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Foto: Game Arena.

CS2: Américo exalta dead: “tê-lo na equipe é uma vantagem”

Manager de CS da Legacy, Américo falou sobre sepração da 00NATION, fundação da Legacy e como conheceu dead

Thulio Bastos •
16/02/2024 às 15h00, atualizado há 8 meses
Tempo de leitura: 8 minutos

Na terceira e última parte da entrevista com Américo ‘AM3VERDE’ Verde, manager da equipe de Counter-Strike 2 da Legacy, o português abordou assuntos voltados a organização.

A primeira delas, sobre como foi o processo de separação da 00NATION. Ele afirmou que, desde a fundação com a GODSENT, existiam duas visões diferentes, no Brasil e na Noruega, país de origem da organização.

“Em relação à 00, nós não sabíamos exatamente quais eram os planos que a ela tinha, só que nós tínhamos visões diferentes. A visão do lado competitivo e as coisas que aconteciam no Brasil, com a direção do projeto sediado na Europa, que era um projeto muito mais voltado para a mídia, para criação de conteúdo.”

“E nós tínhamos um projeto do nosso lado brasileiro muito mais ligado à parte competitiva. A gente iria trabalhar na mesma, os influenciadores, criadores de conteúdo, do lado do Brasil. Mas era um projeto que estava sempre muito mais voltado para o lado competitivo.” – disse.

Américo revelou que a separação foi feita de forma “pacífica e amigável” entre as partes e que a divisão do Brasil queria se manter junta.

“Após o Major do Brasil, essa diferença ficou um pouco mais marcada. E os meses seguintes mostraram muito isso. Então, a separação foi algo natural. O projeto estava mais desenvolvido no Brasil, quando estava já o dead, o Gabriel, o Fred e toda a equipa, todo o staff do lado do Brasil. Aí, tomamos a decisão, em concordância com a 00, do lado norueguês, de nos separar.”

“Continuamos com o respeito um projeto pelo outro, mas depois chegou o momento em que o projeto competitivo tinha uma força, e na visão da 00, eles queriam investir mais do lado de mídia. Nesse ponto, a divisão do Brasil, vamos dizer assim, decidiu que era melhor continuar de forma separada. E foi uma separação pacífica e amigável.” – afirmou.

Sobre o impacto dessa separação para o time de Counter-Strike, Américo revela que os jogadores ficaram muito desgastados com tudo que aconteceu. Ele ainda nos contou que recebeu propostas de outras organizações, mas que o melhor caminho foi a fundação de uma nova identidade.

“A visão da lineup de CS, toda essa mudança da 00 para a Legacy, foi algo que causou algum desgaste nos jogadores, por toda a situação que se foi criando. Nós sentimos que havia confiança suficiente nas pessoas que estavam no projeto para criar um algo novo, com o suporte delas. E aqui, temos alguns investidores que trabalham conosco, conhecem o nosso processo e como nós trabalhamos e acompanham diariamente o trabalho que nós fazemos.”

“O conhecimento do dead, do Gabriel, do Fred, as pessoas que estão no comando desta transição e da Legacy. Foram feitas negociações com várias organizações, mas pensamos no bem-estar dos jogadores, não só do CS, mas de todas as lineups competitivas. E também das pessoas que estavam envolvidas com a estrutura que era da 00 Brasil. Foi um decorrer de situações que depois definiu que era viável e que era positivo criar uma nova organização. E aí, nasce a Legacy.” – disse.

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Relação com dead

Perguntado sobre como é trabalhar com dead, Américo aprofunda a história sobre como conheceu o lendário Manager do bicampeonato mundial do Brasil em 2016. 

“Eu conheci o dead em 2016, quando eles foram campeões do Major em Colônia. Depois, fomos nos vendo em alguns eventos, tive a oportunidade de às vezes trabalhar com ele nesse período. Depois, ingressei na equipe da SK e depois no MiBR, tive a oportunidade de ir fazendo algumas coisas, mas não diretamente às organizações, mas com os jogadores. E quando eles estiveram em Portugal, nós fomos mantendo sempre um contato. E o dead era a figura maior daquilo que era o manager/coach de uma das lineups mais significativos do mundo, não só do Brasil.” – contou.

Em seguida, Américo revelou que achava que seria demitido da 00NATION com a fusão com a GODSENT, já que não tinha condições de “competir” com dead na função de Manager. Ele revela felicidade com o convite de trabalharem juntos e como funciona a dinâmica dos dois atualmente.

“Quando surgiu a oportunidade de trabalhar com o dead, ainda na 00, foi no período da função entre o core da GODSENT com a 00. A partir do momento, eu pensei “meu tempo na 00 acabou”, né? Como vou substituir o dead? Este foi o primeiro impacto que tive, até porque quando ouve falar de uma pessoa como o dead, você sabe perfeitamente que não tem a experiência que o dead tinha e que ele traz para dentro da organização.”

“O dead me convidou para trabalhar com ele, disse que faria um trabalho mais de supervisão, mais ligado à organização e eu ficaria como Manager da equipe de CS, trabalhando juntos, tomando decisões juntos. Pensávamos muito parecido, tínhamos basicamente os mesmos objetivos e depois de algumas conversas chegamos ao ponto que ninguém seria substituído, as pessoas vão se somar em prol do projeto competitivo. E, na Legacy, não muda absolutamente nada.” – detalhou.

Por fim, finalizando a entrevista ainda sobre dead, Américo diz que o ter na mesma organização “é uma vantagem”, por toda a experiência que ele carrega e a visão de negócio e do cenário competitivo que ele tem.

“O dead hoje é a figura do CEO da organização, a pessoa é a cara de todo o projeto, no entanto, nós mantemos uma proximidade devido ao CS, que é o projeto esportivo de maior peso na organização. Por isso, trabalhar com ele é aprender todos os dias, o dead tem algumas ideias muito próprias sobre o cenário, não vamos concordar 100% com tudo, mas na visão profissional, na visão de gestão, tanto para a organização como para o projeto de CS, temos uma mecânica perfeita, sabemos exatamente o que queremos, temos as mesmas preocupações, procuramos as mesmas coisas.”

“Ter o dead como suporte nas decisões do dia a dia é uma vantagem. Isso também é uma validação do meu trabalho e estamos fazendo o que achamos que é o melhor para o futuro, não só da nossa organização, mas daquilo que será o futuro da forma de tocar um projeto esportivo no CS2.” – concluiu.


Assista a mais vídeos da Game Arena. Neste aqui, conversamos com donk, MVP da IEM Katowice, em sua primeira entrevista a um portal brasileiro:

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