Andrei ‘arT’ Piovezan, capitão da FURIA, falou com a Game Arena após a vitória da sua equipe sobre a Team Liquid, que deu o 2 a 0 para o time brasileiro no Regional Major Ranking (RMR) Américas 2024.
Antes de falar sobre o resultado, arT começou o papo abordando a volta da FURIA para disputar um qualifier no Brasil, pela primeira vez desde a formação da lineup em 2018.
“Acho que foi importante, a gente jogou muito pouco esse ano, embora tenhamos jogado em Katowice, foi uma passagem bem breve, então não teve muito tempo para testar muita coisa. E onde você mais aprende é em campeonato.”
“A gente tirou muitos aprendizados que a gente sabia que ia ser importante para o Major. E, ao mesmo tempo, é uma vaga para Dallas. Foi importante jogar esse qualificatório, embora não tenha classificado, ficou muito parte de experiência para o Major, que já agregou agora no RMR.” – disse.
Sobre as mudanças de estilo de jogo entre as regiões EU e SA, arT disse que os times jogam de formas bem distintas, mas que no Brasil as coisas são mais semelhantes.
“Tem bastante diferença. O meta mesmo parece um pouco compartilhado na América do Sul. Você vê umas plays que se repetem entre os times. Até nos treinos mesmo a gente viu que algumas plays que faziam, elas eram bem semelhantes com os outros.”
“Na questão de rotação, eu acho que a 9z em específico, como a gente teve dois confrontos, eles mudaram bastante coisa. Então não tinha muito a ver com ser regional não, era mais preparação. Mas tem uma diferença sim. Só é um pouco diferente o jeito que você tem que se adaptar. Porque se você jogar igual joga lá fora, não vai encaixar muito bem. Então tem uma adaptação que você tem que fazer.” – analisou.
FURIA virou a chave para o RMR?
Após perder a seletiva para Dallas, a FURIA veio em outra rotação para o México buscando o 3-0 e a vaga no Legends. arT afirmou que não concorda com o termo utilizado na pergunta e explicou o processo de aperfeiçoamento da equipe.
“Virada de chave é uma palavra que não encaixa muito bem nesse sentido, porque é um trabalho contínuo que você faz, cada mapa é de ter um processo de trabalhar nele. E é claro que você vai refinando esse processo. Quando percebe que algumas coisas já foram feitas e você não quer repetir, você começa a criar outras.”
“A virada de chave é apenas uma troca de pace, troca de táticas, porque isso é bem comum no CS. Você joga um campeonato e quando você vai para o próximo, em alguns mapas, tem que trocar muitas táticas para jogar aquele próximo compromisso, traz o pace mais devagar, mais rápido. Então, é uma coisa que a gente tem que fazer.” – afirmou.
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Sobre as variações do estilo de jogo da FURIA no RMR, arT revelou isso faz parte da sequência do time, estar inovando em cada torneio que disputa e trazendo coisas diferentes quando possível.
“Essa questão não é muito questão por ser o Major, mas porque a gente treinou algumas coisas, a gente deixou elas bem feitas, mas já usou. Aí vai chegar no outro campeonato, troca. A gente usou algumas coisas no qualifier de Dallas, aí teve que trocar para cá. E é um processo contínuo. Ele vai assim e a gente tentando refinar sempre o que decidimos fazer, embora mude de um campeonato para outro, a gente tenta refinar ao máximo e tentar já treinar isso. É um processo que não acaba.” – revelou.
Vitória sobre a Liquid e busca pelo Legends
Falando especificamente sobre o triunfo contra a Cavalaria, arT disse que esperava enfrentar a equipe cedo ou tarde, por conta dos seeds. Ele celebrou a vitória, mas afirmou que a FURIA ainda está longe de seu objetivo, o Legends.
“A gente esperava pegar a Liquid já, porque a gente viu que o seed deles era muito ruim, e nós somos o melhor seed, então a gente sabia que se tudo continuasse como normal, que os underdogs não ganhassem, a gente ia se enfrentar. Sabíamos da importância de ganhar desse time da Liquid, porque é um time forte, embora o seed fale o inverso, mas quem assiste CS sabe que é um time muito forte.”
“Fomos confiantes para chegar no 2-0, que é muito importante. Porque no 1-1, se você perder já está fora, está bem complicado. Então é um boost de confiança, de moral, mas ainda não é nada, continua sendo só um 2-0. Ainda temos que ganhar mais duas partidas para pegar o Legends, estamos na metade do caminho.” – contou.
Finalizando a entrevista, arT foi perguntado se uma boa classificação da FURIA no RMR dará a tranquilidade que o time precisa para 2024. Ele rechaça, mas confia que a confiança do time irá mudar após o torneio, visando melhores resultados no ano.
“Não chega a ser tranquilidade, mas é mais uma confiança mesmo. É bom você não se duvidar muito, você não pensar muito. O CS é um jogo muito reativo, muito rápido, tem pouco espaço para errar. Quando você fica de dois pensamentos, você fica receoso, cria um pouco de antecipação e ansiedade.”
“Tudo isso é uma bola de neve. No CS, quanto mais limpa a cabeça, mais direto ao ponto e confiança você tem, melhor é. Com certeza isso agrega. Mas, como falei, ainda tem muita coisa pela frente, se a gente perder pode ser que já mude esse cenário, mas é importante para o mental sim.” – concluiu.
Assista também nossos vídeos. Neste aqui, WOOD7 comentou sobre a responsabilidade de capitão, saída do Fluxo e mais:
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