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Counter-Strike 2
Foto: Reprodução/Venture Beat

Criador do Counter-Strike revela bastidores da criação do jogo

Co-criador do Counter-Strike fala sobre motivação, popularidade e desafios atuais encontrados pelos desenvolvedores

Filipe Carbone •
03/06/2025 às 19:39, atualizado há 6 meses
Tempo de leitura: 4 minutos

Minh “Gooseman” Le, co-criador do Counter-Strike, detalhou em entrevista ao Dust 2 US os bastidores da criação do jogo e compartilhou as impressões sobre o cenário atual da franquia. Ele explicou que, em 1999, ao desenvolver o mod original do Counter-Strike com Jess Cliffe, teve como motivação o desejo de criar um jogo realista, ambientado em um cenário de contraterrorismo.

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“Quando Half-Life foi lançado, vi uma boa oportunidade de fazer um jogo como Counter-Strike. Sempre quis desenvolver algo que fosse realista e focado em contraterrorismo, um tema que achei muito empolgante”, contou Gooseman. Ele destacou que a distinção clara entre os dois times, com missões específicas como resgate de reféns e desarmamento de bombas, contribuiu para o apelo do jogo.

Surpreendentemente, mesmo após mais de 20 anos, o Counter-Strike mantém a popularidade e é considerado um dos melhores jogos de todos os tempos. Gooseman confessou que não esperava essa longevidade. Após a saída da Valve em 2006, ele acreditava que a base de jogadores migraria para novos títulos, como League of Legends.

“Quando League of Legends começou a crescer, pensei que todos iriam jogar aquilo e o CS acabaria, mas me surpreendi em ver que ele ainda resiste, mesmo com o surgimento de jogos como Call of Duty e PUBG”, explicou.

Para Gooseman, o segredo da longevidade do Counter-Strike está na fórmula básica, que não mudou drasticamente ao longo dos anos. Ele afirmou que essa consistência permite que jogadores aprimorem habilidades específicas e que o ecossistema de esports cresça de forma estável. Ao falar sobre o CS2, ele afirmou que o jogo mantém a essência do original, facilitando a transição para os veteranos.

Gooseman também comentou sobre os desafios técnicos, principalmente em relação ao combate a trapaças, um problema que acompanha o jogo desde as primeiras versões. Ele ressaltou que, apesar dos esforços da Valve desde os anos 2000, não existe uma solução perfeita para eliminar os hackers.

Além disso, ele citou que sistemas invasivos, como o anti-cheat de jogos como VALORANT, geram controvérsias quanto à privacidade dos usuários. Ele ainda sugeriu que o futuro do combate a trapaças pode envolver sistemas baseados em inteligência artificial, mas destacou que diferenciar um jogador habilidoso de um trapaceiro continua sendo um desafio complexo.

Gooseman observou que algumas regiões asiáticas adotam medidas mais rigorosas. Entre elas exigir a identificação governamental para evitar reincidência de trapaceiros, uma ideia que ele considera interessante para outros mercados.


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