-cheat da FACEIT, muitos desenvolvedores vieram de cheats. Acontece o mesmo com VALORANT. Antes, eles criavam cheats, mas acabaram chegando a algum limite: ou mudaram os valores de vida, ou foram para outra direção”.
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