O criador do Counter-Strike, Minh “Gooseman” Le, abordou o tema do combate aos cheaters em uma entrevista para o canal Erik Shokov, no YouTube. Durante a conversa, ele analisou os desafios enfrentados pelos desenvolvedores e citou exemplos de como diferentes regiões lidam com o problema, além de celebrar o sucesso contínuo do jogo que criou em 1998.
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Falando sobre a eterna batalha entre empresa de jogos e de cheaters, Gooseman destacou a dificuldade de erradicar o problema completamente. Ele compara os programas e os trapaceiros a um “vírus”.
“É algo que não podemos consertar. Parece um vírus, sabe? Sempre temos que atualizar o novo verificador de vírus. Acho que é muito difícil para a Valve eliminar esse problema completamente. Mas acho que eles estão fazendo um bom trabalho para tentar manter tudo sob controle, porque é difícil. Todos os jogos, como VALORANT ou Call of Duty, têm muitos problemas de hack. É apenas algo que vem com jogos multiplayer. É muito difícil de consertar.”
Segundo ele, a Coreia do Sul possui um dos sistemas mais eficazes para lidar com o tema. No país, jogadores precisam vincular suas contas de jogo a documentos oficiais, como passaportes, para acessar as partidas. Quem for flagrado utilizando trapaças pode ser banido permanentemente, impossibilitando a criação de novas contas.
“É muito difícil combater cheaters. Na Coreia, eles têm um sistema muito bom. Se você é pego, eles banem você e o seu passaporte, então você não pode criar outra conta. Esse sistema funciona bem, mas na América do Norte e Europa as pessoas não estão dispostas a abrir mão de sua privacidade, o que dificulta a implementação de soluções semelhantes“, explicou Gooseman.
O desenvolvedor também elogiou plataformas que oferecem um ambiente mais controlado para partidas de Counter-Strike. Segundo ele, espaços dedicados a jogos sérios e com menor incidência de trapaceiros ajudam a mitigar os efeitos negativos causados por cheaters na experiência dos jogadores.
Além de abordar o problema, Gooseman celebrou o impacto e a longevidade do Counter-Strike no cenário global de games. Curiosamente, ele disse que não esperava que o jogo durasse tanto tempo e deu créditos à Valve pelo feito.
“Quando eu criei o jogo em 1998, não imaginava que duraria tanto. Achei que talvez parassem de jogar em 2010. É incrível ver o quanto o jogo se mantém relevante, graças ao trabalho da Valve e ao envolvimento da comunidade. O ecossistema criado com skins e outras interações fora do jogo é maravilhoso“, afirmou.
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